Dawn of Fear


Desenvolvido com o apoio da iniciativa PlayStation Talents de Espanha, Dawn of Fear é um indie dedicado aos fãs de jogos de terror como Resident Evil ou Silent Hill, vindo de uma pequena equipa chamada Brok3nsite. Um jogo que se encontra atualmente gratuito através do serviço PlayStation Plus.

Pessoalmente, adoro jogos deste género, tenho analisado imensos e até tenho andado a jogar títulos mais antigos, pelo que este Dawn of Fear me despertou o interesse mal apareceu no PS Plus. Afinal, o jogo parece bom, principalmente tendo em conta que foi feito por meia dúzia de pessoas, se tanto.

Encontramo-nos numa mansão com uma música deveras semelhante ao clássico Resident Evil e quando tomamos controlo da personagem, começa o desespero, sim, o desespero das câmaras, embora o jogo não tenha os famosos control tanks, a jogabilidade juntamente com os ângulos são numa palavra, horrorosos. É de uma dificuldade controlar a personagem que o jogador fica desde já com má impressão, no entanto, nada como tentar adaptarmo-nos aos controlos e seguir com jogo.

Estando numa mansão, seria expectável encontrar uma grande variedade de portas que dão acesso a várias salas, o problema é quando se entra numa sala e por alguma razão, a sala está inacabada e o ecrã completamente preto e assim de repente, somos atacados por algo que se encontra na sala mas que não é possível visualizar, apresentado assim, o ecrã “Has muerto”, mas porquê? Estou a jogar com o idioma em inglês e por acaso, sei o que significa mas, qual é a razão de se apresentar em castelhano? É lamentável não traduzir um ecrã que facilmente será visualizado com alguma frequência. Dando continuidade, após uma outra tentativa, foi possível verificar a existência de zombies, tal como se fosse o primeiro Resident Evil.

Aos poucos, deu para perceber que o jogo é uma tentativa de copiar e colar os elementos mais fortes do famoso jogo da Capcom, infelizmente, os resultados são medíocres. Na verdade, o melhor em Dawn of Fear até é o grafismo, tudo com um bom design, no entanto, a IA dos inimigos também fica aquém, com momentos em que ficam presos e até parados em certas zonas. Os puzzles são básicos e além disso são uma imitação daqueles que podem ser vistos em velhos jogos do género. A banda sonora é outro ponto positivo se ignorarmos a existência de jogos como Silent Hill mais especificamente a famosa introdução do clássico lançado na Playstation original.


Utilizar uma caçadeira não tem impacto, apontar com a pistola para um alvo em específico é quase impossível a não ser que o jogador esteja em linha com o alvo e este esteja relativamente perto, a faca tem exatamente os movimentos de todos os Resident Evil, entendemos que se tenta aqui de alguma forma criar um tributo mas o próprio design desde as lâmpadas a corredores serem uma autêntica fotografia chapada caem um pouco mal e podia-se ter criado algo de raíz como foi executado com Song of Horror. Gravar o jogo usa um sistema semelhante às máquinas de escrever, característico da série RE, em Dawn of Fear são utilizadas velas e, por cada vez que se grava, uma vela se apaga. Dependendo das salas, algumas têm até 3 velas, outras 2, conforme o jogador gravar, menos um save tem disponível, apenas para complicar a tarefa de finalizar o jogo.


Dawn of Fear é um jogo que à primeira vista tem tudo para ser um excelente jogo de terror indie que, poucos minutos depois, demonstra aquilo que realmente é. Os jogadores desistem pouco tempo depois, porque é muito difícil conseguir jogar algo com tantos problemas desde a nível de gameplay como bugs que fazem o jogador abandonar pouco depois de começar. Infelizmente, para isso, necessitava de muito mais tempo de desenvolvimento.

Nota: Análise efetuada com base numa cópia adquirida pelo autor do artigo para a PlayStation 4.

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