Hitman 3


O culminar de uma saga que trouxe o Agente 47 à ribalta para relembrar que, mesmo após uma data de jogos, se pode dar nova vida a uma franquia quando é colocada nas mãos certas. Mesmo que tenham optado por trazer este rebooot aos jogadores de forma faseada dividida em 3 episódios e que alguns fãs não tenham gostado muito da ideia quando assim foi anunciado, hoje ninguém pode negar a sua qualidade, muito menos deste último episódio que conclui com chave de ouro esta trilogia.


Já se dizia no título anterior e este não é excepção nenhuma, o mundo é a nossa arma e cada ação que tomarmos será tomada em consideração com consequências, é impressionante e deixará o coração de qualquer um a palpitar sempre que atuamos de forma menos discreta e tentamos rapidamente eliminar qualquer vestígio a olho nu para não sermos apanhados em flagrante. A possibilidade de eliminar os alvos é enorme, desde ao mais bruto, ao cómico e até imprevisível, Hitman 3 é o jogo que foi aperfeiçoado ao máximo pela IO Interactive, é notável a dedicação e esforço colocado neste novo e último jogo da trilogia que teve início em 2016.

Mas não se trata apenas das possibilidades quase infindáveis de eliminar os alvos, é necessário referir a excelência de um dos aspetos mais importantes da série, o design dos níveis. Este é de longe o melhor jogo de toda a franquia no que diz respeito à qualidade dos mapas. Desde uma discoteca em Berlim, o interior de um edifício de luxo no Dubai com vários pisos, uma mansão controlada por guardas e empregados de limpeza ou na Argentina para dar uns passos de tango, tudo visualmente belo, principalmente a missão na China onde os detalhes não faltam, mas, melhor que tudo isso, é o facto de os mapas serem extensos mas nunca vão confundir o jogador estando tudo explícito mas com uma data enorme de áreas para explorar em todos estes mapas.

 

As armas andam à volta daquilo que conhecemos de Hitman, especialmente desta nova trilogia, no entanto, uma nova foi adicionada para este título a importante, mas não relevante ou inovadora, a câmara que permite tirar fotos como também abrir algumas portas. A nossa assistente irá sempre dar a dica para utilizar a máquina, no entanto é também utilizado para explorar várias pistas, rastos deixados pelos nossos alvos e para quem desejar, tirar fotografias simples.

É claro que continua a ser um jogo focado no modo furtivo que exige o jogador a ser paciente, calculista, esperto, escondendo e explorando os cantos e ouvir conversas no bar, na portaria etc… Podemos dizer que nos colocam no mapa com dois a três objetivos e a partir daí, resolvam o problema da forma que desejarem, embora se possa eliminar os alvos com um pouco de ação, a intenção é sempre de estudar bem os padrões e atitudes ou reações das personagens e claro, eliminar de forma mais discreta possível como envenenar ou criar “pequenos acidentes” com aquilo que existe ao nosso dispor, até distrair um inimigo até à varanda e empurrar por isso convém ser racional e não entrar em pânico e acima de tudo, não deixar vestígios.


Graficamente está do melhor e a banda sonora é a mais memorável da franquia, dando um ambiente de James Bond e por cada progresso que se realiza, a música altera adaptando-se aos acontecimentos, o que já não me recordava num jogo da franquia tirando o memorável Requiem de Blood Money.
 
As mecânicas são as mesmas de 2016, algumas novidades, níveis não são muitos, mas enormes para explorar, modos de assassinar possíveis são incontáveis, longevidade para um playthrough pode não ser a maior mas com o replay value que tem, é sem dúvida um jogo para repetir vezes sem conta a experimentar diferentes opções.


Já são muitos anos a eliminar os nossos inimigos conforme o que nos vai na cabeça, mas este é o melhor Hitman de sempre, para que tudo faça mais sentido devido à sua narrativa, o importante seria jogar os 3 títulos, pois estão completamente interligados. O mundo dos assassinatos profissionais encontra-se aqui, em Hitman 3.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para o serviço Stadia, gentilmente cedido pela Google Stadia.

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