Röki


Os títulos de aventura e quebra cabeças têm como objetivo desafiar o jogador de várias maneiras à medida que a sua narrativa se desdobra a cada tarefa concluída. Röki, produzido pelos estúdios Polygon Treehouse não foge a essa regra, mas imprime um toque de imaginação e descoberta num mundo do folclore escandinavo na pele de Tove, uma jovem que procura resgatar o seu irmão raptado por um monstro misterioso.

A mãe destes dois pequenos personagens faleceu ao dar à luz Lars, irmão de Tove, ficando assim nas mãos da sua irmã mais velha o peso e responsabilidade do seu bem-estar, enquanto ajuda o seu pai nas lides da casa. Infelizmente o pai não é de longe o mais presente, de maneira que as coisas são um pouco mais desgastantes para a pequena Tove.

Uma noite, uma enorme criatura ataca a sua casa e rapta Lars. Sem o seu pai “presente” Tove vê-se assim obrigada a perseguir esta criatura misteriosa e acaba num mundo de fantasia onde as árvores falam e os trolls, que vivem debaixo das pontes, são reais. Estas criaturas conhecem a espécie humana, mas nunca receberam nenhum outro ser humano na sua região, de maneira que sabem exatamente que não é normal Tove ter encontrado o caminho para este mundo. Começa assim uma aventura de troca de experiências e ajudas mútuas entre Tove e as estas criaturas mágicas. Sim, não é só a Tove que está com problemas por estas bandas.


Este é um título com uma profundidade que surpreende e, embora a premissa principal seja point and click, desdobra-se super bem em mecânicas de aventura e ambientado na perfeição num mundo mágico e gélido, ao longo de três capítulos separados, cada um com o seu próprio cenário que podem ser explorados pelo teu próprio ritmo.

É possível encontrar uma variedade imensa de itens, desde objetos que podem sem misturados entre eles, como por exemplo pratos para cozinhar algum tipo de comida ou bebida para dar a uma personagem em específico, até chaves de acesso a novas áreas. Não é tão linear como aparenta, uma vez que existem vários itens que podem passar ao lado enquanto se explora uma paisagem dolorosamente bela. Para isso o próprio jogo tem um botão que cria uma espécie de efeito brilhante nos objetos que podem ser apanhados.


Posto isto, Röki não é de todo um jogo que puxa em demasia pelos seus puzzles. Em vez disso adota uma abordagem mais comedida, fornecendo os itens suficientes sem sobrecarregar a nossa massa cinzenta. Foram poucas as vezes que me senti “perdido”, mas mesmo assim, esses casos deveram-se à minha falta de vista/atenção para capturar os tais itens. Por isso é que uso óculos!

Um ponto a favor é de facto a possibilidade que temos de utilizar os pontos de “fast travel”, ajudam e de que maneira na deslocação entre diferentes locais.


No geral, Röki tem uma coesão que consegue adicionar um sentimento extra em relação aos demais. O fato de a jogabilidade, a história e o estilo gráfico deste título se interligarem sem esforço transborda em momentos de emoção, suspense que fazem qualquer um sentir sede pelo final desta pequena, mas grande história. 
Nota: análise efetuada com base em código final do jogo para PC, gentilmente cedido pela United Label .

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