Rock of Ages 3: Make & Break
Quem nunca ouviu falar em Rock of Ages? Se há misturas peculiares em conceitos de videojogos, esta é sem dúvida uma delas, onde controlamos uma rocha demolidora a descer um percurso carregado de obstáculos até atingir o adversário. Quase uma década depois, chega agora o terceiro capítulo da saga, focado principalmente na competição entre jogadores.
Tal como o nome indica, Make & Break foca-se tanto em construir cenários como em atravessá-los ao defrontar um adersário. Para isso, o jogo conta com 3 principais modos de jogos: criação, história e competição.
Para quem nunca jogou Rock of Ages, o modo de história é o ponto de partida ideal. Como o próprio nome indica, a história acompanha uma rocha ao longo de diferentes eras, servindo de arma entre clãs. Tudo isto apresentado de forma satírica, com arte inspirada em grandes clássicos. Não se espere fidelidade histórica (nem mitológica), são apenas umas piadas. Ainda assim, é uma forma excelente de, gruadualmente aprender os controlos do jogo, tanto da rocha em si, como da construção de proteções contra a rocha, conforme o lado do cenário em que se está. Em geral, os controlos do jogo são um pouco rígidos, mas também o que se poderia esperar de um calhau a rolar?
Dominados os dois lados, basta seguir para o modo online e competir contra adversários de todo o mundo, reunindo até 4 de cada vez, ou em modo local para dois jogadores, em split-screen. Aqui, os jogadores tanto terão de montar defesas ao longo do território, de forma a enfraquecer a rocha dos oponentes, como controlar a sua própria rocha e passar as defesas dos oponentes. O modo peca, porém, pela duração destas sessões de jogo, que se conseguem tornar bastante longas até que alguém tenha derrotado todos os adversários, o que por vezes consegue ficar aborrecido.
Se o modo "Break", apesar de não ser perfeito, consegue ser divertido e um bom entretenimento, o mesmo não pode ser dito do "Make", pelo menos no que diz respeito às consolas. Claramente feito a pensar no PC, o modo de criação dos cenários é mesmo assim pouco intuitivo, acabando por ser um teste à paciência dos criadores, com controlos que fazem da experiência tudo, menos algo divertido. Em compensação, para os mais pacientes e criativos, os cenários ficarão depois disponíveis para que todos os possam experimentar.
Ao terceiro jogo da série, é uma pena que a saga não tenha evoluído para algo mais fácil de pegar e jogar, acessível a um maior número de jogadores, perdendo-se em controlos pouco intuitivos e todo um design, mesmo a nível de menus, completamente ultrapassado. Algo principalmente notório a nível das consolas, para as quais todo o jogo não passa de um mero port, mas sem rato e teclado. Um título que vale mais pela piada, do que pela experiência de jogo.
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Dead Good Media.