Maid of Sker
Maid of Sker passa-se na era Vitoriana no país de Gales, os cenários são bem apresentados da era com bons detalhes e atmosfera está lá, não há dúvida. No entanto o objetivo principal é criar a atmosfera e adicionar o horror para criar tensão e isso não acontece. Para além de ter algumas quebras de frame rate, o jogo não faz nada para criar sustos de saltar da cadeira.
A história foca-se no protagonista Thomas que recebe uma letra da sua amante que se encontra presa num Hotel onde todas as pessoas que lá se encontravam transformaram-se em monstros cegos e que ameaçam a vida do jogador mas, não criam qualquer medo pois basicamente a cabeça destes “monstros” está coberta com uma espécie de um saco de batatas e fora isso o restante corpo é de um ser humano normal, além de que a única coisa que fazem no caso de apanharem através do som o nosso protagonista é dar uma porrada valente e o ecrã de Game Over surge, o que não representa nada de especial no que toca a um jogo que é supostamente de terror. Estes seres são a única ameaça existente no jogo e isso também não ajuda a criar qualquer ambiente de horror, após meia hora de jogo a ameaça é inexistente e o jogo torna-se enfadonho e aborrecido.
Falando nos pontos de gravação, estes encontram-se em locais específicos como as salas de gravação nos jogos da famosa série Resident Evil e aqui, ao contrário da máquina de escrever, o ponto de gravação é um fonógrafo antigo e pode o jogo pode ser gravado as vezes que for necessário. O jogador irá encontrar garrafas de água tónica que servem para restaurar a saúde mas pouca diferença faz e além disso, poucas são as garrafas que se podem encontrar pelo jogo fora.
Em termos gráficos não está mau, mas o jogo é extremamente escuro e é necessário ajustar os tons ou é quase impossível jogar. O melhor é mesmo a banda sonora, embora não seja memorável, é um ponto a favor. Um survival horror para os mais pacientes e para ser jogado uma só vez pois a experiência não traz nada de novo ao género nem sequer é um jogo que fique na memória por muito tempo. É um survival horror aborrecido e que deve ser jogado em pequenas sessões ou o jogador irá cansar-se muito rapidamente de Maid of Sker.
Nota: análise efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Cosmocover