Death Stranding


Análise por André Santos

Ainda não tínhamos chegado a 8 de novembro de 2019 (data de lançamento para PlayStation 4) quando ficamos a saber, através da 505 Games e da Kojima Productions, que o último jogo de Hideo Kojima - Death Stranding - ia chegar ao universo PC. A notícia deixou alguns fãs da Sony um pouco amuados, mas muitos jogadores de PC extremamente felizes pelo facto de conseguirem usar as suas máquinas para se aventurar num mundo criado por uma das mais brilhantes mentes do universo gaming.

Com 14 de julho à porta, muitos jogadores começam agora a contar os dias para partirem na aventura que leva Sam Porter Bridges de um lado ao outro de uma América do Norte completamente devastada onde os únicos pontos que conseguimos ligar aos dias de hoje são marcas que de certa forma sobreviveram à chuva que faz o tempo correr.

Não nos vamos alongar sobre aquilo que faz de Death Stranding um dos melhores jogos desta geração, para isso temos a análise completa ao título quando o mesmo foi lançado para PlayStation 4, estamos aqui para falar sobre o desempenho do jogo em PC. As especificações necessárias para correr Death Stranding não são nada elevadas, principalmente se olharmos para a beleza do mundo e para os modelos das personagens, pelo que esta análise foi feita num computador com o mínimo necessário para correr o jogo a 60 fps em 1920x1080.


A chegada do último jogo de Hideo Kojima ao PC vem equipada com diferentes opções de visualização e desempenho para que o título corra nas melhores condições possíveis, tendo em conta o computador que estão a usar. Depois de configurar quase tudo, desde os detalhes nos modelos das personagens até ao máximo de frames por segundo que estaríamos dispostos a aguentar, lá partimos para a aventura. No decorrer de todo o percurso feito durante esta análise Death Stranding portou-se ao mais alto nível, mantendo quase sempre a taxa de fps nos 60, isto mesmo em situações de maior agitação ou até em combates que de certa forma ajudam a quebrar o ritmo mais lento da fase inicial do jogo.

Para além dos inimigos não humanos, durante as viagens de Sam, vamos também encontrar inimigos humanos que farão de tudo para o nosso progresso e roubar o material que temos para entrega. Nestas situações, quando o stealth falta, temos confrontos mais agitados com múltiplos inimigos a nossa volta fazendo com que tenhamos que também nós ter movimentos mais rápidos o que fez, já que estávamos a puxar o computador ao máximo, com que a frame rate descesse um pouco, mas nada que possamos dizer que estragou a experiência de combate ou o nível de imersão do jogo.

Durante a análise a Death Stranding para PC utilizamos o comando da PlayStation 4, o Dualshock 4, já que o mesmo é rapidamente reconhecido pelo jogo assim que ligado ao computador por bluetooth ou mesmo através do cabo USB. Bem sabemos que muitos jogadores de PC gostam de utilizar o clássico duo de rato e teclado para desfrutarem dos seus jogos, mas neste caso específico é importante que metam essa ideia de lado já que durante as vossas entregas vão existir momentos onde o equilíbrio vai faltar e o facto de jogarem de comando vai fazer com que o controlo que têm sobre a velocidade a que andam seja maior, pois o input do analógico é bastante sensível e deixa-nos controlar de forma bastante precisa a nossa forma de andar, evitando assim corridas encosta abaixo que geralmente  acabam em quedas e material danificado o que fará com que Sam nem sempre fique com a melhor fama no que toca ao cuidado que tem com as suas entregas.


No que diz respeito ao desempenho do jogo importa ainda referir algo bastante importante desta chegada de Death Stranding ao PC. Sim, é a primeira vez que o jogo da Kojima Productions vai rodar a 60fps, mas, para além disso, suporta ainda o aspeto 21:9. Isto é importante não só por causa do nível de imersão que traz para os momentos de jogabilidade, mas também porque uma grande fatia da obra de Hideo Kojima é composta por momentos cinemáticos que nos vão apresentando a história do mundo que agora estamos a conhecer. Ver estes momentos num ecrã “normal” e utilizar uma PlayStation 4 Pro foi algo fantástico, mas ver estes momentos em 21:9 no PC é surpreendente… faz com que consigamos viajar ainda mais para dentro do mundo criado e com que, de certa forma, a história seja vivida ainda de forma mais intensa.

Death Stranding foi um dos melhores, senão o melhor, jogo de 2019. Marcou, lado a lado com outros jogos, uma geração de consolas. Prepara-se agora para marcar não só uma geração de consolas, mas também uma geração de jogadores ficando disponível para Windows PC no dia 14 de julho de 2020. O drama criado por Hideo Kojima, que pode ser visto com uma obra de ficção científica, merece ser jogado por qualquer jogador,  tenha esse jogador acesso a uma PlayStation 4 ou não. Por isso, só podemos ver com bons olhos a chegada do jogo ao PC, principalmente quando a adaptação feita pela Kojima Productions apresenta uma excelente qualidade, não prejudicando em nada o jogo… pelo contrário.


Temos que acabar a análise a recomendar Death Stranding. Se ainda não o jogaram porque não têm acesso a uma PS4 façam-no agora. Se já o jogaram, mas até têm um PC gaming que vos permite puxar o jogo ao máximo, voltem a jogar. Não se vão arrepender.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC, gentilmente cedido pela 505 Games.

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