SpongeBob SquarePants: Battle for Bikini Bottom - Rehydrated


Digam o que disserem SpongeBob Square Pants continua a ser um dos desenhos animados mais conhecidos do Nickelodeon. Aproveitando o auge da sua popularidade nos anos noventa, foi lançado para a Playstation 2 um jogo baseado nos desenhos animados. Agora passados 17 anos a versão remake é apresentado pela mão dos estúdios Purple Lamp Studios e THQ Nordic como publisher.

Para quem como eu nunca tenha jogado o seu original consegue deixar de parte os óculos da nostalgia que este título possa transportar para os dias de hoje. No entanto, e após alguma pesquisa para conseguir ter algum ponto de comparação entre títulos, como seria de esperar os gráficos saltam logo à vista com o seu upgrade, tanto a nível de texturas como a nível de cores vivas e vibrantes, nunca deixando o seu aspecto cartoon de lado.

Battle for Bikini Bottom é um jogo plataformas num mundo 3D onde a premissa de colecionar espátulas douradas é o prato principal. Para quem não se lembra SpongeBob trabalha num restaurante que serve hambúrguer, daí a referência às mesmas. Estas espátulas douradas servem como chaves para abrir novos locais no mapa, enquanto que a moeda de troca neste caso são umas espécie de estrelas com várias cores, semelhante ao Spyro the Dragon, onde cada cor corresponde a quantidades diferentes.

Um mundo super colorido
A aventura começa quando o mau da fita, Plankton decide lançar uma “horde” de robôs para tentar conquistar a cidade e área circundante. Após um erro na criação destes robôs, Plankton não tem controlo nenhum sobre os robôs deixando-os à sua vontade para destruir tudo o que se mexa. É aqui que entra SpongeBob, Patrick e Sandy, como personagens jogáveis e cada um com habilidades diferentes. SpongeBob tem a possibilidades de se transformar numa bola para atravessar rapidamente certos locais, enquanto tem ao seu dispor uma habilidade de lançar uma bola de bowling e um foguete teleguiado com a forma e feitio de uma bolha de água. Patrick consegue agarrar em coisas e lança-las contra os seus inimigos, enquanto que Sandy é a cowgirl do pedaço com o seu sotaque característico e com o seu laço que lhe permite balançar em pontos específicos e pairar no ar. 

É possível fazer a troca entre personagens dentro dos diversos níveis. No entanto, o nível iniciar-se-á sempre com o SpongeBob, com a possibilidade de troca para uma personagem especifica de cada nível. Cada nível tem diversos objetivos e perigos o que equivale a maneiras diferentes de abordar cada situação. Esta troca será sempre realizada numa “Bus Stop” convenientemente iluminada para não deixar dúvidas aos jogadores. 

Feeling electric

O jogo oferece cerca de 15 níveis jogáveis, em locais específicos da série. Como por exemplo a Goo Lagoon, o Krusty Krab e até o Rock Bottom. Com uma jogabilidade e mecânicas bastante simples, não oferece nada de novo ao género, uma vez que é uma adaptação do seu original, logo carrega consigo toda essa bagagem. Não existe nenhum penalty por se perder todas as vidas disponíveis ou por se cair para fora do mapa, já que a personagem voltará ou ao sítio onde caiu ou ao anterior “checkpoint”. Sim, este é um título que se apresenta bastante alegre… Por vezes demasiado alegre. Cada nível conta com uma música diferente e honestamente passados uns minutos com a mesma música super alegre em loop pode-se tornar frustrante.

A falta de delimitação de limites entre níveis no mundo de escolha de níveis deixa transparecer uma ideia de mundo aberto, algo que não acontece, embora os próprios níveis sejam até bastante grandes. 


Este é um título completamente apontado para jogadores mais jovens, ansiosos para desfrutar de um jogo do mundo de SpongeBob. Infelizmente não oferece diversão suficiente para ultrapassar os mais recentes lançamentos ou até mesmo ultrapassar a diversão que se pode retirar ao assistir os desenhos animados. Para os jogadores repetentes deste título e nos dias que correm, pode trazer uma grande bolha de oxigénio cheia de nostalgia para uma ou duas sessões de jogo até se deixar de lado uma aventura maçuda e pouco inventiva.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Dead Good.

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