Nintendo Switch Lite


A convite da Nintendo Portugal, tivemos ontem a oportunidade de experimentar a nova Nintendo Switch Lite, que chegou ao mercado na passada sexta-feira, 20 de setembro.

Esta consola, apresentada há pouco mais de 2 meses, é considerada pela marca como o novo elemento da "família Nintendo Switch", mesmo que na realidade ela não faça propriamente "switch": é uma consola totalmente portátil, compatível com todos os títulos da Nintendo Switch que sejam também compatíveis com o modo portátil da consola principal (ou seja, quase todos).


Como primeira impressão, a consola é surpreendentemente leve, com um plástico de textura ligeiramente rugosa que é bastante confortável ao pegar. Em termos de material, é comparável ao da Nintendo 2DS XL, a última portátil da "família Nintendo 3DS", leve e resistente. O tamanho mais pequeno em relação à Nintendo Switch matriz também a torna mais fácil de transportar. Mas que tal a experiência de se jogar com ela?

Com alguns dos grandes títulos da consola disponíveis para experimentar, dificilmente se percebem as diferenças a nível de imagem sem ser com os dois modelos lado a lado. A Lite tem um ecrã um pouco mais pequeno, mas com a mesma resolução, o que na maioria dos jogos resultou num aspecto ligeiramente mais apelativo. Em contrapartida, alguns jogos como Fire Emblem: Three Houses, cujo texto dos menus já não era fácil de ler em modo portátil, aqui ainda será mais difícil, algo a ter em conta embora mesmo sendo apenas um problema do software.

Uma grande diferença deste modelo é o facto de ter um D-Pad do lado esquerdo, em vez de quatro botões separados. Uma vez que a consola não inclui os Joy-Con, mas sim botões integrados, não haveria razão para separar os direcionais, que aqui funcionam de forma comparável aos do Comando Pro.


A principal questão em torno da Lite reside nas intenções de jogo de quem a for comprar. É somente e apenas uma portátil que se procura?

Por exemplo, a consola permite ligar comandos adicionais, sejam eles os Joy-Con, o Comando Pro ou até mesmo os third-party que ligam por USB-C, mas não traz consigo um stand para o modo de superfície estável. Foi assim possível partilhar o ecrã para jogar em multiplayer umas partidas de Super Smash Bros. Ultimate, mas consideravelmente inferior à mesma experiência com o modelo original da Nintendo Switch. Já em multiplayer entre consolas, não houve qualquer problema.

Além disso, há que ponderar o desinteresse por alguns títulos que não serão compatíveis, ou muito funcionais, nesta consola. Ring Fit Adventure, por exemplo, que chegará à consola no próximo mês, é um jogo que exigiria a compra de um par de Joy-Cons adicionais, numa experiência que está longe de ser portátil. Super Mario Party, ou qualquer outro "party game", também faz muito mais sentido ligado à TV. No que diz respeito aos mais pequenos, o Nintendo Labo será algo totalmente incompatível com este modelo da consola. Depende dos gostos de cada um saber se algumas experiências da consola normal irão ou não fazer-lhe falta depois.


A Lite não é nem pretende ser a principal versão da Nintendo Switch, mas encontrará facilmente o seu público-alvo, sendo uma consola portátil com um preço acessível, leve e fácil de transportar. Mais do que uma despedida à Nintendo 3DS, a Lite é uma porta de entrada no enorme catálogo de jogos da Nintendo Switch, ainda pra mais prestes a receber as novas gerações de populares séries portáteis como Pokémon e Animal Crossing.

Mais informações sobre a consola: página oficial.

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