Spyro Reignited Trilogy


Spyro, o pequeno dragão, estreou-se na PlayStation em 1998. Um videojogo de plataformas leve e divertido, bem recebido pelos fãs da consola e que mereceu duas sequelas, sempre com uma experiência melhor mas bastante familiar. Num misto de inocência e rebeldia, um herói sem saber que o era acabou por ser um dos mais emblemáticos dessa geração.

Após estes sucessos da altura, o pequeno dragão nunca mais foi bem a mesma coisa, com uma série de títulos considerados mais fracos, para não se dizer pior. Após a sua aquisição pela Activision, a sua utilização no lançamento do projecto Skylanders parecia ter sido o seu fim - Spyro era meramente uma das personagens, e longe de ser a razão de popularidade do jogo. Passaram sete anos, e chegou a nova tentativa da marca tentar reacender a sua popularidade, trazendo de volta a trilogia original em formato remasterizado. Spyro Reignited Trilogy, lançada em 2018 para PS4 e Xbox One, chega agora também à Nintendo Switch.

Para quem não conhece ou nunca jogou, estes títulos são aventuras 3D onde se controla o pequeno dragão Spyro para salvar o mundo. Em cada um dos jogos, a razão é diferente, mas as mecânicas são semelhantes. Cada jogo é composto por várias regiões para se explorar, sendo que em cada uma delas há um conjunto de portas que dão acesso a áreas mais pequenas. Na primeira aventura, o objetivo será encontrar os diversos dragões adultos que foram petrificados pelo vilão, sendo que há um mínimo de salvamentos para que se possa aceder à região seguinte. No segundo, acontece o mesmo, mas a ideia é recuperar ovos de dragão que tinham sido roubados. Isto para dizer que há uma enorme familiaridade entre os três jogos, mas todos se passam em mundos bem diferentes, não sendo repetitivo.


A jogabilidade é também bastante simples, com o pequeno dragão a ser capaz de correr e ir de cabeça contra objetos e inimigos, cuspir fogo, saltar e voar. Embora o público-alvo seja claramente os mais pequenos, os níveis contam habitualmente com algumas áreas ou segredos acessíveis apenas aos que já dominam bem as suas técnicas, o que incentiva a dominar bem os controlos. Além disso, a cada sequela se sente uma melhoria na jogabilidade, com novas técnicas e movimentos de que se pode tirar partido para explorar e combater os inimigos. De qualquer modo, pode ser considerado um jogo fácil e acessível a qualquer idade.

Infelizmente, tendo sido este um remake feito a pensar primeiro noutras plataformas mais poderosas, esta versão para a Nintendo Switch sofreu visivelmente com isso, especialmente ao jogar-se no Modo TV. Houve uma tentativa de apresentar os visuais ao nível da PlayStation 4 e Xbox One, mas o preço disso foi uma enorme quebra ao nível de frame-rate. As opções incluem ligar ou desligar o modo "motion blur", com melhor resultado desligando-o, mas mesmo assim a experiência visual é bastante desagradável. Surpreendentemente, isso deixa de ser um problema ao jogar em Modo Portátil, onde os visuais além de bastante bonitos, estão bem mais fluídos. Uma pena não se ter uma experiência tão agradável na televisão, algo desejável para uma futura atualização.


Com nostalgia da primeira PlayStation ou não, este Spyro Reignited Trilogy é um agradável e divertido jogo de plataformas para todas as idades. Infelizmente, a adaptação para a Nintendo Switch será apenas recomendável para quem tencionar jogar apenas em formato portátil. Quem preferir jogar na TV, fará melhor opção ao adquirir noutra consola.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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