Rebel Cops
Não são muitos os jogos de estratégia que tenho no meu currículo, o que não significa que não os ache interessantes. Rebel Cops chegou esta semana ao mercado e, com ele, veio a oportunidade de o analisar após anos sem tocar num jogo do género. Ao estilo de XCOM, é um jogo graficamente artístico e com uma história realista de polícias que tentam derrubar o barão do crime na cidade de Ripton.
Em Rebel Cops os jogadores vão ter de infiltrar armazéns, intervir em assaltos a bancos e viver situações de corrupção, tudo aquilo que um polícia geralmente passa nos filmes clássicos de ação dos anos 90. Mortes e dramas também estão incluídos e tudo isso também dependerá do jogador e as suas decisões durante a jornada para capturar o barão do crime. A história é algo genérica, mas funciona.
Como habitual para o género, os jogadores irão comandar uma data de polícias contra os criminosos, em jogadas por turnos. O tutorial está muito bom, qualquer jogador que seja leigo poderá adaptar-se e começar a entender as mecânicas de jogo, o que realmente é importante para iniciar as missões a sério sem a ajuda de terceiros. Este tutorial ensina o jogador a proteger-se, a atuar nos momentos certos e como proceder de forma eficaz, podendo optar por ações letais ou simplesmente prender os criminosos. Tudo isto irá depender da probabilidade do criminoso atuar em cada circunstância.
Os criminosos costumam estar armados e, assim sendo, será preciso optar por utilizar o taser, arma de fogo, a batuta ou simplesmente fazer com que o criminoso se renda, apontando-lhe a arma. No entanto as decisões vão depender da taxa de sucesso apresentada na roldana das opções. Se a probabilidade for baixa de um sujeito se render, o melhor será utilizar uma arma letal ou, pelo menos, deixar o criminoso inconsciente, para o prender. Normalmente, essa deve ser a atitude, mas nem sempre corre bem e se o inimigo encontra o jogador desprotegido ele não hesitará em disparar para matar.
Levando um tiro, se o polícia não estiver preparado pode mesmo morrer na hora, caso este tenha equipado um colete à prova de bala ou um capacete para proteção pode safar-se durante os 3 turnos seguintes. É necessário chamar os primeiros socorros para o salvar dentro destes 3 turnos, senão é menos um polícia. Por isso, é bom estudar o inimigo e se for para o melhor, é abater o criminoso. Mesmo para o abater é necessário verificar qual a probabilidade de acertar no alvo. Assim que se escolha disparar, uma silhueta surge com opções de mira, na cabeça, perna ou na mão para desarmar o adversário.
É mais fácil disparar e fazer as perguntas depois, no entanto depois a venda de armas torna-se mais complicada e os civis podem deixar de providenciar qualquer orçamento aos polícias de Ripton criando até a desconfiança entre os próprios colegas de profissão. São detalhes únicos e que levam o jogador a pensar duas vezes antes de cometer um ato letal contra os criminosos.
A sensação de terminar uma missão é gratificante, pois cada uma tem de ser minimamente estudada, mesmo havendo alguma ajuda, como ao tentar movimentar um polícia para uma zona de perigo, ter um colega que entra de imediato em contacto para avisar de possíveis consequências graves. Todos os polícias devem ser devidamente equipados com armas e proteções e até kits de primeiros socorros antes de uma missão começar, mas nem tudo está disponível e é necessário puxar das notas da carteira para comprar pois os itens não são baratos.
Rebel Cops é um bom jogo de estratégia que apela mesmo aos jogadores novatos do género. Conforme se avança, as missões tornam-se um pouco difíceis e é exigida uma concentração enorme para não se correr riscos e perder todos os polícias da esquadra central de Ripton, por isso mesmo com um excelente tutorial, não é propriamente fácil.
Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para PC via Steam, gentilmente cedido pela Dead Good Media.