Primeiras Impressões: Metroid Dread + Nintendo Switch Modelo OLED
A convite da Nintendo, tive a oportunidade de reunir 3 grandes experiências num só evento: a primeira hora de jogo no novo Metroid Dread, um hands-on com o novo modelo OLED da Nintendo Switch e, claro, regressar ao showroom da Nintendo Portugal depois de tanto tempo onde tudo era apenas digital.
Antes de mais, importa referir que este evento teve em conta todas as normas de segurança em relação à pandemia, estando assim limitado a apenas um jornalista de cada meio e em horários distintos, algo bastante diferente do que acontecia em eventos anteriores. Mas, nostalgias de outros eventos à parte, falemos então de como a experiência correu.
Modelo OLED
Assim que cheguei ao showroom, o primeiro impacto foi ver uma Nintendo Switch Modelo OLED já ligada, com o Metroid Dread já no ecrã de título. Apesar dos vários anúncios e informações de hardware revelados desde que anunciaram este modelo da consola, há realmente uma enorme diferença entre saber todas as novidades e, simplesmente, ver a consola com o ecrã ligado. Comparando com uma Nintendo Switch "normal", o ecrã OLED não só é maior, como tem uma luminosidade mais intensa e maior contraste de cores. Se tivermos em conta a mais pequena Nintendo Switch Lite, que é apenas portátil, a diferença é ainda mais impressionante. Naturalmente, sendo a demonstração em ambiente fechado, ficou por saber que tal se irá comportar o ecrã no exterior, como num jardim ou esplanada, mas deu para perceber que bastará ter nas lojas esta unidade ligada e em modo portátil, para que muitos dos que já são utilizadores da consola fiquem, no mínimo, com vontade de fazer o upgrade.
Num primeiro contacto, este novo modelo parece ligeiramente mais pesado, mas também mais robusto que o original. Ironicamente, apesar das consolas terem exatamente o mesmo tamanho, o facto do ecrã OLED ser maior também faz com que esta pareça maior. Quanto à dock, esta tem um aspeto mais elegante, mas em termos técnicos só difere da anterior por já trazer integrada uma porta de Ethernet. Já em termos de output para a TV, a nova consola é exatamente igual à normal. Também por isso, toda a experiência de jogo com o novo Metroid Dread foi feita com a nova consola em modo portátil.
Metroid Dread
Para esta antevisão, foi dada a oportunidade de jogar o novo Metroid Dread, durante cerca de 60 minutos a partir do início. Tal como tinham anunciado na sua apresentação, este é o quinto capítulo da saga original de Metroid, e por isso mesmo começa com uma pequena introdução da história que acaba por levar a protagonista a este misterioso planeta ZDR, onde poderosos robôs E.M.M.I. da Federação foram dados como desaparecidos. O problema é que, assim que Samus lá chega, não é propriamente bem recebida por um poderoso guerreiro Chozo, que a deixa inconsciente e sem acesso à maioria dos seus poderes.
Mesmo sem poderes "especiais", esta guerreira do espaço não deixa de ser extremamente ágil, o que é posto à prova logo nos primeiros momentos de jogabilidade. Correr, saltar, deslizar, defender um ataque e contra-atacar, são alguns dos movimentos básicos que farão parte de toda a experiência. Um dos primeiros desafios do jogo, por exemplo, é tão simples como perceber que a Samus irá saltar um pouco mais alto e agarrar-se a uma plataforma para a trepar, ao manter o botão de salto premido. E assim começa esta aventura.
Uma das grandes novidades deste jogo está nas chamadas áreas de patrulha dos robôs E.M.M.I., que por algum motivo se tornaram autênticos predadores e dos quais, normalmente, a Samus só poderá mesmo fugir. O primeiro encontro deste género será um mero tutorial, onde por tentativa e erro se vai aprendendo a como fugir do robô até encontrar um míssil suficientemente poderoso para o derrotar. Problema: depois disso, lá se vai o poder, voltando à mesma dificuldade no encontro seguinte. Nestas áreas, assim que o robô se aperceba da Samus, irá segui-la de forma incansável, a não ser que ela consiga escapar da área de patrulha em questão. O problema é que não se trata apenas de atravessar estes espaços, mas também descobrir como abrir novos caminhos, o que na prática traz uma enorme tensão associada - caso Samus seja apanhada, é Game Over. Felizmente, ao recomeçar, o ponto de partida é na entrada dessa área, o que incentiva a tentar novamente.
Sem querer "spoilar" muito da experiência, a primeira hora de Metroid Dread leva com uma boa dose de exploração, incluindo os habituais caminhos secretos com recompensas para os mais aventureiros, mas também uma grande dose de tensão por conta destas áreas de vigilância. Pessoalmente, porém, não dei sequer pelo tempo a passar enquanto jogava e, honestamente, soube-me a pouco. Ainda assim, há dois pontos a destacar. O primeiro é a nível de jogabilidade que, apesar de complexa para alguns movimentos que exigem vários botões, rapidamente se torna intuitiva, algo especialmente importante nos momentos mais intensos. O outro ponto é o aspeto visual que, mesmo sendo apenas um jogo 2D com cenários de profundidade tridimensional, consegue ser mesmo apelativo no ecrã OLED da nova Nintendo Switch, onde os elementos coloridos se destacam imenso do ambiente hostil e industrial desta primeira área explorada no jogo.
Uma pessoa mete-se a ver a vista… e dá nisto! |
Tanto a nova Nintendo Switch Modelo OLED como o jogo Metroid Dread chegam ao mercado já na próxima semana, com lançamento previsto para o dia 8 de outubro.