Horizon Forbidden West - Edição Completa (PC)

Eis que chega mais uma conversão de um exclusivo das consolas PlayStation ao PC! A saga onde acompanhamos as aventuras de Aloy vê o seu 2.º título chegar à mãe de todas as plataformas através de mais uma versão trabalhada pelo conceituado estúdio Nixxes. Depois de Marvel's Spider-Man: Remastered, Miles Morales e Ratchet & Clank: Rift Apart este estúdio especializado neste tipo de conversões regressa com mais trabalho de excelência.

Horizon Forbidden West - Edição Completa para PC traz o jogo Forbidden West e o DLC Burning Shores que saiu cerca de um ano mais tarde e que tem ligação direta ao jogo base, ambos exclusivamente lançados para a consola PlayStation 5.

Horizon Forbidden West continua a história de Aloy que após os eventos de Zero Dawn segue viagem para o Oeste do continente norte-americano para averiguar os rumores de uma devastadora praga que mata tudo aquilo que infecta e se está a apoderar das terras. À nossa espera estão novos inimigos, novos aliados e também uma nova parafernália de máquinas, umas já nossas conhecidas, outras novidade, mas todas elas perigosas, como sempre. Tudo isto no meio de vários ecossistemas e paisagens de cortar a respiração numa paisagem pós-apocalíptica que se estende pela Califórnia, Utah e Nevada.

O DLC Burning Shores é uma continuação direta a nível narrativo e temporal do seu jogo base e leva Aloy a uma Los Angeles que agora não é nada mais que um conjunto de ilhas vulcânicas repleta de resquícios de outros tempos e segredos para descobrir e desvendar. Traz novas mecânicas para o jogo, novos inimigos e mais não podemos dizer para não começar a distribuir spoilers a torto e a direito.

Os conteúdos desta edição completa já foram analisados aqui no nosso site. Ficam abaixo indicadas as principais considerações dos artigos escritos;

Horizon Forbidden West foi sujeito a análise aqui nos Meus Jogos pelo nosso querido Telmo Couto no seu lançamento e foram estas algumas das considerações que ele partilhou na sua análise;

Apesar de ter um começo relativamente linear, Forbidden West é um "open world" que, ao fim de poucas horas de jogo, se torna totalmente aberto à exploração, com a exceção de alguns momentos importantes na história, para os quais há sempre um aviso prévio antes de avançar. Isto, a acompanhar uma história que se expande muito mais e se torna bastante mais envolvente que a de Zero Dawn, apesar da premissa aparentemente simples que, no início, nos é apresentada. Esta é provavelmente a maior surpresa do jogo: a sua qualidade narrativa, que o coloca ao nível das melhores franquias do universo PlayStation. 

No que diz respeito à jogabilidade, esta expande em relação ao que já era oferecido no jogo anterior, com um sistema que tanto permite optar pela furtividade como pelo combate corpo-a-corpo, ou uma mistura dos dois. Uma das mecânicas mais gratificantes em Horizon é a capacidade de converter máquinas selvagens, colocá-las em combate contra as restantes e apreciar o caos entre elas, enquanto se vai preparando o momento ideal para entrar em batalha. 

A nível da exploração, há também novas habilidades que ajudam a experimentar novos caminhos, incluindo um parapente eletrónico que facilita o acesso de sítios altos a locais inferiores, ou a nova capacidade de mergulhar, com novos tipos de locais a visitar. Algo que se mantém fiel ao original, porém, é toda a recolha de recursos necessária para manter e gerir o stock de equipamentos, e o tempo que se perde com isso ao longo da jornada. 

Algo que realmente dispensa apresentações: toda a componente visual. Inteiramente jogado na PlayStation 5, Horizon Forbidden West foi impressionante desde o primeiro, ao último momento, com cenários ricos e detalhados ao mais ínfimo pormenor, desde as florestas verdejantes até às ruínas no meio do deserto. As vilas das diferentes tribos contam com uma impressionante variedade de estilos, ao ponto de se tornar fácil identificar ao longe se Aloy se aproxima de um local onde residem aliados ou perigosos adversários, mesmo pela sua arquitetura.


Em relação ao DLC Burning Shores, fui eu próprio que fiz a análise dele aquando do seu lançamento na PlayStation 5 e ficam aqui as considerações finais da análise que fiz na altura;

Horizon Forbidden West: Burning Shores é um DLC que justifica plenamente a sua existência e é um excelente incentivo para quem estava à espera de argumentos para voltar ao Oeste Proibido. Mantendo o pedigree a que a Guerrilla Games e o seu motor de jogo Decima já nos habituou, as paisagens são maravilhosas, os gráficos de excelência e a construção de mundo é superlativa visualmente. As novas mecânicas introduzidas são interessantes o suficiente, bem como o volume de novas máquinas cuja variedade parece adequada ao tamanho deste DLC.

A história em si, mesmo com uma batalha final épica, ficou uns furos abaixo dando a impressão de estar mais a servir de compasso e guia exploratório do que propriamente de elemento de destaque ou agregador. Mesmo assim é carregada de performances de excelência, deixa espaço para conhecermos um pouco mais sobre Aloy a um nível muito mais pessoal e sustenta lore suficiente para nos deixar ainda mais ansiosos para o inevitável terceiro capitulo.

Não quero deixar de lamentar a decisão de lançar este DLC apenas e só para a PS5 com base numa “grande visão técnica e criativa” que para mim é em parte justificada devido à complexidade técnica de certos momentos do jogo, mas não deixa de ser uma decisão injusta e mercantil que deixou para trás todos os utilizadores de PS4 que adquiriram o jogo original para essa plataforma.


Quando foi notícia de que este jogo iria ter uma versão PC e a sua conversão estaria a cargo do estúdio Nixxes, ficou logo no ar uma garantia de que este lançamento nada teria a ver com o do seu antecessor, Horizon Zero Dawn, que teve uma entrada com o pé esquerdo no PC devido aos problemas de performance que assolaram os seus primeiros meses de existência. Nixxes tem provado vezes sem conta de que consegue dar conta do recado e é um estúdio muito meticuloso no que toca a dar ao público a melhor versão possível de um jogo aquando da sua conversão para PC. 

O que traz esta versão? Basicamente tudo aquilo que já esperamos de um jogo PlayStation no PC. Gráficos e texturas melhoradas, resoluções Ultrawide 21:9 e Super Ultrawide 32:9, bem como o suporte para monitores triplos, a "bruxaria" do NVIDIA DLSS 3 em termos de upscale, aperfeiçoamento da imagem (NVIDIA DLAA), redução da latência no input (NVIDIA Reflex) e também suporte para as outras tecnologias de upscaling, AMD FSR e Intel XeSS.2. A utilização do comando DualSense, também está garantida e a funcionar na perfeição e em paridade com a expêriencia que tive na PS5. Como sempre, este comando apenas funciona no PC ligado diretamente ao mesmo, através de cabo USB.

Este jogo graficamente e visualmente foi uma experiência ímpar na PS5, mas que puxava muito pelo hardware da consola. Mesmo assim, a experiência em modo performance conseguia colocar o jogo nos 60 fps em detrimento de alguma qualidade gráfica que pouco punha em causa essa mesma experiencia.
Nesta versão "PCMR" não temos essa limitações e o céu quase que é o limite. Os gráficos, texturas e luz global estão superiores à versão PS5, pena não ter havido a adição de Ray Tracing para acrescentar mais qualidade e realismo à experiência.
O consumo de VRAM poucas vezes excede os 8/9 GB o que são excelentes noticias para a maior parte das gráficas que andam por aí, tendo em conta as estatísticas de hardware da Steam.

Aqui ficam algumas leituras relativamente à performance do jogo que foram capturadas num PC com um cpu AMD 5700X, memória 16GB RAM DDR4 3200mhz e uma placa gráfica NVIDIA RTX 4070 Super, a uma resolução gráfica nativa de 1440p.

Média de leituras sem qualquer tipo de upscaling ligado a uma resolução de 1440p

  • Gráficos LOW: ~160 fps
  • Gráficos MID: ~130 fps
  • Gráficos HIGH: ~95 fps
  • Gráficos MAX:  ~90 fps

Média de leituras com DLSS (Modo Performance) ligado a uma resolução de 1440p

  • Gráficos LOW: ~175 fps
  • Gráficos MID: ~150 fps
  • Gráficos HIGH: ~125 fps
  • Gráficos MAX:  ~115 fps

Média de leituras com DLSS (Modo Qualidade) ligado + Frame Generation a uma resolução de 1440p
(quem tem disponível frame generation já tem de ter uma gráfica de última geração da NVIDIA e aí não faz sequer sentido testar opções gráficas mais fracas neste jogo)
  • Gráficos HIGH: ~160 fps
  • Gráficos MAX:  ~145 fps
Testei rapidamente com uma resolução 1080p FULL HD e estas médias explodem para valores quase pornográficos e escalam por defeito na mesma proporção que os resultados daqui descritos a 1440p.

Em resumo, os requisitos apresentados pela PlayStation\Nixxes antes do lançamento do jogo são bastante fiáveis e indicativos do que poderão os jogadores esperar em termos de performance deste jogo em relação ao hardware que possuem.

Horizon Forbidden West Edição Completa para PC é tudo aquilo que prometia e tudo aquilo que poderíamos estar à espera. Quer o jogo base, quer o seu DLC, já se sabia que eram ótimas experiências open world, repletas de locais para explorar e inimigos para lutar, mas faltava saber se esta versão PC fazia jus aos surpreendentes requisitos técnicos que foram apresentados ao público semanas antes do seu lançamento e que faziam crer que este jogo podia ser jogado numa grande variedade de máquinas. Nixxes tornou essa dúvida numa certeza. 

Super bem otimizado e melhorado a nível gráfico, esta versão PC é um dos melhores ports de jogos PlayStation que já foram feitos até à data, quer a nível de desempenho, quer a nível de qualidade visual.
As opções gráficas apresentadas são generosas e dependendo da máquina que estiver a ser utilizada, as alterações que fazemos têm impacto no jogo e aumentam o framerate mesmo sem chegar a utilizar os upscalers da vida (mas utilizem que vale a pena!).

Pena que no meio de tanta coisa boa tenhamos ficado privados de Ray Tracing, que neste jogo é inexistente e que nos dias que correm, especialmente num AAA, é esperado que tenha e é sem dúvida uma mais-valia a nível gráfico. Talvez estejamos a ficar mal habituados.


A edição completa de Horizon Forbidden West para PC saiu no dia 21 de março de 2024 e está disponível na Steam e na Epic Store.

Nota: Análise efetuada com base em código digital do jogo para PC, gentilmente cedido pela SIEE.


Suporte:

Análise Telmo Couto a Horizon Forbidden West para PS5:
https://www.meusjogos.pt/2022/02/horizon-forbidden-west.html

A minha análise a Horizon Forbidden West: Burning Shores para PS5:
https://www.meusjogos.pt/2023/04/horizon-forbidden-west-burning-shores.html

Latest in Sports