Phantom Abyss
Se a hype criada em volta do novo trailer de apresentação de Indiana Jones and The Great Circle ainda te anda a fazer comichão na pele, Phantom Abyss poderá ser mesmo o jogo certo para te acalmar essa maleita. Este jogo de plataforma 3D roguelike na primeira pessoa da Team WIBY põe-nos de chicote na mão dentro de um templo antigo para que possamos reunir relíquias sagradas e tentar sair de lá.
Phatom Abyss consiste de quatro níveis principais (baseados nos vários elementos da natureza) e seis provas em cada um deles para escolher e onde apenas três delas precisam ser concluídas para avançar para a próxima zona. Existem também níveis extras que podemos desbloquear se reunirmos chaves suficientes (que estão espalhadas pelos variados mapas) durante as provas que fazemos.
Parece fácil mas os deuses do templo não estão lá para facilitar a nossa vida. Todas as masmorras têm variadíssimos obstáculos e armadilhas e isso é a constante que o jogo proporciona de base. O que vai variando são as condicionantes e restrições que são apresentadas ao jogador que vão desde saúde limitada, mortes instantâneas ou uma espécie de divindade que nos persegue pelo mapa.
Então se o sentimento de urgência nas nossas corridas é algo forte e a exploração existe e é recompensa para quem o faz, estamos bem? Mais ou menos. O casamento entre estes dois aspetos nem sempre corre bem e aqui o povo está do meu lado; "Depressa e bem, não há quem!"
Phantom Abyss tem dificuldade em estabelecer um equilíbrio entre estes dois aspetos, quase sempre favorecendo mais o jogador que quer bater o seu próprio tempo do que aquele que quer perder mais tempo a explorar tudo o que é recanto.
No papel, Phantom Abyss é divertido e o seu conceito de “Um templo por dia, não sabes o bem que que te fazia!” é interessante. Oferece (até certo ponto) algo de novo para fazer diariamente e mediante as condicionantes que se apresentam traz desafio e a variedade de chicotes e o que adicionam em termos de jogabilidade é bastante saudável e faz-nos encarar cada templo de maneira diferente. Na prática, e mesmo com todas as variáveis diárias e da sua própria natureza roguelike, o jogo rapidamente se torna "mais do mesmo" passadas umas quantas horas de jogo e os modos de jogo que são apresentados tornam-se repetitivos e não conseguem fazer com que a nossa permanência no jogo se torne apelativa o suficiente para nos fazer voltar todos dias para mais uma corrida.
Phantom Abyss é uma proposta original e desafiante mas que tem mecânicas desequilibradas e um loop de jogo cinzento principalmente na sua segunda metade de jogo no entanto é fácil de recomendar para fãs de roguelike e de conceitos fora da caixa