Splatoon 3


Quando em 2015 jogava Splatoon pela primeira vez, fiquei de tal modo agarrado à Wii U que durante tempos não jogava outra coisa. Uma aposta diferente dos shooters que encontrava por aí e certo, nunca fui o maior fã de first-person-shooters ou do universo competitivo de jogos online, mas Splatoon fascinava-me! Já Splatoon 2 foi um jogo que acabei por deixar passar, concluindo o modo história, participando em algumas Splatfests e partidas online, mas sentia que já tinha jogado aquilo tudo no primeiro. Agora temos o terceiro jogo da série, ao que pensei que seria desta que voltava ao ativo em Splatoon, até porque as novidades deixaram-me muito curioso.


Para os que não conhecem, Splatoon 3 é um jogo competitivo online onde 2 equipas formadas por 4 membros cada, competem pela conquista da arena, enchendo-a o máximo possível de tinta da sua cor enquanto eliminam os adversários, e a tinta que eles também espalharam. São partidas de 3 minutos apenas, mais do que o suficiente para instalar todo um colorido caos provocado por Inklings e Octolings, devidamente munidos com todo um diverso leque de armas, vestidos a rigor com as roupas da moda. Afinal estilo ainda é uma componente forte em Splatoon 3 e a customização de personagem também, deixando-nos agora escolher logo se queremos jogar como Inkling ou Octoling.


O arsenal de armas é extenso, desde as tradicionais bisnagas Splattershots, os rolos de tinta Splat Rollers, armas de longo alcance como as Splatterscopes ou até mesmo guarda-chuvas ou baldes de tinta, as Splat Brellas e Sloshers respetivamente. É muito fácil encontrar aquela arma que melhor se adequa ao nosso estilo de jogo. Por exemplo, sendo fã de combate à distância andar com um rolo de tinta ou um pincel gigante não me puxa, acabando por ignorar quase por completa uma das novidades, as Splatanas. Estas são uma espécie de lâmina, assemelhando-se a uma espada capaz de disparar pequenos jatos de tinta. Por outro lado outra novidade, as Stringers, uma espécie de arco e flecha com bastante alcance e dano considerável, entrou rapidamente para as minhas armas favoritas, acompanhando as minhas (ainda) favoritas Dualies, um par de pistolas bastante rápidas.

Depois cada arma vem devidamente acompanhada com uma secundária, pequenas bombas ou granadas dos mais diversos estilos que consomem bastante tinta, mas provocam um dano considerável. Neste campo uma das novidades é a Angle Shooter, que quando atirada faz imenso ricochet pelas paredes, deixando uma linha de tinta pelo caminho. Por último temos ainda uma habilidade especial que podemos usar assim que a nossa barra de energia estiver no máximo. Aqui surge uma das minhas adições favoritas, o Crab Tank. Um autêntico robô caranguejo capaz de disparar desenfreadamente, com bastante defesa e ainda munido de bombas com longo alcance!


Como disse, manter o estilo é algo muito importante neste jogo e, além das armas temos todo um conjunto de roupa para vestir como chapéus ou acessórios, roupa e calçado, com uma variedade enorme e, tal como as armas, vêm com habilidades especiais que melhoram a nossa prestação em combate. Há mesmo, mesmo muito equipamento para comprar e várias habilidades que vamos desbloqueando à medida que participamos em combates online. Agora temos também direito a um cacifo, que podemos decorar ao nosso gosto para exibir as nossas armas favoritas ou façanhas concluídas através de imagens ou recortes que podemos exibir para todos verem.

E são nestes combates online que se inserem as Splatfests, eventos que ocorrem ocasionalmente onde temos de optar por uma das equipas, representá-la no seu melhor pois apenas uma sairá vitoriosa. Algo que me deixou bastante empolgado por Splatoon 3 foi estas Splatfests agora contarem com 3 equipas, e não duas como nos jogos anteriores. Foi algo que tivemos oportunidade de explorar na Splatfest de demonstração que ocorreu há semanas, deixando um aparte, em que ganhou a equipa Pedra a que orgulhosamente fiz parte. Também ficamos a conhecer Shiver, Frye e Big Man, membros da banda Deep Cut e apresentadores do Anarchy Splatcast, que vêm enriquecer o leque de personagens, que marcam o seu regresso. Trazem ainda consigo boa música e, no geral, a banda sonora continua a surpreender!


Há algo delicioso ao ver 3 equipas de cor diferente a preencher o mapa, se já adorava o caos provocado em Splatoon, agora ele ganhou todo um novo patamar, mesmo que sejam na mesma 8 jogadores a participar no combate! De resto os combates online que tive oportunidade de explorar nesta análise mantêm-se fiéis ao que já conhecia, com uma jogabilidade aprimorada, onde a combinação de controlos com o analógico e inclinação do comando é algo que recomendo vivamente, mas que pode ser desligado se preferirem.

Salmon Run foi algo que surgiu no jogo anterior, um novo estilo de jogo que surgia em momentos específicos, que agora podemos participar a qualquer altura sem ter que estar atento ao calendário. Não foi modo que explorei a fundo nesta análise, por falta de oportunidade, mas na prática mantém-se a “tower defense” que já conhecemos do jogo anterior, aonde os inimigos vêm em ondas e pelo meio alguns bosses bastante intimidadores se juntam.

Na prática, parte do meu sentimento que surgiu em Splatoon 2 mantém-se: é um jogo muito semelhante aos restantes 2, com algumas novidades que mexem um pouco o jogo, mas não muito, onde a maior diferença está nas Splatfests com 3 equipas. Mas como saltei o segundo jogo, sinto-me motivado para entrar de novo nos combates online, subir o meu rank ao máximo e tentar participar em todas as Splatfests. Para os fãs certamente irá apostar nesta nova entrada, mas para os restantes pode não ser uma entrada com uma alteração considerável.


Outro ponto que sempre gostei na série foi o modo história, uma pequena campanha onde a nossa personagem, neste caso o Agent 3, tem uma missão que por norma envolve a segurança de todos. Sem querer entrar em spoilers, aconselho vivamente a jogar este modo o mais rapidamente possível! Todo ele foi incrível, com combates contra bosses geniais e uma última parte que elevou bastante o modo de história da série. Honestamente só pensava o quão incrível seria um jogo de aventura para um jogador no universo de Splatoon, explorando toda a narrativa pós-apocalítica deste universo, mantendo a jogabilidade e a qualidade apresentada nos bosses. É um modo de história curto, que dura algumas horas, mas recheado de incríveis missões, algumas delas opcionais com um grau elevado de dificuldade. E como nota adicional: não ignorem o Smallfry! 


Por último, as Tableturf Battles… um minijogo competitivo que felizmente só descobri quando já tinha participado em combates online e concluído o modo de história. Não por nenhum motivo grave, apenas porque, desde que o descobri, não tenho jogado outra coisa! Um pequeno jogo extremamente viciante que mistura Tetris, jogos de cartas e um puzzle onde temos de preencher o nível com o maior número de quadrados da nossa cor. Há estratégia no modo como colocamos as peças, de modo a desbloquear a habilidade especial pois é o único modo de colocar as nossas peças em cima da cor adversária.


Concluíndo, Splatoon 3 acabou por reacender a minha vontade em jogar a série, muito talvez por não me ter dedicado ao anterior, mas há coisas que me puxam para regressar. Gostava muito que o modo de história fosse mais extenso, tenho uma enorme curiosidade em explorar a fundo a origem do mundo do jogo e, depois da zona e combate final, a vontade aumentou imenso! Resta esperar pelas atualizações futuras, DLCs confirmados que se avizinham e todo um conjunto de combates contra amigos e desconhecidos!

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Nintendo.

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