Tinykin

Imaginem os problemas associados ao ser-se encolhido até ao tamanho de um pequeno inseto! Aranhas maiores que nós! Medo... Felizmente Tinykin pega nesta ideia de forma bastante leve e desdobra-se por uma aventura imaginativa numa mistura entre Pikmin e um plataformer de aventuras 3D, com uma pitada de "collectathon", que certamente irá deixar um sorriso na cara dos jogadores.

Este título coloca o jogador na pele de Milo, um arqueologista de um planeta chamado Aegis, que tem o sonho de encontrar as origens da raça humana. Após um evento acidental de teleportação Milo vê-se transportado para o planeta Terra no ano de 1991. O objetivo principal é o de recuperar elementos para reconstrução da máquina que levará este peculiar personagem de volta ao seu planeta. Para isso contará com a ajuda de Ridmi, que servirá como guia e os pequenos Tinykin, que servem de apoio para atravessar os vários obstáculos apresentados e que dão o nome a este título.

Os Tinykin são extremamente úteis e o ponto principal na narrativa aventuresca por toda a casa que se abre durante a procura dos elementos necessários. Em cada níveis existem vários tipos de ovos, que ao passar por cima dão vida a Tinykins que seguem prontamente Milo. Cada Tinikyn tem uma cor que é associada a uma habilidade diferente. Por exemplo o de cor rosa, apresenta uma força como a de Hulk, logo estão associados a tarefas mais pesadas, como empurrar objetos ou até mesmo transporta-los de um local para outro, enquanto por exemplo os de cor azul, permitem posicionar uma linha condutora de energia entre dois pontos, dando energia a equipamentos elétricos. Todas as tarefas associadas aos Tinykin estão associadas a um número de elementos, de maneira que se se encontrar obstáculo mas não se tenha estes em número suficiente, o melhor é explorar um pouco mais o nível em questão.

A exploração é o ponto chave e parte da diversão. O uso de um sabonete em vez de um skate ou uma plataforma voadora, serve o propósito de locomoção mais rápida e faz lembrar de certa forma as aventura de Ratchet and Clank. Na verdade, este título presta homenagem a diferentes mundos e géneros da cultura pop. É possível ver a lua e a bicicleta do filme E.T, Gary, o caracol de Spongebob, o símbolo de Sly Cooper, entre outros. Explorem e descobram estes deliciosos pormenores.

Durante as 7 horas de jogo que tive até chegar ao fim da sua main story, repartidas entre main story e missões secundárias, Tinykin apresentou 5 divisões diferentes da casa, que estão naturalmente associadas a 5 níveis diferentes. Cada divisão conta com uma civilização de inseto diferente com as suas próprias ideias e onde existe a necessidade de as ajudar para reaver o objeto mantido em cativeiro, e que é necessário para a reconstrução da time machine. A mistura entre níveis 3D com o aspeto de paper craft da personagem principal e dos seus intervenientes aplicam um visual bastante vibrante e diferente do habitual. Imaginem uma casa de banho repleta de pequenos castelos feitos inteiramente de papel higiénico, ou um quarto de brinquedos com uma história intergalática onde até é possível destruir meteoritos.

Tinykin é certamente um dos destaques deste ano. Não existe grande profundidade, mas o que faz, fá-lo de uma maneira divertida. De destacar as pequenas cutscenes que estão fantásticas. Será que num futuro próximo poderemos ter uma pequena série de Tinykin?