Jojo’s Bizarre Adventure All Star Battle R


Para quem nunca ouvi sequer o nome de Jojo’s Bizarre Adventure, é um manga/anime da Shonen Jump com maior sucesso e isso deve-se à originalidade e criatividade do senhor Araki. É de longe uma das minhas séries favoritas de todo o sempre e está neste momento na Netflix a segunda parte da temporada 6 (ou como o autor indica Part 6) que se baseia na história de Jolyne Kujo. Para quem tiver curiosidade, pode começar a ver, embora recomende assistir à série de início.

Como dito antes, Jojo’s Bizarre Adventure está no meu top 5 de séries anime favoritas de sempre e quando soube que estava prestes a chegar um jogo da série fiquei logo extremamente satisfeito mesmo este sendo no fundo um "remaster" com mais conteúdo adicional. Enquanto que jogos do universo de Dragon Ball ou One Piece sejam mais recorrentes, Jojo não tem, infelizmente, esse destaque, no entanto as coisas vão surgindo pouco a pouco e julgo que a jogada de marketing em lançar o jogo em simultâneo com a série na Netflix pode ajudar alguns apreciadores de anime a conhecerem melhor esta brilhante série.

Se por um lado eu fiquei extremamente feliz, há um pequeno sentimento de que se podia ter feito algo deveras importante, em vez de um remaster, ser um remake ou simplesmente um jogo novo de raiz. Não podemos dizer que os modelos das personagens estejam maus como também não se pode dizer que são excelentes. Afinal de contas, especialmente quem jogou a versão original na PS3, irá notar que o grafismo é no fundo o mesmo, aqui o que muda foi uma lavagem de cara e não uma transformação, pode-se facilmente ver que temos o jogo a correr a 4K e 60 fps. Os visuais já eram bons antes em 1080p e agora estão melhores, no entanto o grafismo é datado mas, é algo que passa completamente ao lado porque para a altura que o jogo foi lançado, pode-se dizer que o grafismo é impressionante.



Ainda não referi mas isto é um fighting game, para quem não jogou na altura do lançamento na PS3, este é o típico 1 VS 1 do género, isto porque não se pode confundir com o jogo que foi lançado mais tarde de nome Eyes of Heaven que conta com uma história original e é um jogo em que participam numa arena combates de 2 VS 2. Confesso que prefiro este género de fighting game, no entanto apesar de ser um 1 VS 1, o jogador irá sempre selecionar o outro personagem de apoio para as lutas. Aqui a novidade é o All Star Battle Mode que foi substituído pelo modo campanha normal, não diria que seja a melhor mudança mas depois de começar a jogar até que não deixa de ser interessante e deixa de lado o típico modo história. Neste caso, existem molduras das 8 partes existentes do manga de Jojo, como é evidente, as vozes originais estão inseridas no jogo mas não sabemos se as vozes das Partes 7 e 8 serão as mesmas quando estas virem luz verde para avançar com o anime no futuro, por enquanto ficamos com o incrível autor de voz de Dio, impossível ficar indiferente com o seu Wryyy!!

Sobre o modo All Star Battle, é aqui que vão desbloquear a maior parte dos itens que podem mais tarde serem visualizados na opção Shop and Gallery disponível através do menu inicial. Claro que neste menu encontram-se as outras opções Arcade em que o jogador terá de enfrentar 8 personagens que à medida que se vai progredindo, os inimigos ficam mais fortes. O versus mode para batalhas entre amigos no sofá, neles inserido o modo torneio, single battle e team battle. Há claro um modo online com a opção de jogar de forma casual ou a competir com o mundo no modo ranking. Existe um modo Practice que aconselho vivamente antes de jogar online porque cada personagem tem os seus poderes e faz toda a diferença conhecer bem os seus ataques. Customize é onde podem alterar as celebrações dos personagens no final de cada round, colocando até as letras ameaçadoras famosas da série, e muitos dos movimentos cheios de estilo inspirados nas revistas da Vogue como são apresentados na série e claro, as frases míticas que ficaram gravadas na cabeça de quem assistiu à série como “Kono Dio Da!” ou o “Yare Yare Daze”.

Não me quero alongar quanto aos poderes porque será uma questão de quem viu ou não a série, no entanto claro que temos personagens com o poder Hamon (das Partes 1 e 2) e o poder dos Stand que integram todas as restantes partes em que o autor se concentrou e como ele disse, encontrou uma mina de ouro para trabalhar.



Quanto a jogabilidade, pode parecer um tanto esquisita inicialmente mas garantidamente que com o tempo se torna um vício puro, não é tão veloz como um Dragon Ball FighterZ mas isso não faz com que se perca o interesse, muito pelo contrário. Isto deve-se aos poderes das personagens, todos têm poderes tão distintos uns dos outros que todas as batalhas merecem especial atenção, embora haja um botão de combate para executar um combo simples, esse botão não fará milagres e será necessário um esforço maior e aprender a lutar pelo menos com uma personagem para ter noção de como abordar o inimigo. E para os fãs, fica a dica de existirem confrontos entre Stands, quando estes executam os ataques “Ora ora ora” e “Muda muda muda” em simultâneo, um botão surge no ecrã para disputar o vencedor desta famosa cena de punhos velozes.

Como a série é feita de memes, no jogo também vão encontrar todos esses memes como seria expectável, seja nas celebrações como até durante as lutas, isto porque existe um botão em específico para gozar com o oponente. Vão até remover uma barra do ataque especial ao vosso adversário quando este cair ao chão e pressionar de imediato o botão de fazer troça, pode-se dizer que faz toda a diferença e além disso é sempre fantástico ver o aproximar da câmara ao vosso jogador e a frase que é dita por cada personagem para além de surgir no ecrã em baixo o adversário num quadro em manga com ar de preocupado.



É claro que não estão todas as personagens da série, mas 50 personagens já é alguma coisa de especial e nem todos os jogos podem contar com um total de personagens tão grande.

Algo que gostava imenso que no jogo estivesse presente são as músicas de Yugo Kano, se Jojo é famoso pelos memes, estilo, línguas e momentos de ação surpreendentes, é inevitavelmente famoso pela música, seja pelos openings do anime como a banda sonora de toda a série, ao contrário de Kimetsu No Yaiba que felizmente tem no jogo a banda sonora original, em Jojo’s All Star Battle R não vão poder ouvir os temas de Dio e Jotaro ou o famoso e brilhante tema de Giorno Giovanna.



Se forem fãs, este jogo deverá fazer parte da vossa coleção sem qualquer dúvida, caso sejam fãs de jogos do género, é também altamente recomendável pois dentro do género acaba por ser um jogo realmente especial. As posses de Jojo estão presentes, os fãs vão amar todo o fan service, e sem qualquer dúvida que quanto mais se joga mais se gosta, é tal como acontece com a série, por isso estamos perante um jogo fantástico de uma das séries mais incríveis de sempre, temos aqui um “YES, YES, YES!”

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Xbox Series X, gentilmente cedido pela EcoPlay

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