Destroy All Humans! 2: Reprobed


Para os mais novos ou até distraídos, Destroy All Humans 2 é um remake do jogo originalmente lançado na Xbox original e PS2, não é fácil de reparar nisso assim que começamos a jogar porque tudo aquilo que esta versão apresenta, é realmente um copy paste deste clássico, no entanto a ideia era essa mesmo, apenas um upgrade nos gráficos e na sua performance.


Recordo-me de ter jogado na sua época mas nunca ter finalizado já pela quantidade de jogos que tinha para jogar, no entanto não significa que fosse um jogo o qual não tivesse interesse em chegar ao fim, pelo contrário sempre quis terminar o jogo mas os anos passam e mais jogos entusiasmantes chegam, então diria que um remake deste clássico não é de todo descabido.

O que dizer da jogabilidade do jogo senão a forma como é fiel ao título original, a fórmula dos jogos dos meados de 2000 em que temos uma cidade para explorar rodeada de NPC’s e ter a liberdade de disparar contra tudo e todos, bem ao estilo de GTA que era como evidente, uma fonte de inspiração para muitos jogos nessa altura. A própria forma de iniciar as missões, dirigimo-nos ao ponto marcado no mapa para dar seguimento à narrativa da campanha, no entanto podemos andar pela cidade a aterrorizar os seres humanos, conceito que hoje é básico mas nessa época era brilhante.


Claro que nos dias de hoje não é nada que seja surpreendente, mas podemos afirmar que o grafismo deste remake e os pequenos detalhes estão lá, fazendo com que nunca mais queiramos jogar o original na nossa vida, agora com um belo 4K e a correr a 60 frames, não se justifica mais pegar na cópia antiga, quando este é precisamente o mesmo jogo mas com as melhorias desejadas. O jogo refere num ecrã inicial que tudo se mantém, incluindo vozes, assim sendo, apenas os visuais e performance sofreram a tal desejada alteração para melhor.

Neste caso, todo o humor estúpido e os clichés das organizações que perseguem aliens como é visto nos filmes estão claramente representados, neste título em específico são os KGB, e o nosso protagonista Crypto terá um arsenal de armas para derrotar os seus inimigos e claro, não podia faltar, o facto de poderem realizar upgrades a todas as armas, estas que vão sendo desbloqueadas com a progressão do jogo. Podem ainda contar com vários mapas pelo jogo fora, tais como San Francisco, Tóquio e Londres, isto dará uma ligeira variedade visto que os mapas não são propriamente grandes, o que é perfeitamente normal sendo um remake de um jogo com quase 20 anos.

Diria que o mais divertido é mesmo tomar posse de humanos, arrancar encéfalos e fazê-los bailar ou usar o poder telecinético e atirá-los contra outros inimigos. Crypto também tem forma de voar com os roquets que estão nas costas, isto irá fazer toda a diferença para fugir dos inimigos, no entanto se tiverem de atravessar o mapa de um lado ao outro, o nosso alien pode e deve usar o seu skate que o levará ao destino muito rapidamente.


Há missões em que vão ter de usar a nave espacial para raptar pessoas e objetos ou até destrui-los, é algo que altera ligeiramente a atenção do jogador para algo diferente e que acaba por ser uma lufada de ar fresco, isto porque o jogador pode acabar por aborrecer o jogador, sendo que o jogo mantém um ritmo regular e não será algo de incrível, apenas um bom jogo.


É claro que não se pode pedir mais do que aquilo que já foi feito, afinal de contas é um remake e como referido antes, aqui o que foi alterado foram mesmo os visuais, que estão sem dúvidas e a olhos vistos, bonitos, não se pode comparar, por isso no fundo, estamos perante um bom jogo que merecia uma cara lavada, mantendo todos os aspetos que o tornaram especial na altura mas que em 2022, não é novidade alguma.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Xbox Series X, gentilmente cedido pela THQ Nordic


Latest in Sports