Thymesia
Aqui vemos recriado muito do que vemos em Dark Souls desde a jogabilidade aos menores detalhes, como o tipo de letra e mensagem usada quando morremos. Ou melhor, “morremos”, porque em Thymesia nunca morremos na realidade. À semelhança do estilo de enredo em que é tudo um sonho, aqui navegamos nas memórias de Corvus, o nosso protagonista. Cada morte é uma memória interrompida, em cada zona procuramos saber mais sobre o nosso protagonista amnésico à procura de memórias principais denominadas de Cores. Quanto à jogabilidade em si é tal e qual o que conhecemos de Dark Souls: somos derrotados, voltamos ao último checkpoint e podemos regressar ao local onde perdemos para recuperar as nossas souls, perdão, memórias.
Memórias estas que servem para melhorar a nossa prestação em combate, aumentando a nossa vida ou o dano que os nossos ataques provocam. Em paralelo há toda uma skilltree onde vamos desbloqueando novas habilidades, que a qualquer momento podemos voltar atrás e apostar noutras. Fora os nossos atributos principais e os melhoramentos feitos às quantidades ou eficácia das poções que temos, aqui temos uma quase total liberdade em customizar Corvus. E na realidade é praticamente tudo o que podemos fazer. Pois Corvus conta com apenas duas principais armas: um par de sabres e umas misteriosas garras.
Memórias estas que servem para melhorar a nossa prestação em combate, aumentando a nossa vida ou o dano que os nossos ataques provocam. Em paralelo há toda uma skilltree onde vamos desbloqueando novas habilidades, que a qualquer momento podemos voltar atrás e apostar noutras. Fora os nossos atributos principais e os melhoramentos feitos às quantidades ou eficácia das poções que temos, aqui temos uma quase total liberdade em customizar Corvus. E na realidade é praticamente tudo o que podemos fazer. Pois Corvus conta com apenas duas principais armas: um par de sabres e umas misteriosas garras.
Tenho referido os ataques com estas duas armas, mas há todo um leque de armas especiais que vamos desbloqueando pelo jogo, armas estas que adquirindo absorvendo a energia dos inimigos, através de um ataque longo da garra. Deste modo temos sempre disponível um ataque que não é nada mais que a invocar, pois desaparece após um ataque. Felizmente os inimigos fazem ainda cair um item que nos permite ter sempre as suas armas à disposição, também através de um ataque especial que podemos melhorar, de modo a provocarem mais dano. De resto não há equipamento, assim por dizer, sendo bastante simples nesse aspeto onde além destas armas especiais podemos equipar 3 tipos diferentes de poções, e melhorar as mesmas com atributos adicionais.
Mesmo perdendo-me, cada um dos cenários é muito, mas muito curto, acabando tão rapidamente que dei por mim a pensar onde estaria o resto do nível. Também não ajuda que o número de diferentes zonas seja baixo, que por muito que o jogo nos leve a diferentes missões, bosses opcionais e alguns extras para chegar ao final “verdadeiro”, apenas vemos o mesmo nível reutilizado com uma pequena alteração. E ainda assim com isto tudo, o jogo tem pouco para explorar e visualmente peca ao apresentar uma quantidade enorme de objetos ou texturas que aparecem do nada a uns passos de distância, mas pelo lado positivo corre sempre tudo bastante fluidamente. A própria história é extremamente simples, com um leque de personagens muito reduzido e, ainda assim, não são acompanhados por voice-acting.
Os níveis em si são bastante interessantes, meio labirínticos muito por serem, em grande parte, repetitivos. Novamente, mesmo que estejamos a navegar por memórias de Corvus, o tema da peste que à primeira vista parece importante, acaba por parecer estar colocado de lado, não fosse o aspeto meio zombie dos inimigos. Onde acabo por sentir uma espécie de desperdício é no tema das memórias: sendo um mundo meio onírico de Corvus, perdeu-se o potencial de criar cenários com maior foco na fantasia ou imaginário.
Admito que fiquei muito mal habituado com Elden Ring, e que tão cedo não espero ter outro jogo do género que me surpreenda a esse nível, mas ainda sem expectativas ou comparações avancei para Thymesia esperado por grandes desafios, imensa exploração e bosses que me iam roubar noites inteiras para os derrotar, ou quase. No entanto ainda que bom é um jogo bem mais simples, com um grau de dificuldade bastante menor que, sinceramente, até pode ser um ótimo ponto de partida para quem quiser explorar o género, sem estar preocupado com elevados graus de dificuldade.
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Xbox Series, gentilmente cedido pela Team17