Final Fantasy XIV: Endwalker
Uma jornada com uma década, que acompanhei desde o seu início desastroso, que foi melhorando a cada nova atualização. Final Fantasy XIV surpreendeu-nos com Shadowbringers (podem ler a nossa análise aqui) e com o anúncio de Endwalker as espectativas eram altas. Afinal é a conclusão da saga de Hydaelyn e Zodiark, duas figuras que representavam o bem e o mal, e consigo todo um leque de clichés que representam, na perfeição, a série Final Fantasy.
Passaram-se duas semanas desde as minhas primeiras impressões. Entretanto terminei a história principal, dediquei algum tempo a explorar as alterações nas classes, fazer missões secundárias e passear por todos os cantos dos mapas. Não quero listar um conjunto de coisas a fazer no jogo, para isso temos as Patchnotes que fazem um ótimo trabalho, mas a ideia que FF XIV é uma espécie de parque de diversões, onde escolhemos o que nos apetece fazer, continua bem presente em Endwalker. Com o lançamento da primeira raid “Pandaemonium” surge mais uma desculpa para entrar no jogo, isto enquanto esperamos pelo lançamento de mais equipamento e a versão difícil desta raid. Ou das próximas atualizações daqui por uns meses, que continuam a expansão.
E, basicamente… Ainda há muitas ideias, emoções que me marcaram e ainda não consegui assentar. Mesmo sendo um MMO, a história é uma constante e algo onde dedicamos muito do jogo. Houve momentos com horas seguidas em que mal combati, assistia a um encadeamento de eventos que me deixavam sempre com a mesma dúvida: “o que raio vai acontecer a seguir!?”. Endwalker escala imenso, cheio de altos e baixos intercalados com breves momentos de descanso, onde as as emoções batem de surpresa, e de que maneira! Somos apanhados desprevenidos, noutros momentos prevemos o óbvio e o jogo faz questão de o apresentar como tal e, independentemente da situação, parava muitas vezes para refletir sobre tudo o que estava a acontecer, nas consequências do que tinha acabado de assistir.
E, basicamente… Ainda há muitas ideias, emoções que me marcaram e ainda não consegui assentar. Mesmo sendo um MMO, a história é uma constante e algo onde dedicamos muito do jogo. Houve momentos com horas seguidas em que mal combati, assistia a um encadeamento de eventos que me deixavam sempre com a mesma dúvida: “o que raio vai acontecer a seguir!?”. Endwalker escala imenso, cheio de altos e baixos intercalados com breves momentos de descanso, onde as as emoções batem de surpresa, e de que maneira! Somos apanhados desprevenidos, noutros momentos prevemos o óbvio e o jogo faz questão de o apresentar como tal e, independentemente da situação, parava muitas vezes para refletir sobre tudo o que estava a acontecer, nas consequências do que tinha acabado de assistir.
Com isto não quero dizer há apenas espaço para história, muito pelo contrário! Há combates, são imensas as batalhas a resolver, muitas contra inimigos que nunca imaginaria enfrentar. Ao entrar em cada nova zona haviam quase sempre combates que nos barravam o caminho, que colocavam o nosso Job (classe) à prova. Tudo foi ajustado, desde o valor dos stats aos tempos de espera entre poder usar algumas habilidades: tal como elas em si, foram ajustados e melhorou a jogabilidade. A adição de Reaper e Sage, embora não os tenha experimentado a fundo, trazem algo de novo e são bastante diferentes das restantes classes. Mas acima de tudo continuamos a jogar com o Job que mais se adequa ao nosso estilo de jogo, sem ser condenado por não jogar com A ou B. Tanks como Warrior ou Gunbreaker são agora mais divertidos e confortáveis de usar, o meu job de eleição Red Mage ficou sem tempos mortos durante o combate, e ainda um arsenal de novos e estilosos ataques, tal como Black Mage que finalmente tem maior facilidade em movimentar-se e lançar explosões gigantescas ao mesmo tempo. Summoner é... bem, após estes anos todos, um Summoner! Somos incentivados a experimentar todas as classes e descobrir a que mais gostamos, como sempre foi.
E os Trials? Estes bosses que encontramos durante a aventura que nos juntam com 7 outros jogadores, obrigando-nos a aprender todo um conjunto de mecânicas enquanto tentamos não morrer? Não é por acaso que não os revelaram concretamente, todos eles são uma surpresa e gritam “Boss Final”, quer pelo aspeto, pelo combate, por trazerem até aquele velho hábito de não conhecer, sequer, a sua final form. O último destes combates preenche quase todos os requisitos do que é suposto ser um antagonista de Final Fantasy, e traz uns quantos novos só porque sim. E sim, a banda sonora no geral é fantástica, que mesmo tendo a fasquia bem elevada por já saber bem o que a casa gasta, não deixou de surpreender, dando principal ênfase nas músicas dos Trials por nos deixarem cheios de pica ao tentar destruí-los. Também já tivemos um cheirinho de como vão ser as raids de Pandaemonium e, bem, a coisa promete. Estou extremamente curioso como vai ser a raid que envolve os Twelve: entidades divinas que nos acompanham desde o início da aventura, logo mesmo no ecrã de criação de personagem, disponível no primeiro grande patch do jogo…
Assim, no geral e sem tentar entrar em spoilers (a vontade é muita, podem partilhar comigo o que acharam de Endwalker que eu tenho todo um conjunto de coisas a dizer), a experiência foi marcante! É certo que as filas de espera pra entrar no jogo ainda hoje são longas, embora não tão graves como as do lançamento, foram tomadas algumas medidas, como não permitir o acesso ao jogo via Free Trial, 3 semanas de acesso gratuito aos restantes e até mesmo fecharem as vendas da versão completa do jogo. Fora isso, em toda a minha experiência não tive um único problema técnico no jogo. Uma nódoa bem visível que irá desaparecer com o passar das semanas, mas que não deixou de marcar o lançamento.
Dá-se por concluída uma história que começou em 2010, mas abre-se caminho para uma nova aventura, novas surpresas que surgem como indiretas para que nós, enquanto jogadores, ficarmos a pensar o que irá trazer a primeira grande atualização de Endwalker (onde só sabemos alguns detalhes), ou a expansão que se segue. Embora sinta que é injusto, por ser um jogo com constantes atualizações, sobe facilmente para entre os meus 3 jogos favoritos da série. É impossível não recomendar o jogo, principalmente se forem fãs de Final Fantasy ou dos trabalhos da SquareEnix no geral, com um piscar de olhos a fãs de Kingdom Hearts até. Não tenham medo que “é um MMO”, podem-no jogar ao vosso ritmo, acaba por funcionar bem por se enquadrar mais como um RPG ou jogo de aventura offline, onde quem nos acompanha desde o início é um conjunto de personagens do jogo (que até as podemos levar para as mais recentes dungeons), com um componente multijogador e social.
Foi uma década bem passada, sempre a questionar-me do que podia vir a seguir no jogo e agora a curiosidade é ainda maior. Afinal de conta fomos agora à lua, podemos contemplar o mundo de FF XIV mas ainda há muito por descobrir sobre tudo o que rodeia Eorzea!
Nota: Artigo efetuado com base em código final do jogo para PC, adquirido pelo autor.