Jogos que joguei em Novembro 2021

Artigo escrito por Bruno Maciel.

Dando seguimento à rubrica iniciada no mês passado, partilho convosco alguns dos jogos que foram à mesa no mês de Novembro, criando um ranking das experiências que as mesmas me deram.

Novembro foi um bom mês, com muita variedade e quantidade, e até consegui revisitar alguns jogos que estavam a ganhar pó na estante.

Vou realçar 3 desses jogos, para não repetir jogos de que já falei noutros momentos.

3 - EXPANCITY


Já não ia à mesa há uns bons 2 anos, e que divertido foi revisitar este título. É um city-building, muito acessível ao nível de regras, com uma duração relativamente curta (60min) e com um aspeto visual brilhante! A presença na mesa não passa despercebida a ninguém com uma componente tridimensional, que torna o jogo bastante temático.


O jogo resume o tipo de construções a áreas residenciais e comerciais, sendo o limite de altura dos edifícios adequado a cada tipo de construção. Quanto mais altos são os edifícios, mais pontos o jogador que as constrói ganha, para além dos bónus que poderão reduzir ou aumentar o número de pontos dependendo dos tiles adjacentes que interferem, de forma temática, com o edifício acabado de construir.
Os turnos são rápidos, existe um misto de estratégia, tática e sorte e um bom jogo de entrada para quem gosta de city-buildings.

2- CONCORDIA

Para mim, um dos jogos mais elegantes que alguma fez foram produzidos! Quem me conhece, sabe o quanto gosto deste jogo, que está no meu top10 de sempre e também este não ia à mesa há algum tempo e não desiludiu.
Introduzi o jogo a pessoas que estão naquela fase do hobby em que jogos de entrada já não são suficiente e algo mais complexo começa a suscitar interesse. O Concordia pareceu-me a escolha óbvia e conquistou mais 2 fãs!
É um jogo estratégico sobre estabelecer rotas comerciais no Mediterrâneo, na era da Roma Antiga, com um sistema de escolha de ações por cartas, muito elegante e intuitivo.


Tem um sistema de pontuação inovador e que causa alguma ansiedade nos jogadores. Mais uma vez, é um jogo de turnos rápidos e com decisões interessantes a todo o instante. Não é complexo o suficiente para afastar curiosos, mas também não é simples o suficiente para afastar quem procura jogos com uma alta componente estratégica.
Sim, o jogo não é propriamente bonito, a capa não ajuda, mas o que importa é o que está lá dentro e o interior é um jogo muito bom!

1- BOONLAKE

Mais um jogo que deu cartas em Essen e que há muito estava no meu radar, não fosse ele criado pelo meu designer preferido, Alexander Pfister. Boonlake é um jogo que tenta retratar o estabelecimento de uma comunidade numa cidade fictícia dos EUA, após os tempos do Velho Oeste e é um daqueles jogos com uma complexidade já bem elevada.
Adorei! Pfister voltou à boa forma e fez mais um jogo digno de se juntar à coletânea de jogos complexos que já fez no passado.

Com um sistema de ações pouco usual, mas recorrendo a uma mecânica que já usou noutros jogos que tem a ver com a viagem do barco pelo rio (que faz lembrar Maracaibo ou Great Western Trail), Pfister consegue mexer nas mecânicas recorrentes e dar-lhes uma nova cor e, ao mesmo tempo, dar uma lufada de ar fresco, criando algo que parece inédito.


É uma "salada de pontos", quase tudo o que fazemos irá dar pontos, imediatos ou final de turno/jogo. É um jogo que cria bastante satisfação por esse mesmo motivo. Quem não gosta de fazer pontos apenas por… respirar? Exagero, mas quase tudo far-vos-á avançar na trilha de pontos!
No jogo iremos construir edifícios, criar gado e explorar os arredores de Boonlake. Tematicamente, o jogo fará sentido se fizermos o esforço por entendê-lo dessa forma, mas é mecanicamente que o jogo brilha. Tem uma curva de aprendizagem relativamente grande, mas o ritmo do jogo é escolhido pelos jogadores. Se for lento, a sensação de dificuldade será menor, uma vez que conseguiremos adquirir praticamente tudo o que precisamos, mas se alguém forçar o ritmo do jogo, ele torna-se tenso e com decisões mais difíceis para tomar. Muito bom jogo!


Este mês de Dezembro, recheado de feriados e férias, está óptimo para experimentar novos jogos (obrigado Black Friday), portanto, espero-vos em Janeiro para vos falar do que andei a jogar! Até lá, divirtam-se, joguem muito e bom Natal!

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