Hollow 2

Um jogo que acaba de estrear como exclusivo na Nintendo Switch, eis a sequela de Hollow, um jogo de terror atualmente disponível a um preço bastante baixo, vindo do indie MegaPixel Studio.


Para quem nunca jogou o primeiro título, não terá problemas em começar por jogar Hollow 2. Toda a narrativa não deixa de ser bizarra, onde o nosso protagonista se encontra numa nave espacial e que começa a ouvir a voz da sua mulher, um tanto psicopata, aos gritos convincentes de quem manda “em casa” e ao mesmo tempo a direcionar inimigos quase sem limite contra nós com o propósito de nos eliminar.

Embora confusa, a narrativa é apenas um pretexto para o que se quer apresentar do jogo, que neste caso é, um survival horror no espaço, visto na primeira pessoa. Há muito a referir sobre a jogabilidade e as diferenças entre jogar no modo portátil ou no modo TV. Sendo Hollow 2 um jogo FPS, o comando Pro será a melhor escolha para jogar. Mesmo assim, a jogabilidade parece meia arrastada, no modo portátil ainda dá uma sensação de maior dificuldade em controlar a personagem e poder mirar em cheio nos inimigos para tiros certeiros, o que não é agradável especialmente a quantidade de inimigos que surgem no ecrã, seja a voar como a caminhar ou até a arrastarem-se pelo chão, acaba por ser complicado controlar o nosso personagem.


O jogador estará em constante ação, os inimigos vão estar sempre a surgir, então a sensação de terror nunca será ao nível de um Dead Space ou outro mais "solitário", a preocupação aqui é estar pronto com o dedo no gatilho e disparar sem parar sempre que atravessar uma nova sala, pois é isto o jogo todo. Pelo menos, as armas são boas, excepto uma que é no fundo, inútil. Mesmo com o tutorial a especificar que não é uma arma fácil de se controlar, acabei perdido sem saber bem o que estava a fazer com a arma e se estava sequer a provocar danos nos inimigos, uma espécie de moto serra que dispara lâminas de limar mas nem sensação a de poder existe e acaba por ser, tal como referido antes, inútil.

Os inimigos são praticamente sempre os mesmos e rapidamente começa a cansar, principalmente devido ao seu aparecimento constante, era necessário colocar inimigos diferentes com ataques distintos, o que é demais é erro e pode cansar o jogador. O próprio jogo está construído de forma a entrar numa sala e derrotar inimigos, resolver um puzzle básico e entrar no corredor de descontaminação onde o jogo é gravado e assim repetidamente.



No fundo, é quase como um Doom low budget, armas contam com disparo secundário, é possível pontapear os inimigos que se aproximam, existem uns puzzles para resolver e assim sucessivamente, no entanto há um ponto que deve ser referenciado e é sem dúvidas o mais positivo que pode ser apreciado em Hollow 2, a sua banda sonora, uma OST realmente muito boa e que se adequa na perfeição a toda a ação envolvida em Hollow 2, fica no ouvido e cai bem no jogo.

Já falando no grafismo, é notável que jogado na TV a qualidade está uns furos acima daquilo que é apresentado no modo portátil, assim sendo, apesar de funcionar, é recomendável jogar Hollow 2 no modo TV, tanto a nível de jogabilidade como de grafismo, pois nota-se uma diferença grande. O jogo tem bosses mas são limitados, ou seja, o jogador apenas tem de disparar até que ele caia, não há intensidade alguma.



Hollow 2 é um indie e faz um esforço para ser algo bom, no entanto não passa de um jogo razoável e que pode ser apreciado com alguns trocos no bolso para gastar e aproveitar mais um jogo de terror que esteja em desconto, como já acontece com o anterior.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Forever Entertainment.

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