Ys IX: Monstrum Nox


A tão famosa série da Falcom chega ao seu nono capítulo com o título Monstrum Nox que na verdade, já teve o seu lançamento antes na PS4 e que agora vê a luz do dia no PC e Nintendo Switch. Neste caso, tivemos a oportunidade de analisar a sua versão para PC, e pode-se já adiantar que todo o jogo foi uma bela experiência.


Uma vez mais, controlamos Adol que está acompanhado do seu companheiro de longa data Dogi. Desta vez, a narrativa começa com a chegada de ambos à cidade de Balduq, no qual Adol é identificado pelo império Romun como uma ameaça devido a factos sucedidos no passado e é, assim, posto atrás das grades na prisão da cidade.

Para não revelar muito do que acontece, Adol irá obter um poder através de uma certa personagem misteriosa, tornando o nosso herói em um Monstrum. Esta transformação irá fornecer a Adol o poder de luta necessário para enfrentar os monstros mais conhecidos por Lemures, no qual coexistem na mesma cidade, no entanto noutra dimensão.

 



O nosso herói terá então uma equipa de Monstrum que participa de forma ativa nas batalhas, e que deve ir trocando conforme o inimigo que enfrentar, pois cada personagem conta com as suas habilidades que podem ou não ser eficazes contra determinados monstros.

No entanto, para chegar a alguma ação o jogador terá imenso texto, algo ocorrente nos jogos da Falcom que contam com imensos diálogos, acontece em Trails of Cold Steel e aconteceu em Tokyo Xanadu como costuma acontecer em YS. O arranque é lento e pode custar um pouco inicialmente mas, a partir do momento que se chega à primeira masmorra, há uma injeção de pura adrenalina de tal forma que é impossível não ficar empolgado, desde à quantidade de inimigos, à música envolvente como à fluidez que o jogo corre. Apenas dá vontade de caminhar por essa masmorra durante horas.

Algo que também pode baralhar um pouco os jogadores é o facto de, durante muitas horas, este jogo estar bloqueado na cidade de Balduq. Verdade seja dita, a cidade é enorme e há muito a explorar, embora o mapa seja relativamente confuso e principalmente quando iniciamos a nossa jornada pelas ruas, onde tentamos explorar as suas vielas em busca de tesouros que surgem no mapa ou pequenos pontos de interrogação e não avistamos nenhum deles por perto, isto porque o jogador irá desbloquear habilidades que o capacitam para tal efeito, neste caso, correr contra a parede escalar como se fosse um gato.


As habilidades são o que dão força em YS ou senão o jogo podia ser demasiado repetitivo nos combates. Existe um só botão de ataque, o jogador tem ao seu dispor habilidades que vão sendo desbloqueadas para serem utilizadas nas lutas, isto aplica-se a todas as personagens, cada uma com as suas características únicas, isso entrega alguma variedade e ajuda a agarrar o jogador, isto porque tudo é fácil de executar. Além disso, o jogador pode esquivar-se premindo um botão e, se esta esquiva for realizada no momento do ataque do adversário, aplica-se um modo slow motion momentâneo por meros segundos tal como em Bayonetta 2, que ajuda o jogador a ter um espaço de manobra, já defender no momento do ataque inimigo, o jogador irá ativar a invulnerabilidade temporariamente.

A performance no PC é do melhor, o jogo corre a 60 fps sem problemas atingindo até os 120 em 1440p com todas as opções no máximo. A banda sonora é um dos pontos mais positivos do jogo mas isso, já os fãs estão habituados, a Falcom é famosa no seu trabalho musical e o grafismo bem ao estilo anime está também excelente e representa muito bem aquilo que YS sempre quis apresentar.


Concluindo, é mais um grande jogo a não perder desta série que está no coração dos fãs e que não irá desiludir, além de que novatos são convidados a experimentar este RPG de ação que leva horas a fio para ser terminado com muita ação, uma trama misteriosa, uma banda sonora de luxo e também bastante diálogo.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PC via Steam, gentilmente cedido pela NIS America.

Latest in Sports