Monobot

O primeiro contacto com Monobot faz recordar o famoso Wall-E, um robot que vive de forma solitária num mundo industrial. Muitas semelhanças podem ser retiradas do filme mas, para aqueles que não assistiram, não deixa de ser uma bela experiência, numa aventura em 2D com puzzles espertos e uma jogabilidade simples no qual faz o convite a todas as faixas etárias.

Monobot é um modelo de robot que o jogador terá em seu controlo e que tem como objetivo escapar de uma fábrica repleta de segurança para deter a fuga do nosso pequeno protagonista que ao longo da aventura vai ganhando novas habilidades para ultrapassar novos obstáculos até ao seu destino. A narrativa foca-se no porquê da sua existência, nada de novo, mas funciona. Isto num mundo monocromático e industrial, onde tudo acaba por parecer muito parecido entre os níveis. Gostava de ver alguma variedade para não cansar tanto a vista com o mesmo tipo de ambiente, no entanto os puzzles são diferentes e interessantes e isso ajuda a refrescar um pouco o jogo.

A jogabilidade é que apresenta os seus defeitos, o controlo do nosso protagonista, seja a mudar de direção ou saltar ou utilizar o hook aparanta ter algum atraso mínimo que pode fazer a diferença em certas situações, não está horrível mas é notável.

No que diz respeito à arte, é bonito de se ver, podia, no entanto, ter mais detalhes, mas para um indie, é perfeitamente aceitável e por vezes quanto mais preenchido pior, assim existe um equilíbrio para o jogador não ficar confundido com os cenários um tanto cinzentos.

Um aspeto que gostei foi da banda sonora que se insere perfeitamente no ambiente solitário e inóspito que se vive ao longo da campanha, uma sensação de estar num local misterioso e observar outros modelos de Monobot que tentaram a sua fuga, pode-se dizer que em termos de apresentação está bastante bem conseguido.

Para um jogo de puzzles pode-se dizer que tem uma longevidade boa, fazendo deste um jogo deveras interessante com uma boa narrativa. Eis o Monobot e a sua aventura!