Blossom Tales 2: The Minotaur Prince

"Uma ligação ao passado", parte dois. Blossom Tales está de regresso com uma nova aventura para o avozinho contar aos seus netos, desta vez sobre um terrível minotauro que atacou o reino por causa de uma brincadeira.

Esta é a sequela de Blossom Tales: The Sleeping King, lançado em 2017, uma verdadeira carta de amor ao clássico The Legend of Zelda: A Link to the Past com um toque bastante peculiar de ser uma aventura contada pelo avô aos seus dois netos, ao pé de uma lareira. Desta vez, o avô foi com os netos acampar, que traz uma óptima oportunidade para contar uma nova história junto à fogueira, antes de se irem deitar...

Tudo começa num dia de festa, na pacata vila de Blossomdale, onde os habitantes irão participar num torneio de combates frente-a-frente, conta o avô. A sua neta Lily volta a ser a protagonista, mas o irmão também quer participar, e acabam por se defrontar em combate... mas tudo corre mal quando ele decide tomar conta da história e faz batota para ganhar à irmã, que por sua vez fica irritada e deseja que ele seja raptado! Assim seja, pensa o avô, e lá começa toda uma jornada para Lily salvar o seu irmão. Para tal, terá de explorar todo o reino, em busca de três valiosos itens que permitirão aceder ao grande labirinto do Rei Minotauro, o grande vilão.


Tal como o jogo anterior, The Minotaur Prince é fortemente inspirado nos clássicos 2D da série The Legend of Zelda, uma aventura recheada de exploração com puzzles, segredos, masmorras e muita fantasia pelo meio. Ainda assim, continua a ser um ótimo exemplo de como é possível misturar inspiração e criatividade, fazendo algo original. Ao longo da aventura, há vários momentos onde os fãs de Zelda irão facilmente perceber as referências e homenagens, um piscar de olho dos developers, sem cair no que poderia ser acusado de "copy-paste". Afinal, tudo isto é uma história que um avô vai contando aos seus pequenos netos.

Como habitual no género, esta é uma aventura com uma progressão linear, onde a obtenção de novos itens ao longo da história permite abrir novos caminhos a explorar, incluindo vários segredos por descobrir ao revisitar áreas anteriormente exploradas. Pelo meio, o jogo conta com criativos puzzles, especialmente no que diz respeito às masmorras, seguindo a lógica de ir iterando cada um deles um pouco mais difícil que o anterior. A apontar um defeito, será esse: alguns dos puzzles acabam por ter demasiadas iterações, que mesmo a aumentar a complexidade acabam por ser "mais do mesmo". Ainda assim, toda a jogabilidade e a própria construção do mundo incentiva a continuar a jogar e explorar tudo até à batalha final. Já um ponto a destacar reside na qualidade dos segredos e missões opcionais que se vão encontrando um pouco por toda a parte, que realmente incentivam a explorar todos os cantos do mapa. Em termos de longevidade, é uma aventura para durar aproximadamente 10h, um pouco mais para quem quiser colecionar todos os itens e acabar todas as missões secundárias.


Visualmente, o jogo é em todos os aspetos mais apelativo do que o anterior, tanto em termos de pixel-art e o estilo dos cenários como no desenho das personagens e inimigos, sem deixar de parecer um jogo que poderia muito bem ter sido lançado na Super Nintendo. Depois há todo o charme de esta ser uma aventura que o avô está a contar aos seus netos, que facilmente se relaciona com a nostalgia associada aos mesmos clássicos que inspiraram este jogo... Pessoalmente, é um jogo que me cativa imenso por causa desta premissa, que me faz recordar os tempos da infância em que me imaginava no papel do Link a explorar os meus próprios reinos de fantasia. 

Blossom Tales 2: The Minotaur Prince é um jogo relativamente fácil e acessível tanto para os mais pequenos, que irão identificar com as crianças, como os mais crescidos, que facilmente se irão rever no avô, ansioso por contar as suas histórias aos mais pequenos.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Playtonic Friends.


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