Jogos que joguei em Fevereiro 2022

 

Artigo escrito por Bruno Maciel.

Olá a todos,

cá estou eu para vos falar dos jogos que foram à mesa no mês de Fevereiro. Não foi um mês pródigo em quantidade, mas não me posso queixar no que toca à qualidade!

Sem mais demoras, estes foram os jogos que joguei no mês passado:


4 - ARK NOVA


Já aqui falei deste título e continua a ir à mesa praticamente todas as semanas. É o meu jogo preferido de 2021 e para já lidera o meu top de sempre.

A miscelânea de mecânicas "copiadas" de outros jogos torna-o num ser próprio, diferente de qualquer outro jogo que já tenha jogado. Tenho-o introduzido regularmente a novos jogadores e tem sido um sucesso.

A premissa do jogo é construir um Zoo de raíz, desde a construção dos espaços para os animais habitarem, a compra de animais pelos diferentes continentes de onde são naturais, recrutar especialistas que te ajudam em diferentes áreas e manter uma preocupação ambiental e de conservação das espécies.

É um jogo relativamente complexo, mas que se torna intuitivo rapidamente. O tema e a arte são fascinantes... e presumo que irá à mesa no mês de Março!


3 -  FAYUM



Este foi uma estreia! Fayum já me suscitava o interesse há algum tempo pelas boas reviews que foi tendo, pelo autor (Friedemann Friese, autor de Power Grid) e pelas semelhanças com Concordia, um dos meus jogos preferidos.

De facto, as semelhanças com Concordia existem. A forma como selecionamos as ações é idêntica, através da escolha de cartas que se vão empilhando até as recuperarmos novamente.

Em Fayum , somos conselheiros do faraó Amenemhet III que nos delega a responsabilidade de desenvolver a região que outrora fora um oásis gigante. Fayum é nesta altura uma região razoavelmente fértil para o cultivo de trigo e uva e com acesso a recursos naturais como a pedra. No entanto, as terras estão repletas de crocodilos, uma ameaça à população. Entre a extração de recursos, a irradicação dos crocodilos, construção de estradas, existem ainda alguns monumentos cuja construção iremos iniciar.

O tabuleiro é comunal, pertence ao faraó, pelo que tudo o que se constrói deixa de ser nosso e torna o jogo interessante na perspetiva da interação que permite. Tudo o que fazemos pode ajudar o nosso adversário e vice-versa.

Às cartas que temos na mão, vamos adicionar mais algumas que adquiriremos ao longo do jogo e estas, sim, bem mais poderosas e que nos permitem fazer coisas que no início do jogo não nos é possível.

Um grande jogo que recomendo a todos, especialmente para quem gosta do Concordia!


2 - DECEPTION: MURDER IN HONG KONG


Este jogo já está na minha coleção há muitos anos e já não o colocava na mesa há bastante tempo. É um "party-game" e tendo um evento cá em casa, achei que era altura de o jogar.

É um jogo de dedução, identidades escondidas, em que cada um dos jogadores recebe uma carta no início da partida que lhe indica que personagem representará. Entre as quais, a de investigador, o cientista forense, o criminoso, a testemunha e o cúmplice. Nem todas as personagens entram em jogo consoante o número de jogadores, mas a premissa é simples: enquanto os investigadores fecham os olhos, o criminoso aponta para duas das suas cartas, sendo que uma representa a arma do crime e a outra, um indício/motivo. O cientista forense, sem poder comunicar verbalmente, terá de dar pistas aos jogadores sobre a informação que o criminoso lhe deu. 

É um daqueles jogos do "não fui eu, foste tu", em que toda a gente se acusa e inventa as mais divertidas razões para empurrar as culpas para o adversário, que bem pode ser apenas seu colega.

Um jogo bastante divertido que comporta até 12 jogadores.


1 - ORIGINS - FIRST BUILDERS


Mais uma estreia e também um dos jogos mais aguardados de 2021, que só em Fevereiro de 2022 consegui jogar.

A primeira vez que o joguei não me encheu as medidas. A proposta de ser um jogo civilizacional defraudou as minhas expetativas, já que é apenas um eurogame, com várias mecânicas secas, mas que não traduzem o tema proposto. No entanto, voltei a jogá-lo, já sem essas expetativas e a minha opinião mudou drasticamente. É um excelente jogo, só não é um Civ Game.

A ideia de que os extra-terrestres chegaram há milhares de anos à Terra e que nos ajudaram a desenvolver através do seu conhecimento tecnológico é forçada, mas o jogo em si é rico em estratégias diferentes, caminhos completamente assimétricos, mas válidos para uma possível vitória. 

Não tem muita interação, mas a que tem é interessante e tem a ver com a colocação de dados em espaços de ação, muito similar a um worker placement. Cada espaço ocupado torna-se mais limitativo para o próximo jogador que quiser usar esse mesmo espaço e o puzzle é muito desafiante.

É jogo para voltar à mesa nos próximos tempos, uma vez que todos os participantes dos jogos anteriores ficaram com vontade de explorar mais o que o jogo tem para oferecer.


A ordem foi aleatória, portanto, não o vejam como um top de qualidade, senão fiquem a saber que o Ark Nova estaria na posição #1! Vejamos o que o mês de Março traz de novidades ou será que vou continuar a revisitar alguns jogos que moram na minha coleção?


Até lá, bons jogos!

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