God's Trigger


Surpresas há muitas, positivas ou negativas, e no caso de God’s Trigger aplaudo, pois está melhor do que alguma vez imaginava. Um twin sticker shooter muito interessante onde o design e banda sonora se assemelham imenso a uma "hidden gem" do passado de outro género de nome Wet. God’s Trigger chegou com uma boa dose de humor, sangue e conceitos interessantes. Nem todos os jogos me animam para jogar horas a fio mas este consegue agarrar o jogador por diversas razões.

Como referido anteriormente, um twin stick shooter que apresenta duas personagens distintas e que dá a possibilidade de jogar a solo ou cooperativo local, o que é de louvar. Existem os modos campanha e arcade para jogar, depois as opções, créditos e a galeria. Neste último, é interessante rever os colecionáveis como revistas playboy que neste caso têm o nome HellJoy. Cada capítulo conta com 4/5 revistas, infelizmente são os únicos colecionáveis que se podem encontrar na galeria.



Quanto aos modos de jogo, seja a campanha ou o árcade, ambos dão para serem jogados em co-op local. A campanha apresenta então, a diabrete e o anjo. Os dois protagonistas têm como objetivo é derrotar os 4 cavaleiros do Apocalypse. Inicialmente parece que é um twin stick shooter capaz de aborrecer, no entanto, assim que se passa o tutorial, a diversão aumenta e os cenários criados em God’s Trigger são realmente muito vistosos e conta com uma banda sonora perfeitamente adequada.

Melhor ainda são os checkpoints e os loadings inexistentes em cada morte. O jogador vai perder imensas vezes, ou isto não era um twin stick shooter de verdade. Mais interessante ainda, é o jogador não ficar frustrado e querer sempre arranjar alternativas para derrotar os adversários. Até porque, God’s Trigger é um one hit death, um único ataque ou uma bala perdida e o jogador perde.


É evidente que o jogo tem ao seu dispor upgrades e perks para aumentar as capacidades e evoluir ambas as personagens. As habilidades não são nada do que não se tenha visto antes, mas a verdade é que ajudam, funcionam e tornam o jogo muito divertido. Além dos especiais, o jogador pode e deve recolher armas de fogo ou machados descartáveis, após o uso de X vezes, perderá a arma. Desde caçadeiras, candeeiros, machados, pistolas, tudo serve para eliminar os adversários. Pormenores como disparar uma arma de fogo do outro lado da porta e derrotar o inimigo são detalhes lindos, pois sabemos que muitas das vezes, nos videojogos, não é possível disparar do outro lado da porta, o que até não faz sentido caso seja pelo menos uma caçadeira.

Os cenários contam com muitos objetos destrutíveis, desde cadeiras, mesas e caixas, os quais até devem ser destruídos para obter balas, multiplicador de pontos e energia para fazer uso do ataque especial que cada um dos dois tem disponível. Existem também tesouros que contêm armas secretas.


O jogo assemelha-se a Hotline Miami, por isso os jogadores vão sentir-se em casa caso tenham jogado esse famoso jogo do mesmo género. Sinceramente, foi mesmo uma surpresa agradável e os jogadores não devem deixar este jogo passar, o único problema é ser curto, pois o jogador vai colar e querer mais, embora tenha o modo arcade para uns tiros mais.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Xbox One, gentilmente cedida pela Premier Comms.

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