Katanaut
Katanaut aposta num ritmo frenético, atirando o jogador para o meio de corredores cheios de inimigos numa estação espacial infestada de criaturas bizarras, cada uma com padrões de ataque únicos. O objetivo é simples, adaptar-se a este ambiente sangrento, sobreviver e descobrir os segredos por detrás da catástrofe que assolou a estação.
À medida que se avança, vão surgindo personagens secundárias que ajudam Naut, o protagonista, a trilhar o seu caminho. Sendo um roguelite, a progressão acontece através de uma árvore de habilidades bem ramificada, permitindo fortalecer o herói a cada nova tentativa. O arsenal acompanha essa evolução: duas katanas com estilos distintos, uma bastante rápida, focada em mobilidade, e outra mais lenta, mas devastadora. Complementadas por armas de fogo com munições e tipos de disparo variados. A sensação de impacto e o feedback dos controlos são de destacar, oferecendo precisão e resposta imediata.
Embora não traga grandes inovações ao género, Katanaut consegue criar um universo cativante onde o cyberpunk e o horror se entrelaçam, com corredores banhados em néon e salpicados de sangue a cada nova secção. A direção artística é consistente, com iluminação contrastante e efeitos sonoros que aumentam a tensão. A banda sonora eletrónica, ainda que discreta, reforça a atmosfera opressiva.
É, acima de tudo, um jogo divertido e tecnicamente sólido, mas sem aquele “toque” que o distinga dos muitos títulos semelhantes já disponíveis. Para quem procura novidade absoluta, poderá soar bastante familiar. Contudo, para os apreciadores do género, sobretudo fãs de roguelites com combate corpo-a-corpo exigente, Katanaut é uma boa opção. A tudo isto acrescente-se ainda uma enorme lista de elementos desbloqueáveis e achievements, o que garante bastantes horas de repetição para quem gosta de ir sempre “só mais uma run”.