Ruffy and the Riverside
Ruffy and the Riverside cativou-me de imediato com o grafismo que foi apresentado desde o seu trailer de apresentação, querendo-o muito jogar! Sempre fui fã de jogos de plataformas, cresci com eles, iniciei a minha jornada com o Super Mario Bros. na minha velha NES e por uns tempos era só aquilo que conhecia. Ao longo dos anos tivemos o Sonic the Hedgehog e mais tarde ainda jogos em 3D de plataformas, como os que mencionei na clássica PlayStation.
Por que razão estou a referir a velha caixa cinzenta da Sony? Porque foi lá que comecei a jogar os jogos de plataformas totalmente em 3D. Ruffy and the Riverside não é totalmente em três dimensões: no fundo, tudo é 3D menos as personagens, o que engloba cenários e objetos à nossa volta, até mesmo os inimigos são poligonais.
O grafismo até não é nada de estonteante, é cartoonesco, suave e tem um toque parecido com aquele que vemos nos tais jogos da era dos 32 bits, daí as semelhanças com os jogos da altura. Por outro lado, o grafismo das personagens em 2D desenhadas e coloridas como se viessem de um desenho animado ou em papel tornam o jogo com uma arte bastante única, esta mistura do 2D e 3D que já chegamos a ver em outros jogos, mas há muito que não jogava algo assim. Os visuais são mesmo especiais, embora acredito que para muitos faça confusão. Creio que com o hábito ao jogarem, vão sentir que a mescla de ambos é bem porreira e deveras engraçado!
É um jogo de plataformas numa espécie de mundo aberto, com várias secções para explorar e outras dimensões para onde viajar. Existe uma quantidade bastante alargada de conteúdo, se explorarem a cada dez passos que dão vão sempre encontrar puzzles, caixotes, mais puzzles, moedas, inimigos e aliados, sempre presentes. Tão presentes que chega até a ser confuso honestamente, um aspeto que não me agradou assim tanto como esperava.
Tem muito conteúdo, não é um jogo vazio ou despido, há mesmo muita coisa a acontecer no ecrã e, por vezes, sentia-me completamente perdido. O mapa também não é algo que ajude muito, mas pelo menos há um ponto de interrogação para irmos de encontro com o objetivo principal, embora e conforme vamos jogando, temos outros pontos de interesse também marcados no mapa caso aceitem realizar missões secundárias. Com todo o tipo de missões para realizar, inicialmente eu andava literalmente perdido, nem sequer sabia por donde ir ou aonde, não fazia mínima se tinha puzzles obrigatórios ou como sequer resolver tais puzzles, foi um tanto esquisito. Pouco tempo depois decidi dedicar-me apenas e somente à missão principal, o que me levou mais tarde a entender melhor as mecânicas e até a resolver certos puzzles.
O nosso protagonista Ruffy, que mais parece um Ewok da Guerra das Estrelas, é acompanhado pela sua amiga abelha que ajudará a sobrevoar certas plataformas por um determinado tempo limitado, como Tails em Sonic the Hedgehog. Consegue dar socos e rodopiar com o Taz (dos Looney Tunes), além de saltar. O melhor que Ruffy consegue terá de fazer durante a jornada é o uso da sua habilidade mágica e especial, copiar e colar. Ele consegue copiar madeira, e usar o seu poder para substituir pedra por madeira, tal como água do mar ser substituída por areia ou lava, por um determinado tempo. É um conceito super original, mas, ao mesmo tempo frustrante e confuso.
Se por um lado o método de realizar esta ação é simples, a verdade é que nem tudo pode ser substituído, inicialmente ficamos com a ideia de que vamos ser capazes de substituir tudo, mas afinal, são pouquíssimos objetos que podem ser substituídos por elementos X ou Y. Há mesmo objetivos em que nos indicam que temos de substituir algo e tentamos usar água, ferro, pedra até relva e afinal é outra coisa qualquer da qual não esperávamos, então estamos na tentativa erro até conseguirmos o objetivo realizado. Mesmo nas próprias missões principais nem tudo é preto no branco, vão ter momentos em que vão puxar muito bem pela cabeça para conseguir ultrapassar um puzzle que é de extrema importância ou então não progridem na história, isto pode deixar muitos jogadores frustrados, especialmente os mais novos. O jogo é apelativo e engraçado suficientemente para um miúdo jogar, no entanto, este entrave destrói por completo a experiência, nem todos vão sentir que é assim tão interessante acabando por desistir.
Como dito, há muito para fazer para além das missões principais, além de existirem muitas moedas, parece que não param de surgir no ecrã. Estas moedas servirão para comprar mais corações e obter mais saúde ou até roupas novas para o nosso protagonista, embora do que tenha visto apenas muda a cor e sinceramente não é algo que me entusiasme. Estas moedas também servem para resolver certos puzzles, se não quiserem perder muito tempo para obter a solução de um puzzle, podem sempre gastar as moedas para tal, daí sugerir que colecionem o máximo de moedas possível sempre que puderem.
De realçar a banda sonora que é muito animada e fica na cabeça, os diálogos divertidíssimos, as personagens caricatas e aquela narrativa básica, mas bem ao estilo da era dos 32 bits, resumidamente ser o herói e salvar o dia. A jogabilidade é simples, a mecânica de trocar água por erva ou pedra por madeira é sem dúvida a surpresa, podia era mesmo estar muito melhor implementada e o facto de termos de recorrer à tentativa erro, acaba por estragar um pouco a magia dessa habilidade tão única.
Como dito, há muito para fazer para além das missões principais, além de existirem muitas moedas, parece que não param de surgir no ecrã. Estas moedas servirão para comprar mais corações e obter mais saúde ou até roupas novas para o nosso protagonista, embora do que tenha visto apenas muda a cor e sinceramente não é algo que me entusiasme. Estas moedas também servem para resolver certos puzzles, se não quiserem perder muito tempo para obter a solução de um puzzle, podem sempre gastar as moedas para tal, daí sugerir que colecionem o máximo de moedas possível sempre que puderem.
De realçar a banda sonora que é muito animada e fica na cabeça, os diálogos divertidíssimos, as personagens caricatas e aquela narrativa básica, mas bem ao estilo da era dos 32 bits, resumidamente ser o herói e salvar o dia. A jogabilidade é simples, a mecânica de trocar água por erva ou pedra por madeira é sem dúvida a surpresa, podia era mesmo estar muito melhor implementada e o facto de termos de recorrer à tentativa erro, acaba por estragar um pouco a magia dessa habilidade tão única.
Honestamente estava à espera de algo extraordinário depois de ter-me chamado tanto à atenção. Não é horrível, é um bom jogo no género e que acaba por valer a pena caso tenham um pouco de paciência, caso não se importarem de explorar e puxar pela cabeça num jogo de plataformas. Para uns certos puzzles frustrantes já que outros são bastante básicos e o equilíbrio acaba por andar ali na corda bambas.