Stick it to the Stickman
Empreendedor ou farto do teu chefe? Umas quantas de chapadas e biqueiros são tudo que vos separa da glória... Até levarem um pinhanho e serem substituídos.
Há jogos que são estupidamente simples e divertidos e que não só se conseguem rir deles próprios como inovar e mandar mensagens claras quanto ao mundo. E neste jogo, somos presos no loop capitalista infinito, onde a resistência é inútil. Eu tentei, acreditem que sim, e o jogo dá múltiplas oportunidades de percebermos que os overlords shareholders são quem tudo comanda até aceitarmos a nossa sina. Começamos por um referall de um amigo (aka o factor C do costume) que é prontamente despedido porque nós somos melhores que ele nisto. Nisto o quê? Não percebi, não interessa, o que interessa é que ele não quer ser despedido e aí começa a nossa saga de lay off à chapada. Ora quem recebe mais? O Chefe. O que queremos nós? Receber mais, logo, a quem vamos partir as bentas? Ao Chefe. Simples e eficaz (e demasiado próximo dos sonhos de muita gente).
Começamos do nível zero e à medida que vamos despedindo colegas ao pontapé vamos adquirindo golpes novos, melhorias aos que já temos e habilidades passivas. Vamos acumulando destas até tentarmos derrotar o CEO e ficar com o lugar dele. Se conseguirmos, ou se formos despedidos pelo caminho, regressamos ao início, pelo caminho: desbloqueamos trabalhadores novos (mudam as passivas e os golpes de início de carreira), expansões do negócio que levam a mais coisas a acontecerem nos níveis e ainda expansões daquilo que está disponível para os nossos novos empreendedores.
O jogo cresce a cada passo e ainda que o loop de ação se mantenha o mesmo, ao fim de 5 horas parece um jogo diferente. Termos mais coisas com que interagir e colegas de trabalho diferenciados (todos a precisar de um bom despedimento para baixar os custos), juntamente com todas as comodidades para sermos o mais produtivos possível.
É um jogo caótico de stickmans e ragdolling por todo o lado e nisso não desilude. O esquema de cores azul e vermelho é muito bem utilizado (azul e vermelho) para significar as únicas coisas que interessam: quem somos e em quem temos que bater. Os efeitos sonoros são dignos de um filme de ação à antiga, e os visuais são simples para ser fácil de perceber onde estamos. Para um jogo em acesso antecipado parece estar praticamente terminado, sendo as únicas coisas que parecem estar na calha são ainda mais conteúdo. E já tem imenso, de metralhadoras a máquinas de café e aviões de papel. As vozes e os diálogos são rídiculos e acrescentam à estupidez crescente.
Se se querem vingar-se e contribuir para o capitalismo, não olhem mais longe. É simples, sim mas entrega aquilo que promete: um dedo do meio ao chefe, enrolado num punho a velocidade subsónica.
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PC (Steam), gentilmente cedido pela Cosmocover.
É um jogo caótico de stickmans e ragdolling por todo o lado e nisso não desilude. O esquema de cores azul e vermelho é muito bem utilizado (azul e vermelho) para significar as únicas coisas que interessam: quem somos e em quem temos que bater. Os efeitos sonoros são dignos de um filme de ação à antiga, e os visuais são simples para ser fácil de perceber onde estamos. Para um jogo em acesso antecipado parece estar praticamente terminado, sendo as únicas coisas que parecem estar na calha são ainda mais conteúdo. E já tem imenso, de metralhadoras a máquinas de café e aviões de papel. As vozes e os diálogos são rídiculos e acrescentam à estupidez crescente.