Donkey Kong Bananza: Ilha DK + Caça às Esmeraldas


Donkey Kong Bananza foi um dos jogos que mais me divertiu nos últimos meses. A arte de partir tudo com pouca resistência, uma aventura por diferentes regiões e momentos feitos a pensar nos fãs de DK mantiveram-me preso ao ecrã até que não tivesse mais nada a descobrir. Até porque os créditos não são o fim do jogo, há muito mais depois disso, com níveis e missões desafiantes que me fizeram suar um pouco! Algo que mudou agora, com o anúncio e lançamento surpresa de conteúdos adicionais pagos para o jogo, que não estava nada à espera.

Este DLC Ilha DK + Caça às Esmeraldas funciona como um dois em um, tendo em conta que o primeiro serve apenas de base com um apelo muito nostálgico! A Ilha DK leva-nos de novo à icónica ilha com a gigante cabeça de Donkey Kong a destacar-se no meio, ilha esta que conhecemos desde Donkey Kong Country ou até em Donkey Kong 64, o jogo de plataformas 3D que a Nintendo parece teimar em não colocar disponível no seu catálogo de clássicos.


Temos uma ilha para explorar, com altos e baixos, algumas surpresas escondidas por lá, contudo, um pouco vazia de coisas e conteúdo, o que contrasta logo um pouco com o resto do jogo, onde cada um dos níveis era recheado de coisas, segredos, criaturas e muitas personagens. Ok, aqui temos rostos familiares como Diddy e Dixie Kong, tal como Cranky Kong e Rambi que estão também de visita, para uma interação simples ou para tirar uma foto em grupo. Também Void Kong está de visita, com uma espécie de "mudança de espírito" que agora nos quer ajudar naquilo que compõe o grande grosso do DLC, a Caça às Esmeraldas.

Iniciando com ele esta nova missão, a ilha transforma-se numa caça ao tesouro onde, em vez de Banandium, temos esmeraldas para destruir e colecionar! Lutamos contra o tempo, de modo a conseguir o máximo possível de esmeraldas, atingindo quotas definidas por Void Kong à medida que vamos partindo tudo. Aqui estamos limitados aos nossos golpes básicos e sem grandes habilidades especiais, sendo que estas vamos apanhando missão fora ao encontrar fósseis ou esmeraldas em forma de banana. Tudo para ser depois mais fácil destruir terreno, apanhar itens e esmeraldas ou derrotar inimigos que são resistentes se não tivermos as habilidades certas.


Na prática, tudo isto se resume a um roguelike que a primeira missão na Ilha DK nos introduz de modo bem casual. Admito já que… não sou, nem nunca fui o maior fã de roguelikes, até porque isto de jogar algo onde aleatoriamente recebemos benesses que podem ou não ajudar mexe muito com a sorte, que normalmente não está do meu lado. Aqui temos isso aliado ao contra-relógio, ao que temos tempo para escolher uma das habilidades ou vantagens para melhorar esta nossa curta sessão de jogo, até satisfazer os desejos de Void Kong, que embora agora esteja bonzinho, continua a com a má atitude de sempre.

Apesar de ser um roguelike, não é um modo difícil, muito pelo contrário! Não tive grandes dificuldades a conseguir atingir as quotas, pelo menos numa fase inicial, até porque graças às transformações de DK temos já um leque de habilidades que nos facilitam a vida. A Ilha DK é também o ponto de partida, pois vamos desbloqueando a caça às esmeraldas nas outras regiões do jogo, sendo uma boa desculpa e oportunidade a explorar níveis que já conhecia bem, agora num modo de jogo algo diferente. Houve um ou outro nível em que a sorte e o tempo não estiveram do meu lado, só para depois voltar a repetir o mesmo nível e conseguir concluir sem grandes complicações.


Um novo truque que nos ajuda na rápida exploração é usar um barril especial que, praticamente, nos permite voar em qualquer direção. Somos projetados com um simples atalho, ao que convém usar com responsabilidade, ao que me apercebi ser bem mais vital para atingir locais bem altos ou inacessíveis, o que foi bem útil! Tendo DK e Pauline os truques do costume, foi mais um para ajudar na exploração, agora que lutamos contra o tempo.

Foi assim durante um bom par de horas, desbloqueava o modo em locais antigos, preenchia a quota de Void Kong, ganhava algumas coisas e seguia para a próxima. Basicamente o jogo tornou-se numa tarefa ou trabalho para satisfazer o ex vilão, com a recompensa de adquirir estátuas para decorar a nossa ilha só porque sim. Apesar de ter-me divertido, não ser fã de roguelikes não ajudou, embora as coisas do costume dos jogos desse estilo como a dificuldade ou uma aleatoriedade agressiva não estejam bem presentes aqui. Senti que, tal como a Ilha DK sem estar no modo Caça às Esmeraldas, este conteúdo adicional foi algo que vazio e podia vir como uma adição surpresa sem custos adicionais, aumentando o valor daquele que já é um jogo incrível.


Ainda assim foi um bom convite para regressar novamente ao jogo, um collect-a-thon que ganhou agora mais coisas para colecionar, mais coisas para destruir e mais motivos para rebentar com tudo! Faltou algum sumo extra, quem sabe uma nova transformação com mais truques na manga, ou receber a ajuda de Diddy e Dixie Kong com algo a apelar à nostalgia fácil para os fãs da série. Há um conjunto de novas vestimentas e acessórios para DK e Pauline, a pensar na caça às esmeraldas, e pouco mais.


O regresso da Donkey Kong Bananza foi giro, ainda deu para umas boas horas de diversão agora a explodir com tudo num fogo de artifício verde, opondo-se ao dourado a que estava habituado. É um roguelike tal e qual aos que estamos habituados a ver, o que se não forem fãs pode não ser muito acolhedor, que peca só por ficar por aí e não aproveitar o lanço para criar mais conteúdo. Isto porque, depois dos níveis incríveis e momentos de suor (e lágrimas, talvez) do que temos após ver os créditos, este fica bem aquém do que o jogo apresentou-nos há uns meses, no seu muito aguardado lançamento!


Nota: Análise efetuada com base em código final do DLC para Nintendo Switch 2, gentilmente cedido pela Nintendo.

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