Sports Story


O sucesso inpirador de Golf Story foi-se materializando muito por culpa do passa a palavra dos jogadores da plataforma portátil da Nintendo. Este título está envolto em charme fazendo relembrar a era da Super Nintendo com os seus peculiares pixéis. O seu sucessor bebe dessa mesma fonte, Sports Story promete trazer modalidades diferentes separadas por horas de diversão, embrenhadas numa história bacoca e sempre com o ponto principal nas tacadas de golf.

A história de Sports Story, não sendo uma continuação direta, apresenta-se como uma nova página de personagens já conhecidas. Ao chegar a uma ilha bronzeada por desportos e na companhia do seu treinador de golf e amigos, a diversão começa logo por fazer o reconhecimento dos arredores da praia. Trocando as tão aclamadas espadas de um action RPG por elementos relativos a desporto, como tacos de golf, basebol, BMX, entre outros, o jogador terá ao seu dispor um resort repleto de de atletas que o ajudarão a aprender esses novos desportos.


 
Nem tudo será tão alegre, já que existe uma força maligna a trabalhar entre as sombras. Toda uma espécie de máfia do desporto à lá Yakuza style, chamada de "Iron Draons", que promove ondas negativas na direção do personagem principal, ao comprar campos de golf, que impedem a livre passagem de qualquer pessoa, ameaçando habitantes, entre outros. A missão do jogador muda assim de aprender as novas mecânicas afetas aos novos desportos para uma ação de investigação com o intuito de ajudar os habitantes afetados pelo gang de mafiosos. De alguma forma o problema prende-se na premissa repetitiva que tornam o jogador no rapaz de recados, numa correria desenfreada na tentativa de chegar à conclusão missão. Não são dadas quaisquer indicações de como executar a missão, apenas o que se pretende no final. Isto deu azo a algumas horas perdidas sem saber muito bem o que fazer, nem como o fazer. Existe uma certa desconexão de ideias ou, à falta de melhor termo, de "ajuda" para tornar a aventura mais suave.

O brilhantismo das linhas de texto deixa transparecer por completo a personalidade de cada personagem, vai de encontro a uma história que se desenlaça sem grande sentido, mas esse é mesmo o seu objetivo. O tom de cada frase é enaltecido com caixas de texto que mexem, a forma e o tamanho vão também eles alterando dando ênfase à disposição da personagem naquele determinado momento. De certa maneira este ponto pôs-me a mexer para a frente e para trás no sofá enquanto jogava na minha televisão, já que a mudança brusca das linhas de texto é tão grande que me foi difícil ler alguns pedaços de texto. Mas isto sou eu que uso óculos. Ainda assim, foi-me impossível criar qualquer ligação especial com alguma das personagens, muitos deles tornaram-se até um pouco chatos, por apenas estarem ali presentes, sem dar qualquer tipo de informação útil. E não, não é possível clicar num botão para passar as linhas de texto à frente. 


Embora Sports Story introduza novas mecânicas de desporto, a sua estrutura geral torna o loop de jogo bastante aborrecido, e quanto mais se joga mais repetições de eventos e missões. No fim de cada capítulo, é possível jogar-se uma ronda completa de golf, e sem tirar o mérito a todos os outros desportos aqui incluídos, o golf é onde o jogo realmente brilha. Ainda que sem grande profundidade, com o simples pormenor de clicar três vezes no botão para iniciar a jogada, o primeiro para alinhar a tacada o segundo relativo ao poder da tacada e o terceiro idem, torna a o seu gameplay simples, interessante e em determinados momentos desafiante derivado às condições climatéricas. Isso e infelizmente derivado à sua performance... Por diversos momentos com uma pequena quebra de frames que me impossibilitou carregar no botão no momento certo, fazendo com que a bola de golf saísse a voar pelo green a fora.  

A inclusão de novas bolas de golf, com habilidades distintas, tornam esta vertente mais divertida. Estas bolas podem ser compradas ou encontradas. As habilidades vão desde bolas que automaticamente saltam para o local onde está o buraco logo após o momento de embate no chão, até bolas que saltam na água. Neste sentido é também interessante combinar a bola especifica com as localizações ou biomas específicos.


Sports Story não é necessariamente um jogo mau... É apenas chato. Embora as linhas de texto deem para umas boas risadas e o aspeto gráfico seja sublime, as missões super chatas onde é necessário andar a correr de um lado para o outro, problemas de frame rate ocasionais, tornam toda a experiência algo confusa. Há de facto momento divertidos e nesse sentido é possível deixar uma recomendação a jogadores que se divertiram com o seu antecessor. Enfim, também há espaço para novos jogadores que como eu, após ter jogador este título, podem ficar com vontade de dar um olhinho ao seu tão aclamado antecessor.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela SideBar Games.

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