Death In The Water 2


Death in the Water 2 é a sequela de um jogo do qual nunca tinha ouvido falar, mas que me surpreendeu em todos os aspetos, este indie é uma obra fantástica da criação de duas pessoas apenas, a Lighthouse Game Studios.


Eu sou alguém que adora surpresas. Nós aqui recebemos inúmeros videojogos para análise ao longo dos nossos anos de vida, uns melhores outros piores, estamos aqui para avaliar e dar a nossa opinião daquilo que recebemos. Provavelmente ninguém ouviu falar antes neste jogo, eu próprio só o fiquei a conhecer quando recebi para análise e, para minha surpresa, estamos perante um jogo verdadeiramente fantástico.

É um FPS de puro terror, se forem amantes de jump scares, este é um dos melhores jogos de sempre, sem qualquer dúvida, e passo a explicar como é que um jogo com objetivos simples consegue fazer o jogador saltar e estar em tensão a cada nível que joga.

Jogamos com um mergulhador que tem de explorar o fundo do oceano devido a uma sequência de ataques de tubarões a uma aldeia piscatória. De forma resumida, uma enorme quantidade de tubarões têm estado naquela zona e um monstro ainda maior de nome Kraken, da mitologia grega, tem estado a criar o pânico. Por 13 níveis denominados de “Dive” ou seja, mergulhos, o jogador terá de eliminar os tubarões e outros peixes ameaçadores na zona para prosseguir até ao final do jogo onde lutamos contra o Kraken.



Sim, parece algo completamente normal mas há muita coisa que torna este jogo especial, podemos começar já com o grafismo e a performance do jogo, tem uma qualidade incrível, o fundo do oceano escuro e hostil é sentido desde o primeiro mergulho, cria logo um medo tremendo, há vários tipos de tubarões e peixes que visto de perto metem imenso respeito, o tubarão Tigre por exemplo, já que é assim tão difícil de eliminar. Os corais e naufrágios como uma pequena civilização mergulhada no fundo são pequenos detalhes que estão fascinantes.

Se o grafismo está espetacular, a música é arrepiante, os momentos de tensão vão deixar o jogador a tremer e a suar, a música vai indicar sempre a ameaça que paira no ar, neste caso mar, e vão deixar o jogador congelado parado num canto em segurança para não estar exposto em campo “livre” na vista de todos os tubarões, especialmente quando encontrarem um Tubarão Branco, aí o jogador vai sentir pela primeira vez o maior dos medos.

Continuando a falar no Great White, nunca vi um jogo com um tubarão branco tão ameaçador, não me lembrava de me sentir tão ameaçado assim ao ponto de fugir dele para dentro dum avião despedaçado e manter-me lá o tempo todo até finalizar o tempo do nível sem sequer ter coragem de o enfrentar. O grafismo e a inteligência artificial do Tubarão branco estão brilhantes e o medo é real, eu saltava da cadeira ao dar de caras com este “monstro”, posso dizer que está perfeito.



Ainda sobre música e sons, aconselho a jogarem isto de phones nos ouvidos, por várias razões, primeiro para criar a verdadeira experiência de medo que este jogo dá, segundo porque transporta-nos diretamente para o fundo do oceano, cada toque nos corais, cada disparo das armas e cada mexida de um lado para o outro é perfeitamente audível como quando mergulhamos na vida real, em termos de sons também está perfeitamente fiel àquilo que é a realidade. Além disso, existem tesouros a ser recolhidos, não de forma obrigatória mas fará toda a diferença e mais adiante irei explicar qual a razão, no entanto o que queria aqui referir sobre os tesouros é que são difíceis de encontrar e importantes, com os phones, o jogador conseguirá ouvir um som cintilante para identificar o tesouro.

Como estava a falar dos tesouros, estes são na verdade um objetivo secundário mas que por outro lado, são deveras importantes recolher, o ouro serve para efetuarmos upgrades tanto ao fato mergulhador como a todas as armas. O fato deve ser a prioridade, a botija de oxigénio por exemplo, é de extrema importância, por isso o upgrade deve ser focado em todos os aspetos do fato, no entanto as armas também vão fazer toda a diferença, a arma principal é boa mas a meio começa a perder a força quando comparada com uma espécie de caçadeira que irá eliminar 90 por cento dos tubarões e ameaças. O arpão é bom, especialmente para os tubarões mais fracos ou as Sirens, sereias assustadoras, mas o arpão pouco dano irá provocar a um Tubarão Branco, é apenas comichão, no entanto há uma pistola que dispara pequenos explosivos, mas uma vez mais, a caçadeira é sem dúvidas a arma mais importante.



Há outros gadgets para usar, uma granada de luz para ofuscar os tubarões e uma granada que fará com que eles se juntem todos distraindo-os. Verdade seja dita, não senti necessidade em usar essas granadas, especialmente mais perto do fim quando já tinha a caçadeira com todos os upgrades. Há um bom leque de armas a ser comprado e realizar upgrade, no entanto é aconselhável tentar apanhar todos os tesouros ao longo do jogo desde o primeiro nível.



Estamos perante um jogo de terror que mete imenso respeito, medo, é assustador, não me recordo de ter saltado da cadeira tantas vezes nos últimos anos, fiquei viciado, não queria parar até ao final, foi uma experiência fantástica e inesquecível. Só posso imaginar como seria jogar isto com os óculos VR, mas acho que não aguentava de tanto medo honestamente, o fundo dos oceanos é arrepiante.

Death in the Water 2 é absolutamente fantástico, embora curto, o tempo de jogo é o suficiente para também não cair na repetição. Um obrigatório para quem quer uma verdadeira experiência de medo.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para Windows PC, gentilmente cedido pela Lighthouse Game Studios.

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