Journey to the Savage Planet


Journey to the Savage Planet é um jogo de aventura em primeira pessoa com elementos de metroidvania, ambientado num mundo alienígena super colorido e cheio de criaturas de todas as formas e feitios, prontinhas para serem descobertas pelos mais aventureiros.

Diretamente dos estúdios Typhoon Studios, criado por Alex Hutchinson, que trabalhou em projetos da Ubisoft, como o Assassin’s Creed 3 e Far Cry 4, este estúdio foi recentemente adquirido pela Google. Todos estes acontecimentos deixam antever todo o potencial deste pequeno estúdio.

Este título coloca o jogador na pele de um explorador galáctico que caiu num mundo fraturado denominado de AR-Y 26, e no qual a criatura selvagem ou “extraterrestre” é ele mesmo. Toda a aventura é inteiramente pincelada num conjunto de ilhas flutuantes e que transmitem a sensação de que é possível percorrer toda a sua extensão sem o uso do “fast travell”, já que há realmente imensa coisa a acontecer e recantos para explorar.

Embora exista um modo cooperativo online para ser explorado com um amigo, o jogador mesmo em modo singleplayer nunca se sentirá inteiramente sozinho, já que o seu amigo, ou neste caso amiga, é o próprio computador da nave, que indicará o próximo objetivo e por diversas vezes dirá algo mais atrevido ou cómico. Muito do humor e da narrativa provêm desta pequena companhia, quer esteja a ler um poema ou a tentar de alguma maneira incutir algum receio pela situação em que o jogador se encontra, esta é de facto uma peça importante e uma verdadeira amiga de aventura durante o tempo passado neste mundo.



A representar a empresa Kindrer Technologies, o jogador tem a tarefa de mapear e analisar cada ser vivo deste novo mundo para uma possível colonização por parte dos humanos. A exploração não é exatamente linear, já que existem diversos objetivos secundários. É possível assim, colecionar recursos para criar equipamentos como, jetpacks, ganchos ou novas mecânicas de uso de elementos encontrados pelo mapa. Esta assim aberto toda uma panóplia de escolhas e caminhos, que por sua vez levam a recursos adicionais e outras atualizações que ajudam na locomoção perante as adversidades encontradas.

Ao seu dispor, o jogador terá como arma principal uma pistola que enverga na sua mão direita, deixando a esquerda para todos os outros elementos relacionados com equipamentos mais avançados e que necessitam de upgrade de luva especiais. Sendo este uma espécie de mundo aberto as opções serão mais que muitas. Se o jogador não conseguir chegar a um ponto mais elevado de uma colina porque ainda não tem o seu Jetpack, é possível criar uma cama elástica com sementes verdes, deixadas por uma espécie de flor presente ou nas árvores, ou no teto de certas cavernas. Este é um dos muitos exemplos de sementes que são possíveis de converter em algo, quer seja no ato de passivo de ajudar o jogador ou, por outro lado, com o intuito de causar dano aos habitantes destas terras que são mais hostis. 

É recomendável desbloquear assim que possível os marcadores de “gosma” laranja. Estes são uns elementos colecionáveis, bem ao jeito de segredos espalhados pelo mundo, que permitem aumentar a vida e a resistência.


As semelhanças com títulos como “No Man’s Sky” na vertente do “scanning” de toda a fauna do planeta, ou por exemplo a parte cómica do franchise “Borderlands” ecoam no pano de fundo. Mas este é um título que pegou nessas fontes como inspiração e semeou a sua própria semente de charme.
Todas estas premissas funcionam muito bem juntas. Os ambientes coloridos são bastante divertidos de explorar. Desde florestas gigantes de cogumelos a cavernas cristalinas passando pelos combates contra “boss”, tudo funciona bastante bem e com uma fluidez de fazer inveja a um par de tentativas menos boas dentro deste género. 


Poucos jogos conseguem transmitir a emoção, a intriga ou a diversão suficiente para puxar o utilizador a colecionar todos os itens colecionáveis ou todos os troféus e conquistas, mas Journey to the Savage Planet passará, sem dúvida, toda essa ideia, simplesmente porque é realmente divertido.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PS4, adquirido pelo próprio.

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