Patapon 2 Remastered


Após algum tempo de ter sido lançado o primeiro Patapon na PS4, eis que surge finalmente Patapon 2, também completamente remasterizado, tanto para reviver este clássico da PSP como para quem o queira experimentar pela primeira vez.

Para quem não conhece, Patapon é um exclusivo PlayStation que teve estreia na primeira portátil de nome PSP. Quando saiu, impressionou por ser um jogo totalmente original, viciante e na palma da mão, um dos melhores jogos que se podia jogar na consola. Com tal sucesso, surgiu este segundo capítulo, que conseguiu ser ainda melhor. Patapon 2 veio cheio de novidades embora o prato base seja o mesmo: mover as tropas ao som dos instrumentos facultados por Deus, neste caso o jogador. Patapon joga-se com os 4 botões principais: o X, o círculo, quadrado e triângulo. Cada um destes representa um som, e cada som representa uma ação.

O combinar destes botões realiza uma melodia que se torna na ação desejada, por exemplo, clicar 3 vezes no quadrado e por fim no círculo, faz com que as tropas caminhem para a frente, neste caso este comando é o mais fácil de executar e o primeiro a ser aprendido. Ao som do que é proporcionado e com umas barras laterais a dar sinal dos tempos, o jogador terá de clicar e fazer “magia”, o comando famoso Pata, Pata, Pata, PON! Uma melodia tão básica e ao mesmo tempo tão fascinante que automaticamente fará com que o jogador cante enquanto pressiona os botões e executa o comando. Claro que para além de mover as tropas, terá os comandos de atacar e defender, cada um deles representa melodias diferentes mas todos com o ritmo dos 4 tempos.


Saber jogar até não é difícil, o pior é lembrar das combinações, há momentos que o jogador pode perder-se e assim que falhar um botão, terá de voltar a iniciar a executar estes comandos e tentar não quebrar literalmente o ritmo. Se o ritmo estiver coordenado na perfeição com os 4 tempos, as tropas entram no modo Fever que dará mais força aos eyeballs, a tribo que o jogador lidera. Assim que o jogador progride, mais comandos estarão disponíveis e mais difícil será manter o ritmo e encaixar este em sintonia.

O jogo está dividido por missões, não muito longas, o que é perfeito para sessões curtas. Entre as missões o jogador regressa à base, Patapolis. É aqui que o jogador irá orientar as tropas que quer levar para as batalhas, a criação de mais soldados e upgrades como equipar as tropas com melhores armas de combate e as próprias armaduras para fortalecer a defesa. Aqui mesmo há uma data de mini jogos para garantir mais recursos que vão ajudar na criação de todos estes objetos anteriormente referidos. No primeiro jogo já existia este sistema, mas o segundo explora mais a fundo e existe até uma árvore de upgrades para cada tipo de soldado, os que desbravam caminho na linha da frente, os cavaleiros a meio do exército e outros que ficam na retaguarda com as suas lanças.


Uma vez mais, como acontece com o primeiro capítulo, convém repetir as missões para obter recursos ou a dificuldade estende-se e o jogador não conseguirá acompanhar e enfrentar os bosses que se tornam complicados de derrotar devido à sua extrema força. É o maior desafio e a maior diversão, lutar contra os bosses sem ter mínima noção do seu estado de saúde, é aquilo que faz com que o jogador ataque, defenda, corra atrás dele quando este se esquiva para a retaguarda, é mesmo algo fantástico.

No entanto, na minha opinião, seja o primeiro Patapon ou este, na PSP estava perfeito, na PS4 o grafismo é HD sim, mas, ou se coloca uns headphones para sentir a “vibe” e acerta no compasso, ou então com todo o barulho em redor pode torna-se complicado de acertar e a própria sincronização não está no ponto e no meio de toda a confusão entre o nosso exército e as tropas adversárias é para esquecer. Além de que uma vez mais, e como acontece noutros clássicos da era PlayStation e PSP que são remasterizados para a PS4, a apresentação das cut-scenes está horrível. Não há qualquer cuidado com a imagem e apresentação, não há um mínimo esforço e é incrível como a empresa parece não querer saber, tem feito isto em jogos como o Parappa The Rapper, Loco Roco, Patapon, e neste segundo, a história repete-se.

A função Ad-Hoc não existe na PS4 mas o multiplayer também está ausente, por isso o modo que estava criado em exclusivo para a PSP é neste caso usado para jogar com mais 3 IA para combates mais duros contra bosses.


Patapon 2 é um grande salto comparado com o primeiro, se jogaram antes, este vão certamente adorar. É bom poder reviver ou jogar pela primeira vez, é original, único, viciante, um exclusivo a não perder, especialmente para quem já não tem a antiga portátil à mão.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela SIEE.

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