Kunai
Kunai dos estúdios TurtleBlaze, apresenta-se como um metroidvania repleto de ação, movimentos e armas de samurai que fazem com que o jogador se sinta rapidamente como um verdadeiro “badass”.
A trama é passada num mundo pós-apocalíptico e pós-humano, repleto de robôs feitos de lixo. Um grupo de robôs que resiste ao regime, dominado por robôs maliciosos que foram infetados com vírus, acorda o protagonista Tabby, a única esperança de derrubar a afronta ao bem-estar da população. A personagem interpretada pelo jogador tem dentro de si a alma de um guerreiro, mas a cara de um iPad.
Embora o protagonista esteja sempre em silêncio, está longe de ser inexpressivo. À medida que que salta, corre e utiliza uma das suas armas, Tabby apresenta uma variedade de expressões faciais diferentes. A falta de barra de vida é representada com o símbolo de falta de energia que lhe confere um toque, um tanto ou quanto, cómico.
Os momentos de humor também presentes da escrita deste título oferecem um charme adicional a toda a história presente e que conferem algumas gargalhadas, aqui e ali.
Relativamente à jogabilidade apresenta uma variedade de armas mais curta.
Inicialmente o jogador vê-se apenas com uma katana como arma principal na sua demanda de derrubar o regime e ajudar o grupo resistente a sobreviver ás adversidades deste confronto. Esta arma fornece a habilidade de derrubar os inimigos bem como uma vertente defensiva, já que permite desviar os tiros disparadas pelos maus da fita.
É claro que ao longo do jogo novas armas e mecânicas de jogo serão apresentadas, no entanto, a principal delas todas é a utilização da “katana” e do “kunai”. Uma arma ninja que consiste numa lâmina de ferro com um grande furo na sua base.
Assim que esta habilidade for desbloqueada, a mecânica do jogo fica bastante clara. O jogador terá ao seu dispor duas “kunai”, cada uma referente a um dos gatilhos, esquerdo e direto. Sendo assim, é possível lançar esta arma para ajudar na locomoção mais rápida ou a chegar a pontos mais altos, um pouco como as teias do homem aranha funcionam. Uma mecânica bem implementada, intuitiva e bastante divertida.
As restantes armas permitem ao jogador infligir dano, mas maioritariamente servem para abrir caminho para lugares que anteriormente estavam inacessíveis.
O “shuriken” pode ser usado para alimentar certos interruptores e permite atordoar os inimigos. As “sub machine guns”, que são duas metralhadores que dão pouco dano mas que disparam um grande número de balas que permitem ao jogador, com a ajuda do salto, chegar a locais mais distantes. Por último, o “rocket launcher” que será utilizado para destruir rochas. Permite também ao jogador saltar mais alto e derrubar os inimigos mais rapidamente, já que inflige bastante dano.
Kunai é um metroidvania bastante expressivo, com um toque de retrô, quer no seu tipo de mecânica, quer pelo seu estilo gráfico que faz lembrar a palete de cores de um Game Boy Color. A sensação de dominar a mecânica principal do uso dos “kunai” é bastante satisfatória e um controlo bastante fluído de tudo o que se passa no ecrã conferem a este título umas boas horas de diversão, no entanto, a variedade de armas deixa um pouco a desejar. Para os que gostam de completar os jogos a 100%, existem bastantes caixas “secretas” com acessórios que permitem mudar a aparência de Tabby.
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PC, gentilmente cedido pela The Arcade Crew.