Under Night In-Birth Exe:Late[cl-r]


Da famosa e fantástica Arc System Works, chega mais um espetacular fighting game com um estilo anime para os fãs que tanto adoram o género como eu.

Com o nome mais complicado e longo que vi num jogo de luta, este Under Night só não é uma completa novidade para mim graças ao Blazblue CrossTag Battle, que incluía este universo. Entre tantos fighting games, alguns acabam por escapar e, desta vez, Under Night In-Birth Exe:Late[clr-r] foi a minha verdadeira estreia com a série.

Antes de mais, tenho a dizer que tudo neste jogo é positivo. Como foi dito anteriormente, o jogo teve produção ao nível daqueles que para mim, estão agora no pódio dos fighting games. Enquanto que um Tekken, Street Fighter e Mortal Kombat são certamente os mais famosos pelo seu legado, não posso deixar de referir que neste momento a Arc System Works cria jogos perfeitamente limados com toques e visuais tão únicos que para além do género ser o mesmo destes clássicos, a jogabilidade é mais refinada, os combos mais vibrantes e ainda assim é acessível para os iniciantes e desafiante para os veteranos.


Este jogo é focado totalmente no lado Oriente, puro anime seja em diálogos, visuais e design, como a própria narrativa, e um grandioso fighting game para aqueles que querem explorar algo novo dentro do género sem ser um dos grandes nomes do mercado. Se nesse aspeto é uma lufada de ar fresco, ao mesmo tempo pode ter dificuldades em chegar aos ouvidos de todos, quando até o seu título é bem complicado. Apesar de ter o carimbo Arc System Works, não significa de todo que chegue às mãos dos fãs.

Uma jogabilidade frenética, visuais renderizados em tempo real com um 2D e 3D em conjunto nos cenários, cada umas das 21 personagens tem uma média de 600 frames de animação para demonstrar os mais ínfimos detalhes durante as batalhas, incluindo assim as expressões faciais únicas, os movimentos do cabelo, roupas e sombras. E para quem já conhecer jogos desta série, além da nova personagem Londrekia Light, pode contar com novas arenas, músicas adicionais, efeitos de vozes e diálogos.


Os modos incluídos são imensos, desde o típico Arcade, ao Chronicles que se pode identificar como o modo história, versus para as partidas contra o CPU ou outro jogador presente, como o Network para aceder às partidas online. O Score Attack que consiste em atingir o máximo de pontos possível para registar no ranking online, Time Attack, Survival e Training como todo o jogo do género inclui, um tutorial para aprender os movimentos e um modo de missões em que o jogador terá de derrotar os adversários com determinadas características. O modo Customization para alterar ou comprar vestimentas novas para as personagens e o modo replay para rever as batalhas mais ardentes. Por fim o modo Gallery para visitar a arte do jogo. É sem dúvida um jogo repleto de modos e num jogo deste género é bem necessário ter todos estes modos disponíveis para ter uma maior longevidade.

Cada personagem com os seus atributos tornam este jogo verdadeiramente especial para os veteranos aprenderem os movimentos diferentes que estão disponíveis e as melhores estratégias para derrotar os adversários. Os comandos para a execução dos especiais não fogem muito do que é visto em todos os jogos de luta mas aprender a adaptar para uma luta feroz é onde se encontra o desafio. O modo online provou isso mesmo, quando joguei, vi a diferença de quão desafiante Under Night é e isso é o que mais me fascina neste tipo de jogo e faz de mim um fã. Ainda de referir que não encontrei qualquer momento aborrecido nem lag entre as lutas que realizei, sendo realmente rápido.

A outra vantagem desta versão para a Nintendo Switch é obviamente a sua portabilidade, jogar na TV ou em qualquer lado que seja, o jogo não sofre qualquer quebra de fluidez e continua o chamado fast pacing game e que pode ser jogado em curtas ou longas sessões devido à sua bela qualidade.


Este jogo suscitou-me interesse não pela narrativa, de todo, mas sim pela sua jogabilidade e visuais, um universo muito próprio que brilha, embora as personagens não sejam tão cativantes como outras vindas de outras séries, o divertimento e desafio em si, fizeram dele uma pérola recôndita no fundo do oceano. Tomara que os amantes do género cheguem a ler esta análise e que tenham noção do que lhes espera em Under Night, um grande fighting game a não perder na Switch.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela PQube.

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