The Dark Crystal: Age of Resistance Tactics


Com base no filme clássico de marionetas The Dark Crystal lançado em 1982, o Netflix e a The Jim Henson Company lançaram no ano passado toda uma série enquanto prequela, mantendo todo o estilo e estética do original, com o nome The Dark Crystal: Age of Resistance. É precisamente essa nova história que agora chega ao mundo dos videojogos, num jogo de estratégia já disponível em todas as plataformas.

Considerando a idade do filme original, que em Portugal só chegou aos cinemas em 1984, é natural que muitos só o tenham ficado a conhecer graças à nova série do Netflix, e por isso talvez lhes passe ao lado uma certa nostalgia por esta estética vinda de outros tempos. O mesmo pode, então, ser dito deste jogo que tanto a nível de personagens como cenários pretende recriar o mesmo ambiente, mas infelizmente, o cuidado com toda a apresentação ficou-se por aí.

Desde o ecrã principal aos menus do jogo e até mesmo os ecrãs de loading, a experiência "retro" que se tem com este título está longe de apelar a qualquer nostalgia, fazendo com que toda a interface aparente ser algo com que os developers não se tenham preocupado muito, especialmente quando se entra em menus de configuração das personagens. Além disso, sendo um jogo assente na história da série com o mesmo nome, é uma pena que toda a história seja apresentada via texto, com balões de fala das personagens.


No entanto, sendo este um jogo de estratégia, o mais importante são as batalhas propriamente ditas, e nesse aspecto esta consegue ser uma boa experiência. Todos os combates são feitos em cenários 3D com uma grelha pela qual as personagens se poderão deslocar, contando com diferentes tipos de pisos e obstáculos que vão variando conforme os locais onde se está a combater. As personagens movimentam-se por turnos individuais, com a ordem de movimentos tanto da equipa como dos adversários a ser definida com base nos atributos e status de cada uma.

Conforme os "jobs" específicos de cada guerreiro, irão variar as habilidades e, se no início parece haver pouca variedade, esta aumenta bastante quando cada um passa a poder adquirir uma segunda profissão ao gosto do jogador. Isto permite fazer combates mais interessantes graças à combinação de movimentos, dando um pouco mais de profundidade.

Em geral, o combate é bastante bom, os níveis têm uma boa duração para pequenas sessões de jogo e por vezes sente-se mesmo a necessidade de uma boa estratégia, embora seja possível também simplesmente baixar a dificuldade, o que não tem metade da piada.


O grande problema é que, fora do sistema de combate em si, não há nada de realmente envolvente no jogo, incluindo no que diz respeito à história, especialmente para jogadores que não tenham visto a série também. Ainda assim, enquanto jogo táctico, oferece umas boas horas de entretenimento a um preço acessível.

Nota: Este artigo foi efetuado com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Premier Comms.

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