The Last of Us Parte II Remastered - Versão PC



Começo por dizer que já lá vamos à análise da versão PC que obviamente terá mais ênfase na sua performance do que outra coisa qualquer. Com tanto remaster e remake e o diabo a sete, obviamente que este jogo já foi analisado e alvo de alguns artigos várias vezes aqui no Meus Jogos e parece-me que será uma boa altura para convidar-vos a revisitar tudo o que foi escrito sobre este jogo aqui no site ao longo destes anos.

Telmo Couto analisou The Last of Us Parte II aquando do seu lançamento original na PS4 e de uma forma geral foi está a sua opinião:

O melhor de toda a experiência foi mesmo o não saber com que contar a cada momento, com uma extraordinária narrativa do princípio até ao fim. Uma história de ódio e vingança, mas que também fala de amor e esperança, conseguindo ser tão surpreendente... como aterradora. Mais do que apenas um jogo, uma experiência inesquecível.


O mesmo Telmo, dias depois, escreveu um artigo de opinião sobre o mesmo onde referiu:

Para quem tem acompanhado o trabalho da Naughty Dog, é sabido que há muito tempo eles têm tentado quebrar barreiras, derrubar fronteiras entre o que pode ou não esperar de um videojogo. Assim surgiram momentos inesquecíveis, como a interação com a girafa em The Last of Us, ou o casal na sala de estar a jogar Crash Bandicoot, em Uncharted 4. The Last of Us Part II, porém, foi muito mais além do que se poderia esperar.


Dois anos depois destes artigos, estreei-me a escrever aqui nos Meus Jogos com o meu próprio artigo de opinião sobre o TLoU Parte II onde não fui tão benevolente como o Telmo, destaco desse artigo as seguintes palavras:

Neil Druckmann e companhia sabiam muito bem que tipo de produto estavam a lançar com este The Last of Us Part 2. Foram propositadamente divisivos, propositadamente violentos (embora justificados pela temática do jogo), criaram uma história para provocar reações das mais diversas e virais e com o objectivo bem marcado de agitar o status quo da sociedade em que vivemos. Apesar de bem intencionados, é pena que tenha sido um acto de auto-flagelo que incutiram na sua própria criação. Quanto à personagem mártir e catalisadora desta história, essa, desde o início até ao fim... nem foi vingada, nem lhe foi feita justiça.


Tempos depois o nosso querido Henrique Adão saiu em defesa de The Last of Us Parte II e também publicou um artigo de opinião mesmo na altura em que estreava a série de televisão da HBO:

The Last of Us Parte II não é para qualquer um, aceito isso. As escolhas temáticas são arriscadas e, naturalmente, nunca seriam do agrado de todos. Mas, independentemente disso, é difícil argumentar que as escolhas da Naughty Dog e, em específico, Neil Druckmann, não conseguem alcançar o seu objetivo com sucesso. Prova deste sucesso é o quão excruciante o último confronto entre Ellie e Abby é. A missão de humanizar Abby e de fazer o jogador simpatizar com ela era quase impossível, mas, a grande maioria dos jogadores que completou o jogo diria que esta missão foi cumprida.
O ano passado o mesmo Henrique Adão escreveu sobre esta versão remastered do jogo aquando do seu lançamento na PS5 e a sua conclusão foi esta:


Apesar da reação não totalmente positiva ao anúncio desta versão remasterizada de um jogo com menos de 4 anos, as melhorias técnicas e gráficas, juntamente com a inclusão dos Níveis Perdidos e, nomeadamente, o modo Sem Regresso, provam que The Last of Us Part II Remastered não é um simples money grab, e fazem do upgrade de 10€ simplesmente obrigatório para os fãs do original. Se, por outro lado, ainda não jogaste The Last of Us Parte II, é-me impossível não recomendar aquela que é, para mim, uma das melhores (se não a melhor) histórias algumas vez contadas nos videojogos, mas se isso não era suficiente, então as adições introduzidas pelo remaster, fazem desta obra prima ainda mais completa.
 
Penso que foi uma bela viagem no tempo no que se refere ao que foi escrito aqui no Meus Jogos ao longo dos anos. Vamos então agora debruçarmo-nos sobre a versão PC deste remaster.

Desenvolvido através da colaboração entre a Nixxes Software e a Iron Galaxy Studios este The Last of Us Part II vê a luz do dia apresentando a bitola do costume. Suporte para comando DualSense, vários tipos de resolução suportadas (incluído suporte para monitores ultrawide), HDR e os upscalers da vida também estão presentes (NVIDIA DLSS 3 e AMD FSR 3.1). Chapa 5 portanto! Não houve direito a incorporação de Ray Tracing, apenas a actualização de texturas e afins.

Certamente que a memória coletiva se lembra do desastre que foi o lançamento da Parte I desta saga no PC. Uma desgraça que eventualmente, e muitos meses depois, foi felizmente mitigada. Um port mal nascido, cheio de problemas que manchou um lançamento que era muito antecipado pela comunidade dos PC's e que de certa forma hipotecou logo à partida qualquer interesse que haveria por parte da mesma. Esta segunda parte sofre do mesmo? Nada a ver! O que não quer dizer que esteja perfeito!


Um leque generoso de opções gráficas leva inicialmente a crer que existe bastante amplitude em termos de performance, mas não é bem isso que acontece nesta versão PC. The Last of Us Part II continua o legado da sua primeira parte em relação a dar trabalho ao CPU do PC, o que é sempre uma surpresa para mim visto que um qualquer CPU de baixa/média gama é superior ao que a PS5 tem. O que não existe são os problemas com VRAM, compilação de shaders e literalmente nada de stuttering.

Na verdade, apenas pude constatar estes factos olhando para os programas de medição do costume porque a olho nu nunca senti que houvesse algum problema de maior. Com um cpu AMD 5700X, memória 16GB RAM DDR4 3200mhz e uma placa gráfica NVIDIA RTX 4070 Super, a uma resolução gráfica nativa de 1440p o jogo esteve sempre na casa dos 70/80 fps's sem que para isso eu tivesse de ligar qualquer tipo de upscaler, fosse DLLS ou FSR. Apenas e só performance pura.


Para PC's menos potentes (e como temos o problema de sobrecarga constante de CPU) um ajuste gráfico nos settings poderá não ter a melhoria de performance esperada e levar a alguma frustração, mas se o jogo corre numa Steam Deck, há que manter a esperança.

A minha experiência com The Last of Us Parte II no PC foi bastante boa e completamente contrária à que tive com a Part I do jogo nesta plataforma. A exagerada carga no CPU é cada vez mais um problema nos dias que correm neste tipo de ports mas a potência da gráfica e dos upscalers acabam por ir mitigando essa situação.


Esta versão de The Last of Us Parte 2 Remastered saiu no dia 3 de abril de 2025 para PC e está disponível na Steam e na Epic Store.


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PC, gentilmente cedido pela PlayStation Portugal.

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