Metroid Prime 4: Beyond — primeiras impressões no evento de apresentação em Paris
O modo de rato dos Joy-Con 2 já é mais que falado, conhecido e discutido: o novo gimmick da Nintendo Switch 2 que poderá ser um bom ponto de partida e adaptar imensos jogos típicos de computador, como os de estratégia, que agora podem sair numa consola sem ser preciso adquirir periféricos extra (se bem que… quem é que não tem um rato?). Metroid Prime pedia este esquema de controlos e, após o jogar no evento, não penso jogar doutro modo que não seja usando o Joy-Con 2 como o rato. Mas, antes de falar destes controlos, um pouco sobre o jogo.
A primeira reação que tive o jogo foi ficar bem impressionado com os visuais, elevando a fasquia quando comparando tanto com o remaster do primeiro Metroid Prime para a Nintendo Switch, ou do terceiro capítulo lançado na Nintendo Wii. É certo que já tinha ficado empolgado com o que vimos quando Metroid Prime 4: Beyond foi efetivamente apresentado, com um trailer de jogabilidade, no entanto, estar ali frente a frente com o jogo a história era outra. Rico em detalhe, muito fluído e recheado de ação, o tempo que passei com o jogo voou. Tinha ali um jogo bem mais cinemático quando comparado com os jogos anteriores, houve várias cutscenes que dei skip, pois o meu foco era mesmo experimentar a jogabilidade durante o evento. A seu tempo darei a atenção merecida ao jogo, assim que tiver o produto final nas mãos.
Como disse, no evento queria mesmo era experimentar a jogabilidade, sentir a ação e experimentar o novo esquema de controlo em que transformamos o Joy-Con 2 num rato, como se estivéssemos a jogar no PC. A experiência foi muito, muito positiva, agora não quero outra coisa! Sem grande dificuldade peguei no comando, coloquei-o de lado e estava a jogar Metroid como um first-person shooter no PC, sem quaisquer dificuldades e, mais importante ainda, muito confortável! Mesmo em momentos de ação frenética, sem qualquer tutorial ou preparação estava naturalmente a jogar sem nenhuma dificuldade, algo que o próprio responsável da Nintendo ao meu lado reagiu com bastante surpresa. Até os botões do Joy-Con 2 estavam bem colocados para, com o polegar, usá-los sem grandes entraves.
Se a Nintendo Switch teve o seu momento "mágico" em que tiramos a consola da dock e estamos logo a jogar em modo portátil, algo semelhante aconteceu quando jogava Metroid Prime 4: Beyond. Pegar simplesmente no Joy-Con 2 e colocá-lo na posição normal, o esquema de controlos mudava para o tradicional que já conhecemos, sem nenhum loading, sem nenhum menu a perguntar se queremos mudar os controlos. Não estou a ver algum momento em que possa estar constantemente a alternar entre esquemas de controlo, mas, a naturalidade como tudo aconteceu foi excelente!
Ainda enfrentei muitos inimigos, explorei o que parecia uma base num local remoto, respondi à ação com imensos tiros e os tradicionais movimentos com a Samus. Fixar a câmara numa posição enquanto atingia os inimigos certos ou nos pontos certos foi gratificante, enquanto me desviava de ataques e ao próprio terreno, tudo isto sem quaisquer dificuldades. Só queria ter podido explorar mais, ler os detalhes do cenário com atenção (algo que a série Metroid Prime nos habituou), mas… o tempo era pouco e havia muitos jogos a experimentar. Fiquei com fome de mais, anseio agora pelo seu lançamento.
Terminando, o que me chateia agora com Metroid Prime 4: Beyond é ter de esperar não sei quanto tempo para poder, finalmente, jogar a nova aventura da Samus. Sempre fui mais fã dos Metroid clássicos, ao estilo metroidvania como Metroid Dread, ainda assim há muito que anseio por um novo capítulo na saga Prime (ou até mesmo lançarem o segundo e terceiro jogo para a Nintendo Switch), pois mesmo não sendo o maior fã do género first-person shooter, o modo como colocaram o sentimento de aventura e exploração no género deixa-me feliz.
Mario Kart World pode ter sido o meu destaque do evento que apresentou devidamente a Nintendo Switch 2 ao mundo, mas, Metroid Prime 4: Beyond deixou-me com imensa vontade de o jogar já, sendo que conto os dias pelo seu lançamento há muito aguardado!