Drag x Drive: primeiras impressões no evento de apresentação em Paris


Recordam-se de ARMS? O curioso jogo de porrada que acompanhoua janela de lançamento da Nintendo Switch na altura deu que falar, embora que com o tempo tenha ficado cada vez mais esquecido, o que não impediu de ter a sua representação em Super Smash Bros. Ultimate. Foi um título curioso, parece pegar em Punch-Out!!, agora com um twist competitivo e que tirava partido dos Joy-Con e os controlos por movimento. É impossível olhar para Drag x Drive e não ver aqui um paralelismo com ARMS, até porque também tira partido de uma nova funcionalidade nos controlos da Nintendo Switch 2, onde tive oportunidade de o experimentar.

É normal olhar para o esquema de controlos em que usamos o Joy-Con 2 como um rato e pensar nos imensos jogos de estratégia ou FPS que jogamos no PC, com a configuração teclado e rato. Drag x Drive olhou para o esquema de controlos e pensou "não, vamos fazer uma coisa diferente, com a mesma tecnologia" e aí é que me surgiram todas as comparações com ARMS: um novo IP lançado pela Nintendo, que usa um gimmick dos controlos que acompanha a nova consola.


Admito já que nunca fui o maior fã de Rocket League e foi-me difícil não fazer a associação, ainda assim, estava curioso como iria funcionar o jogo andando ali a arrastar e deslizar os comandos na mesa, acompanhados dos lançamentos da bola e alguns truques pelo meio. Embora cético, os controlos de movimentos em que deslizamos os Joy-Con 2 funcionaram na perfeição, conseguia ter um controlo perfeito dos movimentos, onde mover o comando direito fazia-me mexer a personagem para a esquerda. Foi-me natural, parecia que estava a controlar um barco o que talvez não é a melhor referência… mas, foi o que me passou na cabeça na altura.

Um jogo simples, divertiu-me bastante, mas, ainda assim não consegui ficar muito entusiasmado. O gimmick dos controlos é giro, no entanto ali, não via muito conteúdo que podia estar limitado à versão de demonstração, onde espero encontrar mais sumo no produto final, para não parecer apenas uma tech demo. Mesmo o esquema de controlos tornou-se um pouco cansativo, por muito que funcionassem na perfeição isto de estar sempre a mover a personagem, levantar o comando para encestar e ainda sacar de uns truques pelo meio… digamos que houve ali momentos em que me atrapalhei e passados uns minutos estava algo cansado.


Ainda assim, a experiência foi positiva e preciso de mergulhar no jogo em si, pois fiquei curioso com o que virá com este jogo. Nunca pensei ter um jogo sobre Basquetebol em cadeira de rodas, um desporto com presença nos Jogos Paralímpicos onde ainda verão passado aconteceu precisamente em Paris, uma competição que pode não ter o destaque dos Jogos Olímpicos e por muitas vezes é ignorada (ou esquecida), embora aconteçam sempre pouco depois. É um desporto a ser representado nos videojogos, usando bem um gimmick da consola e pode muito bem vir a ser um título como ARMS, a ter o seu devido destaque.

Aguardo, agora, por poder meter as mãos ao jogo, sabendo que será um título a jogar na secretária como se estivesse a jogar outro jogo para PC. Não sei se será um jogo para longas sessões, atentendo todos os movimentos necessários para jogar… mas, talvez isto seja sinal que estou a precisar de exercitar-me um pouco!

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