Bionic Bay
Se perguntarmos à malta que está agora nos seus 30/40 anos sobre quais foram os primeiros videojogos que jogaram na vida, a resposta (quase sempre!) vai ser um qualquer platformer da Nintendo ou da SEGA onde se davam destaque às suas "mascotes". Um género de jogo que é indissociável àquela que foi a era dourada dos videojogos. Traziam desafio, divertimento, puzzles divertidos sem que para isso tivemos que ver um trailer de apresentação para que nos fosse explicado qual o contexto ou o porquê de querermos estar ali. Jogávamos por era divertido e isso bastava!
Bionic Bay faz lembrar um pouco esse espírito... Não é preciso saber bem como fomos ali parar, interessa é saber o que vamos fazer a partir daquele momento e a partir daí é como se alguém metesse aquele meme do Woody And Buzz Lightyear do Toy Story a dizer; "Gameplay... Gameplay Everywhere!"
Nem sequer dá para fazer um resumo da história porque ela já se apresenta bastante resumida. Um cientista (ou com ar disso!) carrega no botão de máquina maquiavélica e ela explode. Ele acorda no meio dos escombros e pronto... venha daí esse submundo cheio de coisas que nos matam se nós não dermos corda às sapatilhas aka carregarmos nos botões do comando com destreza suficiente!
Nem sequer dá para fazer um resumo da história porque ela já se apresenta bastante resumida. Um cientista (ou com ar disso!) carrega no botão de máquina maquiavélica e ela explode. Ele acorda no meio dos escombros e pronto... venha daí esse submundo cheio de coisas que nos matam se nós não dermos corda às sapatilhas aka carregarmos nos botões do comando com destreza suficiente!
Visualmente os predicados deste jogo são bastantes competentes e nota-se que houve um cuidado especial no campo da imersão. Cenários bem desenhados, uma construção de mundo fantástica e uma simplicidade sonora onde a ausência de banda sonora acrescenta muito em termos de ambiente dando destaque aos elementos sonoros da ambiente onde estamos.
Ao longo do jogo, vamos adquirindo várias habilidades que ajudarão a ultrapassar os vários obstáculos, tais como trocar objetos de lugar ou fazê-los explodir, alterar a gravidade ou até mesmo desacelerar o tempo. Podemos usá-los isoladamente ou combinados conforme a dificuldade do puzzle que temos pela frente. A progressão é satisfatória, mas chega a um certo ponto onde parece que já estamos sempre a fazer a mesma coisa e a repetição acaba por atropelar um pouco o divertimento e a sensação de descoberta. Nada de muito excessivo, mas, no entanto, fico com a sensação de que o tempo de jogo ideal deste Bionic Bay não seriam as 9 ou 10 horas que tem.
Sempre suave e sem quebras, trata-se de um jogo bem otimizado e que corre a uma taxa de frames bem generosa, o que ajuda a que a jogabilidade esteja sempre responsiva.
Para surpresa minha (ou se calhar até não), este jogo tem uma componente online multiplayer onde podemos competir com o resto dos jogadores e comunidade. Desbloqueado após passarmos alguns níveis da história principal, este modo apresenta aos jogadores mais competitivos níveis onde fazemos "speedruns" e tentamos bater os tempos de outras pessoas que aparecem em forma de "fantasmas" a fazerem a sua própria tentativa de modo a tornar a coisa mais competitiva.
O tempo que passei a jogar Bionic Bay foi muito bem passado. Com uma jogabilidade muito cinética, um ambiente visual e sonoro muito próprio e imersivo, este jogo justifica plenamente a sua existência e a sua recomendação é bastante fácil de dar, principalmente a quem é fã de jogos de plataformas e de desafios. Raros são os momentos de pouca ativação motora, ativação essa que é sempre muito satisfatória graças à precisão dos movimentos e a uma construção de mundo que incentiva à mesma.
O que acaba por deixar um pouco a desejar é a repetição exagerada, quer ao nível mecânico, quer ao nível visual que faz com que progressão se torne um pouco fastidiosa do meio do jogo para a frente.
Bionic Bay saiu no dia 17 de abril de 2025 para PS5 e PC (Steam e Epic Store).
Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PC, gentilmente cedido pela Cosmocover.