Monster Energy Supercross 25


A última vez que joguei um jogo da série foi em 2021 para análise aqui no Meus Jogos, recordo-me de ter gostado, mas verdade seja dita, nunca foi um desporto do qual tivesse grande conhecimento. Assim sendo, foquei-me na jogabilidade e na experiência que o jogo providenciou, acabando por ser positivo.
Agora com o Monster Energy Supercross 25 houve novamente um clique positivo, comecei novamente a apreciar o género e passei um bom tempo a jogar e a divertir-me mais do que esperava. No entanto, consegui detetar que algo mais podia ser feito e isto apenas referente aos modos de jogo. Assim que começamos, não há um tutorial ou modos de jogo como, por exemplo, o MLB 25 no qual existe um tutorial extenso e com formas de jogar para aqueles que não são muitos adeptos do género terem uma oportunidade de vir a gostar e até começarem a ser fãs, coisa que podiam ter apresentado logo no menu.


O jogador pode evidentemente começar uma partida rápida e testar os controlos, o problema é que provavelmente terá uma dificuldade extrema tal como aconteceu comigo, em conseguir terminar uma corrida sem uma queda e ficar para trás na classificação. Por isso mesmo, escolher a opção de praticar é sem dúvida o mais sensato a fazer.

Pratiquei muito até ganhar jeito em manobrar a mota, até apanhar o jeito e perceber onde e quando acelerar e travar, o controlo está realista e isso é desafiante. No entanto, um jogador que queira algo mais arcade não vai conseguir obter essa experiência aqui, isto é para jogadores com interesse no realismo e no desafio.


Depois de jogar com um piloto famoso, decidi começar a minha carreira com um avatar meu e aí sim, a experiência foi espetacular! É sem dúvida alguma o modo mais interessante, mas também podia estar tão mais completo que ficou um sabor meio amargo. Aqui só vão puder contar com elementos básicos de uma carreira de um piloto profissional, uns patrocínios, eventos e pouco mais, nada de muito complexo ou grande interesse como sucede em jogos como o WRC, por exemplo, curiosamente dos mesmo responsáveis da Milestone. A carreira tem de facto os seus altos e baixos, mas é no fundo, o melhor sítio para aprender a jogar.

Além do modo carreira, há poucos modos disponíveis, o split screen para jogarem com um amigo no sofá, o típico modo online e que infelizmente tentei duas vezes jogar e por alguma razão nessas duas tentativas não tive ninguém numa sessão para jogar. Há o modo campeonato que já referi anteriormente, o de corridas rápidas e um modo onde podem e devem praticar tal como um outro modo que está sempre presente em todos os jogos de corridas, o Time Attack. Portanto, nada de inovador nem de grande interesse exceto o modo carreira que de facto é bastante interessante.


Gostei de detalhes que o jogo oferece, mas nem tudo está especial como por exemplo, o público à volta nos pavilhões não gritam pelos pilotos nem há qualquer interação, o que é uma pena. Por outro lado é bom ver quando chove e a pista está lamacenta, onde os pormenores da lama a saltarem para a câmara e a dificuldade em controlar a mota dificulta sempre, simulando as corridas reais. De referir também que a inteligência artificial está, na minha opinião, bastante boa, isto porque também tem a sua dificuldade em manter-se na pista, também tem acidentes e faz de tudo para estar na frente.

Com o tempo, creio que os jogadores até vão dar valor e apreciar o jogo, é preciso tempo para habituar aos controlos, pois realmente exige paciência, acabando por ser gratificante e valer a pena a sua aprendizagem. Gostei mais do que esperava mas a limitação nos modos não é algo que me tenha agradado!


Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 5, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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