Dead or Alive 6


A Team Ninja está de volta aos jogos de luta com a sua carismática série Dead or Alive.

Era eu uma criança inocente quando joguei pela primeira vez o Dead or Alive na primeira PlayStation. Embora na minha cabeça, naquela altura, só houvesse espaço para a palavra Tekken, sempre gostei do género e assim comecei a explorar outros fighters.

Dead or Alive sempre teve uma jogabilidade diferente da de Tekken, talvez se assemelhe mais a um Virtua Fighter, na verdade. Mas o que sempre se destacou na série Dead or Alive foram as suas meninas que, com os seus atributos, logo chamaram a atenção dos rapazes - a franchise ficou famosa por isso mesmo, lançando uns anos mais tarde um jogo em que as protagonistas dos jogos da série jogavam Volleyball de praia com os seus biquínis justos...

Ao longo do tempo, acabei por jogar quase todos os títulos da franchise. Um que gostei imenso foi o da Nintendo 3DS de nome Dimensions pois, embora fosse o mais fácil, permitia jogar Dead or Alive a 60fps onde quer que fosse. O último que joguei foi o 5, onde fomos apresentados a personagens como o Rig e Mila. Dito isto, vamos então ver que tal este novo Dead or Alive 6.


Personagens da velha guarda fazem o seu regresso óbvio, a nossa bela e amada Kasumi, Bayman e Bass juntamente com a filha Tina, tal como as personagens mais recentes Eliot, Brad Wong e o famoso ninja Hayabusa da série Ninja Gaiden.

Por falar nas personagens, o modo história deste jogo, tal como em qualquer outro fighter, é apenas um pretexto para se ter algum conteúdo. Nada de relevante, mas ainda assim é uma forma de inserir personagens novas e dar-lhes algum contexto, ou até mesmo apresentar as antigas a jogadores que vão dar o seu primeiro passo (neste caso soco e pontapé) em Dead or Alive. Neste modo Story, o jogador terá de ir jogando com as diferentes personagens de forma a desbloquear os capítulos que no fim se interligam, para ver o final com cada uma das personagens. Por vezes, para avançar, é necessário obrigatoriamente passar capítulos com outras personagens para que se possa progredir até ao final de uma personagem.

Passando para outros modos existentes neste título, temos o DOA Quest, que consiste em várias missões por assim dizer. O jogador tem de eliminar o adversário conforme o que lhe é pedido. Quantos mais objetivos atingir, mais pontuação obterá. Se para passar chega derrotar o adversário, para obter as 3 estrelas (pontuação máxima), o jogador terá de cumprir com outros objetivos exigidos tais como por exemplo atingir o adversário com um combo de 5 ataques e arremessar o adversário 3 vezes no mesmo round. Estes são apenas exemplos, pois as missões são exigentes e este modo serve para os veteranos demonstrarem aquilo que realmente valem.

Durante o período de análise, o modo online já estava disponível para testar e, do tempo que joguei, não tive qualquer problema de conexão. Não posso afirmar se após o seu lançamento as coisas possam ou não complicar, mas parece que não haverá qualquer razão de queixa. O modo online disponibilizava apenas o modo Ranking, mas a atualização de hoje, dia de lançamento, irá incluir novos modos como o modo Throwdown Challenge que tem como função convidar os amigos/colegas para umas partidas. Alguns dos outros modos disponíveis com a atualização são o Lobby Match, o Re-Match no modo Ranking, funcionalidades que não foi possível testar para esta análise mas certamente serão apreciadas.


Para qualquer jogador que se aventure pela primeira vez a jogar DOA, aconselho vivamente a jogar o modo treino disponível a partir do menu principal. Aqui estão ao dispor os modos Free Training, Tutorial, Command Training e Combo Challenge. Vale a pena para que o jogador se habitue bem aos comandos, pois diferem imenso em relação a outros jogos de luta muito populares como Street Fighter e Tekken.

Para jogar no sofá, nada como entrar no modo Fight, que está dividido em 4 modos, o Versus, Arcade, Time Attack e Survival, nada que não esteja em qualquer outro jogo do género disponível.

Já o DOA Central permite o jogador a explorar o vestuário de cada uma das 26 personagens disponíveis, assim como comprar óculos e penteados para as suas personagens. Quanto às roupas, só podem ser obtidas através de objetivos que o jogador terá de atingir. Por exemplo, finalizar com Kasumi o modo arcade para obter o fato X, finalizar uma partida online para obter a cor Y, por aí adiante.

O Database, é tal como o nome indica, uma base de dados com todos os registos que o jogador pretender espreitar, horas de jogo, quantas vezes foi utilizada cada personagem, todo esse tipo de informação encontra-se nesta secção. Já o modo Theater serve para observar os replays gravados manualmente ou automaticamente. Já em Music, que poderia estar associado ao Theater, serve para escutar as músicas das personagens e até se o jogador quiser alterar alguma, substituindo músicas para cada nível e personagem. Por fim, o modo Library, é onde fica o DOA Encyclopedia e o Trivia. Sendo uma enciclopédia, é aqui que está a informação de todas as personagens de DOA. Porém, esta informação terá de ser desbloqueada conforme o jogador vai jogando e cumprindo com os objetivos.


A novidade neste sexto capítulo é o Fatal Rush, que se trata de uma sucessão de golpes com um golpe final poderoso que tira uma percentagem razoável da barra de saúde do adversário e conta com uma cinemática incrível. Por falar naquilo que realmente está incrível em DOA 6, não diria propriamente os gráficos pois há outros do género que ainda me conseguem impressionar mais. No entanto, DOA 6 conta com sangue que está bem visível nos golpes mais poderosos, pormenores como o cablo desprender-se, óculos a voar, isto acontece quando o Fatal Rush é exectuado e as imagens são incríveis, principalmente o suor das personagens, algo impressionante. É mesmo possível assistir no festejo vitorioso, ou seja, no fim de cada luta, o personagem coberto de gotas de suor a escorrerem pelo rosto e todo o seu corpo, um detalhe extraordinariamente incrível.

Dead or Alive 6 é mais um capítulo na franchise, não é propriamente revolucionário, é para os fãs mais um grande capítulo para atirar os adversários contra cenários destrutíveis aos quais a série já nos habituou. Tudo isto com uma jogabilidade sólida e uns visuais bastante apelativos.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em codigo final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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