Code: Realize - Guardian of Rebirth


Desenvolvido pela Idea Factory e publicado pela Aksys Games, Code: Realize Guardian of Rebirth é uma das mais recentes propostas para a Switch, no que a Otome Visual Novels diz respeito.
Um port de um jogo já lançado em 2015 para outras plataformas, Code transporta-nos para uma versão steampunk de Londres do século XVIII.

 A história coloca o jogador no papel de Cardia, uma jovem que se debate com uma estranha doença que a torna mortífera ao toque e que a faz resguardar-se de todo e qualquer contacto numa bela mansão vitoriana desprovida de vida (um tema com o qual muitos de nós nos podemos relaccionar nos tenebrosos tempos actuais). A isso juntam-se a presença de umas estranhas jóias incrustados no peito de Cardia. Estas funcionam efectivamente como um coração exterior, que mantem a jovem viva.


Contudo, e como seria de esperar, o seu confinamento voluntário e a natureza estranha da sua doença fazem com que Cardia se torne o alvo dos medos de aldeões e soldados.

Agora um alvo a abater (qual monstro), Cardia é felizmente salva pela chegada atempada daquele que será um dos primeiros companheiros masculinos que ela terá no jogo, uma versão alternativa do famoso ladrão Arséne Lupin. Os outros são o médico Victor Frankenstein, o mecânico Impey Barbicane, o conde Saint-Germain e o caçador Abraham Van Helsing. Todos eles figuras conhecidas da cultura popular mundial.

Embora, a história principal incida em Arséne, que tenta reunir Cardia com o pai desta, é possível ao jogador alcançar outros finais, que não o canónico, uma vez que podemos optar por seguir um dos outros quatro homens. A forma de o fazer passa por responder a simples questões que nos irão surgir durante os capítulos. A nossa resposta a estas irá determinar não só o percurso escolhido, mas também um potencial game over (se for uma resposta que não nos permita avançar a história de outra maneira).


Sem inimigos per se ou puzzles para resolver nos seus treze capítulos, Code tem um gameplay bastante simplista e reduzido. A isso junta-se ainda o facto de termos que ter conseguido atingir os fins com os outros quatro personagens antes de nos ser dada a possibilidade de ver o fim "verdadeiro", o do Lupin.

A arte é simples, mas interessante, com uma boa mescla de estilo vitoriano e cultura steampunk. A música é adequada, embora não seja nada que fique no ouvido depois de terminarmos esta jornada de cerca de dez horas.

Não fossem as personagens serem moldadas em figuras conhecidas e a possibilidade de fazer auto-skip sempre que tenhamos um game over e esta seria uma experiência bastante tediosa devido ao pouquíssimo gameplay e fraca narrativa.

Existem melhores opcções neste género.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Aksys Games.

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