Metal Wolf Chaos XD


Pois bem, após 15 anos do lançamento original, Metal Wolf Chaos chegou à nova geração, mas a única diferença desta versão "XD" é estar em Full HD. Infelizmente, o resultado é um jogo extremamente datado, básico e medíocre, mas vejamos porquê.

Infelizmente, isto é simplesmente algo que não é jogável nos dias de hoje. Metal Wolf Chaos é, como o último nome do jogo indica, um Caos, a todos os níveis. Caos porque o jogo envolve um mecha que terá apenas de causar a destruição pela América do Norte, destruindo hordas de militares, apaches e tanques de guerra e, o jogo é apenas isto.

Jogamos com o Presidente dos Estados Unidos da América, que controla um Mecha tipicamente japonês e salta da varanda principal da famosa Casa Branca. O jogador toma controlo e sem qualquer tutorial, tem de rapidamente destruir dezenas de tropas que invadem o local sem qualquer explicação. Logo aí, a jogabilidade é uma piada, não se entende como se troca de arma e nem as funções do Mecha são devidamente explicadas, o que fez com que eu tentasse desvendar os botões em que premir enquanto o inimigo atacava à força toda e eu disparava infinitamente para tudo o que se movia enquanto tentava saber o que fazer sem me mover do sítio de onde me encontrava.

Após eliminar umas dezenas de inimigos eis que surge um objetivo seguinte, fugir do local onde me encontrava para um túnel subterrâneo que me levará a um Jumbo e, nele, fugir de toda a confusão.


O grafismo é o típico da geração PS2 mas primordial, pelo que fica horrendo jogar numa PS4 com estes visuais. Quanto à história, embora seja preciso ter noção que tudo foi feito com o propósito de ser absurdo, já a minha mãe dizia “o que é demais, também é erro”, citação que exemplifica perfeitamente Metal Wolf Chaos. Os diálogos são idiotas, mas quem gosta deste género de humor vai sentir-se totalmente em casa. Pior que estes pormenores são as cutscenes. Se durante o jogo temos o volume relativamente alto, nas cutscenes as colunas podem explodir literalmente, os níveis de equalização de som são fatais, tendo-se que alterar constantemente o volume da TV para não acordar vizinhos, simplesmente ridículo.

O jogo não conta com níveis lineares, tendo apenas que ultrapassar o primeiro nível e depois alguns níveis que podem ser jogados de forma aleatória com missões que rondam sempre o mesmo, destruir algo. O jogo é curto mas pode até tornar-se complicado, embora seja apenas disparar, esquivar e disparar. Falando em esquivar, o Mecha está equipado com propulsores para evitar danos esquivando assim de ataques dos inimigos, coisa que não está propriamente eficiente visto que o jogador irá de qualquer das formas sofrer danos.

Para equipar o Mecha, o jogador terá de efetuar upgrades com o ouro que recolher na destruição dos inimigos. Aí pode investir igualmente em armamento bélico para ter o maior poderio possível para executar qualquer missão com mais facilidade, tornando o Mecha quase invencível. No entanto se o jogador perde a qualquer momento do nível em que joga, é Game Over, por isso os checkpoints estão excluídos.


Isto é um jogo que envelheceu e é praticamente impossível de se jogar nos dias de hoje, até porque não há nada para fazer após terminar o jogo a não ser repetir os níveis. Talvez o mais engraçado é ser minimamente fluído sem quebras de frame. Um jogo que não tem qualquer interesse e que poderá servir apenas para umas gargalhadas do quão ridículo que é.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Cosmocover.

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