Vem aí o primeiro smartphone para gaming da ASUS


Chama-se ROG Phone e foi ontem apresentado na Comic Con Portugal, o primeiro smartphone para gaming da ASUS que tem data de lançamento prevista para outubro.

Para além de ostentar a marca Republic of Gamers, a popular linha de produtos para jogadores da ASUS, este smartphone é um verdadeiro topo de gama, com um processador Qualcomm Snapdragon 845 com 2.96GHz e um magnífico ecrã AMOLED HDR com uma taxa de refrescamento de 90Hz. A grande surpresa, porém, está na grande quantidade de acessórios que oferecem novas possibilidades.


Durante a apresentação, André Gonçalves da ASUS apresentou com detalhe todos os pormenores que fazem deste um telefone ideal para videojogos, desde o processador ao sistema de arrefecimento passivo, que poderá ser complementado com o AeroActive Cooler, um acessório com sistema de arrefecimento ativo para manter o dispositivo a baixa temperatura mesmo durante longas sessões de jogo.

Um pormenor interessante é o modo X, que pode ser ativado com um toque nas laterais do dispositivo e melhora o desempenho para jogos. No modo X, toda a RAM de background é libertada, o processamento de dados é otimizado e até a eficiência do AeroActive Cooler é maximizada. Com uma lista personalizável de jogos e aplicações, este modo irá também prevenir o consumo da RAM e o esgotamento da bateria.

O ecrã AMOLED, como foi possível constatar com o telefone nas mãos no final da apresentação, é realmente incrível. Além da taxa de atualização de 90Hz e resposta de 1ms, conta com uma gama de cores impressionante com visuais HDR e um elevado contraste. Mesmo com um jogo simples de corridas como Asphalt 9, as cores saltavam imediatamente à vista.

Outras funcionalidades que se destacam neste ROG Phone são os "botões" AirTrigger, sensores sónicos nas laterais do dispositivo que funcionam como gatilhos de um comando de videojogos e são completamente programáveis para fazer qualquer acção no ecrã. Sendo um ROG, não poderia faltar a iluminação do logótipo, que conta com o sistema ASUS Aura RGB e pode exibir um arco-íris de esquemas de luz, desde o estático ao famoso ciclo de cores, que podem ser acionados com ações do telemóvel personalizáveis. Finalmente, a bateria, que conta com uma capacidade de 4000mAh para um maior número de horas de jogo.


Já menos impressionante foi a gama de periféricos criados para este smartphone, todos de utilização opcional e vendidos em separado. O primeiro, talvez o melhor deles todos, é uma docking station chamada Mobile Desktop, que permite ligar o ROG Phone a um monitor 4K UHD externo, ao rato e ao teclado, além de poder ser usado como um ecrã auxiliar, ligado com fios a uma LAN gigabit e um sistema de som surround de 5.1-canais através da saída SPDIF. Foi também apresentada uma versão compacta desta dock que, embora já não sirva de suporte para o telefone, oferece na mesma as restantes funcionalidades.

Já a WiGig é uma doca diferente (sim, já são três ao todo), que se liga por Wi-Fi ao ROG Phone e fica ligada à TV, replicando a imagem no ecrã. Na demonstração feita no stand da Comic Con, porém, a imagem da TV ficava bastante aquém da obtida no smartphone, possivelmente devido a algum upscale. O controlador Gamevice oferece uma série de botões físicos que podem ser bastante úteis, mesmo não sendo esteticamente o comando mais apelativo. Esta é uma peça única que se encaixa no telefone e faz, de certo modo, lembrar a consola Nintendo Switch.

Finalmente, o mais estranho e inesperado de todos os periféricos, o TwinView transforma o ROG Phone numa consola de ecrã duplo, à semelhança da Nintendo 3DS, dando-lhe um segundo ecrã AMOLED de 6 polegadas (2160x1080) e uma bateria adicional de 6000mAh. Os ecrãs podem ser utilizados em simultâneo por videojogos compatíveis ou em separado, como por exemplo ter o jogo aberto num ecrã e uma plataforma de streaming no outro para facilitar a interação com os espectadores. Uma ideia interessante, mas com uma execução que deixa algo a desejar, sendo um acessório bastante pesado e com o centro de gravidade no ecrã superior, pelo que se irá tornar desconfortável ao fim de algum tempo de jogo. O mais estranho é esta "consola" não oferecer botões além de dois gatilhos (substituindo os AirTrigger) nem ser compatível com o acessório Gamevice.

   

Ideias interessantes, sem dúvida, mas fica a impressão que os criadores tentaram apontar para todas as direções e não acertaram exatamente em nenhuma, exceto talvez a docking station Mobile Desktop. Uma pena, então, que estes produtos tenham desviado a atenção para uma coisa que é uma realidade, o ROG Phone por si só é uma máquina bastante impressionante e com especificações de topo de gama, feito a pensar nos jogadores.

Se a ideia de investir uma pequena fortuna num dispositivo para correr os jogos mobile atualmente disponíveis pode parecer pedir muito (na realidade ainda não se sabe o preço do ROG Phone, mas provavelmente não será barato), a verdade é que são avanços como o deste smartphone e outros rivais no mercado que irão abrir portas a jogos mais interessantes no futuro.

O ASUS ROG Phone vai estar disponível em Portugal no final de outubro.

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