Evnia 32M2N8900/00, um monitor gaming 4K UHD


Nos últimos tempos tenho andado à volta de alguns monitores da AGON by AOC, dos mais convencionais aos com ecrãs mais horizontais do que estou habituado. Em ambos os casos, o principal objetivo foi alimentar (e bem) os hábitos gamer que tenho, sempre que jogo PC. Ou não, que também utilizei-os bem como ecrã principal para jogar PlayStation 5 e mais recentemente Nintendo Switch 2, até porque têm melhor qualidade que a TV onde também jogo. Mas, recentemente virei-me para outro tipo de ecrãs como é o caso de mais um modelo da Evnia, da Philips.

Digo outros, se bem que desta vez não fugi muito, pois o Evnia 32M2N8900/00 da Philips é também um modelo a pensar no gaming, embora visualmente tenha um perfil mais discreto. Este é um monitor de grande formato com um ecrã 4K UHD e QD OLED, bem artilhado para umas belas sessões de jogo intensas sem grandes complicações. A imagem? Limpa, detalhada, bem assente numa moldura em tons claros, bem longe dos típicos plásticos pretos que são geralmente associados ao gaming.

Acompanhando bem a alta resolução, juntamente com o brilho e as cores possíveis do OLED, temos uma taxa de atualização nos 240 Hz, permitindo uma incrível fluidez, algo que tirei bom partido nos jogos que me foi possível. A jogar e não só, mesmo como ferramenta de trabalho a experiência foi fluída, marcante, pelo quão suave tudo se movia, contrastando bem com o ecrã do portátil, o meu posto de trabalho. Mas, vamos por partes.

Jogo de alto nível e desempenho

Começo por dizer que jogar Nintendo Switch 2, principalmente, foi incrível de usar este monitor! As cores vibrantes de jogos como Donkey Kong Bananza ou as partidas habituais de Mario Kart World, resultaram em horas muito bem passadas neste monitor. Mesmo recentemente jogar Pokémon Legends: Z-A neste monitor foi incrível, bem melhor que a experiência que tinha ao passar para a TV, com uma qualidade de brilho de imagem, tal como os contrastes bem notórios.

Experiência em muito semelhante ao que tive a jogar PlayStation 5, dos jogos mais realistas como Death Stranding, que vou jogando aos poucos, aos mais cartoonescos como recentemente foi com Once Upon a Katamari, este Evnia 4K UHD mostrou-me bem o porquê de ser um monitor gaming. Verdade que o tamanho do ecrã ajudou, e muito, pois 32 polegadas é uma dimensão que impõe bastante respeito, sendo que na distância a que está da minha cara, parecia que só tinha olhos para a ação no monitor.

O mesmo acontecia nas minhas habituais sessões de Final Fantasy XIV, a minha referência do costume, onde só tenho pena que o meu PC já comece a mostrar que precisa de uma atualização, já que para jogar a 4K devia dar o salto para uma placa gráfica melhor. Ainda assim as cores saltavam bem, mais do que a jogar PS5 ou Nintendo Switch 2, bem ajudado pela fluidez que conseguia atingir no PC, com alguns sacrifícios nos visuais. 

Há algumas brincadeiras possíveis, através do software presente na exploração dos menus do monitor. Melhoras ao nível de sombras no jogo, até mesmo uma pequena janela que podemos ativar para dar zoom em partes específicas do ecrã, o que pode ou não ser uma batota em jogos na primeira pessoa, mas… adiante!

Mas, nem tudo são jogos

Por muito que gostasse de poder passar mais tempo a jogar, o Evnia 32M2N8900/00 foi uma essencial ferramenta de trabalho! Para quem passou anos a dizer que "QHD é mais que o suficiente para trabalhar", após usar 4K e, principalmente depois de uns bons tempos com este monitor, não me vejo a voltar para uma resolução menor. Aqui tenho muito mais área de trabalho e, em ponto algum, a definição sofreu quaisquer sacrifícios, tendo sempre uma imagem nítida e legível e, acima de tudo, brilhante.

É um monitor que sabe bem cuidar de si, alertava-me quando passava horas a mais com ele ligado, para uns breves minutos de repouso para não estragar o ecrã, o que a trabalhar até era bem-vindo, mas, a jogar fez-me pensar "oh, não, agora não", mas lá cedia. No entanto, algo que tenho reparado a usar monitores de grandes dimensões é o quanto aqueciam, sentindo mesmo o calor na cara, o que não aconteceu tanto neste. Sim, aquecia como qualquer outro dispositivo eletrónico, mas nunca me incomodou.

O mesmo não posso dizer de ajustar manualmente o monitor, da altura à inclinação, tive algumas dificuldades por o sentir algo perro, ao que optei depois por não mexer muito assim que encontrei a posição ideal. 

Os visuais importam, mesmo além do ecrã

Das coisas que mais gostei neste Evnia foi o seu perfil discreto, com tons claros em todos os detalhes, da moldura a tudo o que era cabo. Talvez por ter um setup predominantemente branco ajudou imenso, após anos habituados a usar ecrãs em tons mais escuros. O perfil é subtil, mas apesar de tudo é robusto, com uma boa base sólida e ampla que não me ocupou assim tanto espaço, perfeito para ter espaço para o meu teclado (para o meu PC dedicado ao gaming) ao mesmo tempo que tinha o meu de trabalho. Isto com um segundo monitor ao lado e ainda o portátil. Em ponto algum senti ter um "monstro" na secretária, apesar das grandes dimensões eu o seu peso considerável. 

Talvez seja os tons claros do monitor, mas pela primeira vez notei ter as luzes traseiras a refletir perfeitamente as cores presentes no ecrã, através do Ambiglow melhorado com IA, dando uma boa experiência a jogar, principalmente naqueles jogos mais escuros que, quando tinha um ou outro apontamento de luz, ele era destacado com a projeção na parede atrás do monitor. Certo, não sou o maior fã destes jogos de luz, mas desta vez até gostei. Claro que nem sempre corria bem, tinha jogos que apesar dos tons mais escuros, havia sempre uma luz presente que surgia sei lá de onde, mas não foi assim tão frequente.

Mesmo o menu integrado no monitor, através do joystick na parte traseira e na direita rapidamente nos deixa personalizar o ecrã, alternando para diferentes contextos de trabalho, lazer ou jogo, entre diferentes tipos de jogo, daqueles que nos levam em aventuras mais detalhadas aos jogos mais competitivos, que exigem melhor performance. Contudo, o menu pecou pela sua definição, com um texto estranho e, por vezes, o menu era difícil de ler, dependendo do fundo.


Aquelas especificações do costume

Este é um monitor artilhado com tudo o que é de bom, e habitual de encontrar em monitores de gamas mais altas. A resolução 4K UHD UltraClear (3840 por 2160) são termos técnicos para dizer que temos aqui uma resolução bem alta, seja para jogos, como para o trabalho ou até como ecrã para ver as nossas séries favoritas, isto caso gostem que a vossa secretária seja o sítio onde fazem tudo. Resolução esta bem acompanhada não só pelo OLED QD para cores mais notórias e imagens vibrantes, como também pelo DisplayHDR TrueBlack 400 com tons de branco e preto absolutos notórios, perfeito para os nossos jogos.

Não só a imagem como o som, aqui com áudio melhorado através do DTS Sound que otimiza (e bem) a reprodução de tudo o que é música, passando pelos sons dos nossos jogos ou tudo o que assistimos nos filmes. Apesar de ser fã de consumir tudo através de headphones, por várias vezes usei as colunas deste Evnia e, em ponto algum, senti uma mudança drástica na qualidade. Claro, não é tão envolvente como quando temos uns headphones a emitir diretamente para os nossos ouvidos, mas ainda assim o som reproduzido pelo monitor era envolvente.

De resto têm um rácio de contraste 1.500.000:1 e uma luminosidade de SDR: 250 nits (APL 100%) nit, HDR: 450 nit (APL 10%), HDR E/P: 1000 nit (APL 3%), isto para aqueles que procuram estes detalhes técnicos, mais importantes a nível de ferramenta de trabalho. Já para lazer ao nível de jogos, contem com G-SYNC e um ecrã antirreflexos, com melhoramento de imagem com SmartImage Game.

Quanto a entradas, têm aqui duas entradas HDMI 2.1, uma DisplayPort 1.4. Vem com uma HUB USB com USB 3.2 Gen 1, 5 Gbps, uma USB-C upstream e duas USB-A downstram. Resumindo, várias entradas para ligarem o que vos apetecer ao monitor. Tem ainda compatibilidade Plug & Play tanto para Mac OS X como Windows 10 / 11.


Claro que, tudo isto tem um preço e os valores deste monitor são mais elevados, quando comparado com outros monitores, rondando os 900, 950 euros dependendo do retalhista. Ainda assim, está a par de outros monitores de gama semelhante, mas se procuram um monitor para estes valores, têm aqui uma boa proposta, com uma qualidade de imagem impressionante.

Terminando, passei um bom bocado com este Evnia 32M2N8900/00 da Philips, da qualidade da imagem ao detalhe da mesma, tanto enquanto jogava como a nível de trabalho. É um monitor gaming com tudo aquilo que procuramos, para ter o máximo de qualidade possível nos nossos jogos, para aqueles que procuram um produto com um aspeto mais sóbrio, profissional e menos tuning, por assim dizer. Tem um tamanho impressionante, mas sem nunca parecer exageradamente grande, questionando-me se gostaria de voltar atrás para monitores de menores dimensões, ou qualquer ecrã abaixo dos 4K.

Vantagens:

  • Ecrã OLED Ultra HD antirreflexo, com uma excelente taxa de refrescamento de 240 Hz;
  • Painel com excelente detalhe, definição e contraste, com diferentes ajustes para conteúdos diferentes;
  • Boa coluna de som incorporada, várias entradas de fácil acesso;


Desvantagens:

  • O preço elevado pode afastar muitos;
  • Ajustes de altura e ângulo algo difícieis de calibrar;
  • Menu do monitor deixa algora a desejar;

O Evnia 32M2N8900/00 da Philips está disponível nos retalhistas, com preço entre os 900,00 e 950,00 €.


Nota: Análise e teste do produto efetuado através do acesso ao mesmo, gentilmente cedido pela marca.

Latest in Sports