Análise AG326UD: 4K e OLED em todo o seu esplendor
Começando pelo monitor em si, este foi um monitor que encaixou perfeitamente na minha secretária, com o seu ecrã de 31.5 polegadas que dominou por completo o espaço, no bom sentido. É um ecrã que chama a atenção, que apesar do tamanho nunca senti que fosse demasiado, mesmo quando estando habituado a ecrãs de menores dimensões ou mais recentemente um ultra-wide. Foi fácil de montar, instalar e ligar tudo o que é cabo sem grande stress, com uma patilha que segura tudo o que era cabo ligado, apesar de preferir uma entrada mais dedicada, que aqui é compensada com uma base larga que permite o fácil acesso a tudo, sem grande estorvo.
A sua dimensão prima pela resolução 4K e um painel QD – OLED que brilhou assim que comecei a jogar tudo o quer era jogo que tinha aqui, e estava ansioso por experimentar. Certo que o salto na resolução fez com que o meu PC pedisse uma atualização de gráfica, embora continuasse a correr tudo sem grandes problemas, todos os jogos estavam bem vivos, detalhados e com cores vibrantes. Quanto às consolas, tudo o que era jogo que queria experimentar a 4K tornou-se uma boa experiência, tendo aqui um monitor com mais qualidade do que a TV onde tipicamente jogo, o que fez com que este AG326UD se tornasse no ecrã onde passei a jogar tudo.
Jogar tudo e mais alguma coisa neste monitor
O principal objetivo de usar o AG326UD foi, sem dúvida, os videojogos. A primeira experiência que tive a jogar Mario Kart World foi incrível, apesar do jogo não atingir os 4K que o ecrã oferece, as cores vibrantes e os visuais detalhados é algo que recomendo vivamente, principalmente após jogar The Legend of Zelda: Breath of the Wild – Nintendo Switch 2 Edition, fluído a 60 fps e nos 4K. Experiências como jogar The Last of Us Parte I nesta resolução tornou-se numa experiência absolutamente cinematográfica, detalhada e bem realista, embora aqui colocasse de lado a fluidez dos 60 fps. Mesmo jogos como Death Stranding e Cyberpunk 2077 com os seus visuais mais realistas brilharam neste ecrã.
Saltando para o PC, este é um monitor que nos oferece uma taxa de atualização máxima nos 165 Hz, perfeito para jogos mais competitivos que não são feitos a pensar nos visuais extremamente detalhados, mas que primam pela rápida reação e reflexos dos jogadores, que vão agradecer estas taxas de atualização mais elevadas. Uma fluidez apoiada pela tecnologia de sincronização (VRR) com Adaptive Sync que ajuda a chegar à taxa de atualização máxima.
Claro que saltar de uma resolução "2K" para os Ultra HD deste monitor levou-me a alguns compromissos nos detalhes visuais do jogo, mas, se tiverem uma gráfica de topo ou das mais recentes gerações não vão ter esta preocupação. Ainda assim conseguir uma excelente experiência com alguns jogos, dos mais recentes a outros com algumas décadas em cima, que também ganharam uma nova vida devido à maior resolução e o suporte HDR que, quando bem configurado, traz uma boa experiência.
Mas, nem tudo é brincadeira
Além do lazer o outro grande uso que tive para este monitor foi ser o meu posto de trabalho, que estando em formato híbrido passo mais tempo em casa e mais horas a usar o monitor como ferramenta laboral, do que para jogar. O salto na resolução deu-me mais área de trabalho, que devido às 31.5 polegadas não tive de aumentar muito o tamanho das coisas para ser legível, reduzindo o tamanho dos menus e dando destaque ao trabalho em si.
Embora este não seja um monitor pensado para o trabalho, mas sim videojogos, deu-me uma boa experiência sem ficar cansado ao fim de semanas intensas de trabalho. Sendo o Figma a minha principal ferramenta de trabalho, apesar das cores vibrantes do OLED nunca houve quaisquer problema ao nível de contraste, tendo uma imagem muito próxima do que "é suposto". A minha principal preocupação tornou-se fazer zoom sempre que partilhava o ecrã, pois apesar de eu ver tudo nitidamente o mesmo não se podia dizer através da partilha, uma dor que em nada tem a ver com o monitor em si, mas os hábitos de trabalhar remotamente.
Cinema na secretária
Embora não tenha grande hábito de consumir conteúdos multimédia, ainda assistir a alguns episódios de séries ou filmes neste monitor para ver a sua qualidade, algo que saí bastante satisfeito. Se há algo que notei com estes conteúdos que não foi tão notório a jogar foi o nível de preto e branco absolutos que o ecrã atinge, principalmente nas cenas mais escuras onde não tinha aqueles típicos tons de cinzento escuro ou esbotados que sentia, quando comparando com outros monitores ou TVs que usei.
Não senti que as colunas incorporadas no monitor dessem a qualidade devida para estes conteúdos, embora o som fosse nítido e limpo não chegava ao que estou habituado quando uso headphones onde o som é muito mais claro. Embora este não seria o meu suporte de eleição para consumir séries ou filmes, a imagem é extremamente boa e recomendo, muito pelo nível de contrastes, se tiverem conteúdos que tirem partido disso, claro.
O "bicho" em si
Equipado com uma hub USB incorporada de fácil acesso, ligar e desligar os cabos foi algo bastante prático, principalmente pelo fácil ajuste do monitor que ao mínimo esforço conseguia ajustá-lo, que apesar da sua facilidade ficava bastante fixo com qualquer alteração. São duas entradas HDMI 2.1, uma de DisplayPort 1.4, 3 slots USB 3.2 e uma saída de áudio Heaphone out (3.5 mm) para ligar tudo o que precisam, mais do que o suficiente para o meu uso entre vários dispositivos, ligados a este monitor. O software incorporado para os ajustes de imagem e som é bastante prático, dando por mim a alterar a configuração de imagem rapidamente, dependendo do tipo de conteúdo que estava a visualizar. Se há coisa que não tirei partido foram as luzes traseiras, que, honestamente, grande parte do tempo esquecia-me das mesmas.
É um monitor liso, não seguindo a tendência dos ecrãs curvos que por aí andam, que com os seus 80 cm de tamanho na diagonal chamam à atenção, embora rapidamente me "esquecia" do tamanho do mesmo. Um painel anti-reflexo que elimina por completo qualquer brilho exterior, nunca intereferindo com as minhas sessões de jogo por muita luz e brilhos que tivesse ao meu redor. Apesar das suas dimensões (717 por 420 cm) não foi um golias a ocupar-me a secretária, mesmo com um segundo monitor presente, sem precisar de grandes ajustes.
Todas estas especificações têm, também, um custo elevado associado, sendo que o PVP recomendado pelo fabricante nos 899 € é um valor bem alto para a maioria dos consumidores, apesar que já encontrem este monitor com valores menores. Não deixa de ser um produto premium, de muito alta qualidade e que oferece uma resposta de alto nível a quem procura algo mais topo de gama, oferecendo uma resolução 4K, os 165 Hz e um painel OLED.
Concluindo
Estando à procura de um monitor 4K e OLED para acompanhar o lançamento da Nintendo Switch 2, tive o monitor ideal para ter uma experiência incrível! Foi provavelmente a minha desculpa, sim, que serviu bem para ganhar todo um novo gosto em jogar vários títulos da PlayStation 5 que ganharam nova vida e, também, motivo para os jogar novamente agora com uma imagem ainda melhor.
O elevado custo pode ser facilmente motivo para muitos se afastarem, contudo, se procuram monitores de alta performance e gamas mais elevadas, têm aqui um excelente ecrã para consumirem tudo o que é conteúdo, preparado para videojogos, onde a resolução 4K e a taxa de atualização nos 120 Hz começa a ser cada vez mais um standard, embora que não encontrem jogos que usem ambas as coisas, pelo menos nas consolas. Já para jogos de alta competição, em PCs que aguentem, têm aqui os 165 Hz garantidos!
Terminando, sempre foi o estilo de consumidor que afirmava "os 2K são mais do que o suficiente para jogar no PC", o que em parte continua a ser verdade. Contudo, após estar habituado a consumir tudo em 4K agora, não me vejo retroceder para uma resolução inferior, principalmente numa altura em que são cada vez mais os videojogos a "pedir" a resolução Ultra HD, tanto nas consolas como no PC!
Vantagens:
- Fácil de montar, usar e ajustar, com muito fácil acesso às entradas;
- Ecrã OLED Ultra HD antirreflexo, com taxa de refrescamento de 165 Hz;
- Painel com excelente detalhe, definição e contraste, com diferentes ajustes para conteúdos diferentes;
Desvantagens:
- O preço elevado pode afastar muitos;
- Falta de ligação USB-C;
- Monitor não curvo pode ser atrativo para muitos;
O AG326UD UHD QD-OLED da AGON by AOC está disponível nos retalhistas, com PVP recomendado de 889,00 €.
Nota: Análise e teste do produto efetuado através do acesso ao mesmo, gentilmente cedido pela marca.