Ghost on the Shore


Ghost on the Shore é a mais recente criação da Like Charlie. Apresentado ao público no final do ano passado esta é uma aventura gráfica, point and click, jogada na primeira pessoa que vê o jogador assumir controlo de Riley, uma jovem em busca de uma nova vida para si própria e que se vê arrastada para uma aventura exploratória para a qual não estava de todo preparada.

Riley, que viajava a bordo da sua pequena embarcação pessoal, vê-se arrastada por uma terrível tempestade, para um conjunto de ilhas. As ilhas solitárias. Riley, cuja a experiência no alto mar não é muita, é guiada por uma voz na sua mente, a do fantasmagórico Josh, rumo a uma ancoragem bem sucedida no que resta de um dos caís daquilo que aparenta ser uma aldeia pescatória abandonada. Ora este será o ponto de partida para uma aventura que junta uma relutante Riley, em fuga do seu passado e tentando permanecer sã de mente, à figura incorpórea de Josh, um fantasma amnésico cujo passado está ligado às ilhas solitárias. 



Riley e Josh vagueiam pela ilha deserta, investigando as ruínas que encontram, recolhendo pistas (sejam elas no formato de áudio cassetes, cartas, diários ou fotos), fazendo esboços dos locais (no caso de Riley) e interagindo com os espíritos que ainda habitam estas paragens (descontando o  Josh, obviamente), aqui chamados de Will of the Wisps. Estes últimos surgem na forma de bolas de energia azulada, antes de assumirem uma forma mais humanoide. 

As ilhas são um paraíso de silêncio (não existe aqui muita banda sonora a acompanhar a aventura), com luxuriantes e densas florestas, uma antiga igreja completa com o seu próprio cemitério, praias de areia branca e água azul, caminhos rochosos, barcos encalhados e semi-submersos do início do século XX, uma pequena escola, entre muitas outras localizações. 

Ghost on the Shore não tem inimigos para defrontar ou perigos escondidos, sendo maioritariamente uma aventura mais ou menos linear de investigação, na qual nunca corremos o risco de nos perdermos uma vez que existe um trilho bem claro por onde devemos seguir. Contudo, isto não torna a aventura enfadonha ou pouco interessante, até porque o jogo dispõe de mais de um final. Os diferentes finais podem ser obtidos mediante as nossas interações com Josh e com os outros fantasmas no decurso das nossas conversas com eles. 



Um título que só peca por ser demasiado curto e apresentar pouco desafio, conseguindo ser, no entanto um conto de reflexão e descoberta bastante interessante. 

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para o Steam, gentilmente cedido pela Like Charlie.

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