Eiyuden Chronicle Rising


JRPG + SideScroller 2D = a este belo titulo! Eiyuden Chronicle Rising apresenta-se aos jogadores como a prequela do futuro titulo da mesma produtora Rabbit & Bear Studio em parceria com a Natsume Atari, Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes.

Começando com a análise em si, temos de avançar com toda a história que o jogador se irá deparar neste titulo, que está algo de fenomenal. O enredo desenrola-se seguindo os passos de um jovem escavador (ou mineiro como preferirem) de seu nome CJ e das suas aventuras na cidade de Nova Nevaeh, a qual tem sido o destino de vários aventureiros em busca de várias e generosas recompensas.

Após conhecermos Isha, a adolescente que é a presidente da câmara desta cidade, e Garoo um "homem" meio canguru, o nosso personagem resolve partir em aventuras tendo como objetivo a descoberta de um gigantesco tesouro e ajudar no desenvolvimento desta cidade e dos seus cidadãos.

Em termos de personagens cada um deles apresenta-se com a sua personalidade e formas de ser. Enquanto o CJ é o típico personagem e herói de RPG - simpático e familiar, enérgico, optimista e com um código moral bastante  forte - o que em contrapartida contrasta bastante bem com Isha e Garoo, pois estes são bastante pragmáticos e até um pouco cínicos. O que faz com que haja uma dinâmica bastante humorística dentro deste grupo.

Falando em dinâmica, podemos também dizer que todas as interações entre estes são na sua maioria é genuinamente divertidas, o que nos leva a que descobrirmos um mistério intrigante à medida que são forçadas a lidar com uma ruína antiga por baixo da cidade. Sendo que na grande maioria do tempo iremos utilizar estes personagens a realizar várias tarefas que nos serão solicitados pelos diversos NPCs presentes na cidade.

Seguindo a lógica de completar as quests dos NPCs convém mencionarmos que todo o desenvolvimento desta nossa cidade - como acontece em outros RPGs - encontra-se diretamente relacionado com o facto de irmos realizando estas tarefas que nos são disponibilizadas. Na sua grande maioria, estas quests vão enviarmos e aos nossos companheiros de viagem para dungeons ou masmorras, nas quais teremos de defrontar diversos monstros e áreas perigosas, nas quais por vezes teremos o nosso avanço travado por alguns fatores especiais como pode ser o caso de cristais elementares ou até penhascos impossíveis de transpor.

Devido às necessidades que nos vão sendo apresentadas, quanto mais lojas abrirmos ou melhorarmos, melhor. Apesar desta mecânica ser engraçada e ter um conceito bastante atrativo, existe um fator menos interessante pois estas missões acabam por se tornar algo repetitivas, pois seremos encarregados de recolher um número específico de itens a partir de um local específico que tenhamos desbloqueado antes.

No decorrer do jogo, alguns dos picos de dificuldade que poderemos encontrar serão nas áreas novas que iremos desbloqueando ao longo do nosso percurso. Desta forma é também necessário destacar que tendo em conta esta questão, iremos por várias vezes exigir algum grinding em áreas desbloqueadas anteriormente de modo a podermos melhorar o nosso equipamento e armas. Felizmente existe um sistema de fast-travel que permitirá ao jogador deslocar-se a áreas principais, bem como para dentro das dungeons, mas precisaremos sempre de andar normalmente para poder percorrer estas.

A nível de combate e plataformas no decorrer do jogo, estes podem revelar-se algo frustrantes pois acabam por ser por vezes mais complicado do que seria suposto. Ainda sobre jogabilidade, podemos dizer que a nível de personagens esta pode tornar-se desigual, pois neste caso o CJ é o personagem que ganha mais e melhores upgrades conforme se aumenta os seu níveis - chegando ponto e ter um combo de 4 hits, um salto duplo e até ganhar a habilidade de realizar um dash - pois em comparação, Garoo pode carregar um super salto, e Isha pode teletransportar-se uma curta distância. O que em comparação torna estas habilidades pouco uteis quando comparadas com as de CJ.

Quando se fala em gameplay, não podemos deixar de falar em comandos e neste caso podemos dizer que nestes termos cada um dos nossos personagens têm os os seus comandos específicos que permitiram executar diversos combos e que por vezes podem até fazer com que a nossa party ande aos saltos no decorrer dos combates o que pode por vezes levar a que os mesmos se pareçam a combates de Tag-Team. 

Neste tema podemos ainda destacar que existem ainda combos encadeados, que caso sejam usados no momento e com o timing certo podem muitas vezes ajudar a defrontar inimigos bem mais poderosos ou até complicados. No entanto existe uma contrapartida, a qual se deve aos tempos de cool-down entre estes combos, o que acaba por deixar os nossos personagens "presos" apenas com ataques básicos e leva a que toda a ação e entusiasmo por parte do jogador seja "cortada" e perdida.

No que diz respeito ao nível gráfico, aqui Eiyuden Chronicle destaca-se pela positiva, sendo este inclusive o seu ponto alto, com ambientes brilhantes em 3D, ocupados por sprites 2D de alta qualidade. Mas apesar disto parece que a equipa fez alguns atalhos, neste caso falamos de certos inimigos que com as cores alteradas, ou até que por vezes atacam por ângulos estranhos. Ainda neste tema e por falar em inimigos, podemos falar das batalhas de bosses nas quais é exigida alguma percepção da mecânica de combate, mas a nível visual tornam-se bem melhores que as batalhas normais.

Em resumo e tendo em conta tudo o que foi falado anteriormente, Eiyuden Chronicle: Rising assemelha-se bastante ao que se pode chamada uma entrada - no que toca a refeições - para o seguinte título, o que passa para o jogador de um titulo que não está de todo bem finalizado ou até que o final não é bem o que se diz, um final.

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a PS4, gentilmente cedido pela PressEngine.

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